Estou me obrigando a escrever sobre e "para" você. Tudo na tentativa de tirar os resquícios da sua essência da minha mente. De mim.
Mas será que isso é possível ou estou condenada a ter isso em meu ser até o último dia da minha vida? Será que o entrelaçamento quântico está nos condenando a isso? Bom, pelo menos não dói, só me traz falta, eu sinto falta. Às vezes, eu realmente sinto sua ausência e me questiono o porquê fui embora, mas aí, basta recordar. Na verdade, recordar não é a palavra certa e sim evidenciar.
Evidenciar o que passamos a fazer uma com a outra nunca foi preciso também na verdade, sempre esteve em minha mente, mas em estados e com sentimentos diferentes pelo menos. Por exemplo, a perspectiva de hoje com certeza não é como a de semanas atrás.
Deus, faz menos de um mês e parece que se passaram anos. Será que eu estou novamente sentindo e passando por aquilo sozinha? Lamentável, mas eu não vou julgar, não é eficiente. Diferente de acolher, acolher sim é eficiente.
Eu ainda não sei quais palavras seria capaz de organizar, para dizer como sinto muito por algumas coisas que poderiam ter sido resolvidas com um simples diálogo. Não me sinto culpada mas, às vezes me pergunto o que fazia você hesitar tanto e não me comunicar, o que te incomodava, o que te deixava tão involuntária para me ensinar coisas que eu claramente - não sei para você - estava disposta a aprender. O que exatamente te deixou fria, tão fria ao ponto de decidir simplesmente fingir que eu não existia mais de um dia para o outro, depois de falar que estávamos avançando.
"Muitas perguntas e nenhuma resposta"
Você disse uma vez que eu era a pessoa mais compreensiva que você já conheceu, não sei se ainda pensa nisso, mas eu lembro, me lembro e vou usar essa característica que eu também aprecio, para não permitir liberdade às paranóias, talvez até reste uma, mas não é uma pergunta pelo menos, só uma observação.
Você afirmou que um momento não podia me definir. Que estaria comigo e que eu precisava me sentir amada, mas a forma que você demonstrou isso fez parecer - não em todos os momentos - que na verdade, não tinha tanta importância assim, e eu me perguntava "é assim que ela mostra como é que se ama?"
Eu também não escapei, você deve ter se sentindo sozinha. Sentido que estava amando sozinha por muitas vezes.
No final, tem sim uma pergunta: Por que não falava comigo? Por que não me deixava saber das coisas que te feria?
03/12/2031
Hoje eu me senti muito contente. Tão contente que desejei que estivesse ao meu lado, ou eu do seu. Desejei, e criei um cenário onde as melhores lembranças foram base para tudo.
Você falava "Aí meu Deus !" e eu "legal, né?". A gente ligava também.
Usando minha imaginação, eu pude nos ver deitadas no chão, no chão de madeira, onde deveria ser a nossa futura casa.
O dia anil ainda não chegou. Nem sei mais se devo esperar o tal. Acho que chegou a hora de aceitar que sua ausência não me trouxe a depressão que eu esperava, ou se quer um dia realmente ruim.
Na verdade, só queria afirmar quem você é importante, querida, especial, e que se eu tivesse a oportunidade de segurar sua mão, não pensaria duas vezes, mas que se dessa vez a distância for para sempre, também estarei em paz.
***
Okay. Eu não sei nem como dizer mas, também temos aqui um final aberto. Será que as duas voltaram a se falar ou oq? Há muitas pontas soltas para distrair a cabecinha de vocês...
Já aviso que tenho outro trabalho pronto, viu? SEM FINAL ABERTO DESSA VEZ.
Então me aguardem porque dia sete eu volto com a novidade🐙
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Goodbye R#005 - SUPERCORP
Fanfiction"Não desejava sua partida, mesmo com a voz do juízo me alertando que esta era a melhor decisão. Estou me obrigando a escrever sobre e "para" você. Tudo na tentativa de tirar os resquícios da sua essência da minha mente. De mim. Mas será que isso é...
