Fascinante

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Camila Cabello P.O.V

Ela tem 25 anos. Não nasceu em L.A. É do Kentucky. Loisville, pra ser exata. — Normani fala, sentada no meu sofá, enquanto me conta as informações que conseguiy da minha intrusa. S/n S/s era seu nome. Ela havia invadido a minha casa há algumas horas atrás, e isso me encantou. Sua determinação e desafio me foram bem agradáveis. Eu havia chegado em casa, depois de mais um dia no estúdio, e encontreinas luzes do andar de cima da minha casa acesas. Havia uma jaqueta no chão da minha escada, uma jaqueta que estava no meu corpo nesse momento. Eu liguei para a polícia, achando que era um ladrão, e quão grande foi a minha surpresa ao ver que era a assistente de Drake. Me senti atraída por sua coragem e pedi a Normani que investigasse ela.

— Pais divorciados. Os dois estão no Kentucky, mas o pai mora rm Union. Veio pra cá aos 18 anos, com 3 amigos, pra poder fazer faculdade de cinema. Divide o apartamento com suas amigas Dinah e Ally, e faz aniversário em 27 de julho. E mais uma coisa... — Normani passa a língua pelos lábios e sorri maliciosamente.

— O que? — Tomo um gole do meu vinho.

— Ela é intersexual. — Sorri largo.

Fico calada após ouvi-lá, pensando em como seria ter uma intersexual como dominadora. Ela é meio mulher, então não deve ser egoísta na hora do sexo, ao mesmo tempo que tem um pau, o que me é agradável. Eu era submissa desde meus 17 anos de idade, e tive mais de 10 parceiros. Todos homens. E egoístas.  O dominador perfeito é aquele que busca o seu prazer e da submissa. Nenhum dos que eu tive faziam isso, e não tinham pulso pra fazer o que era preciso. S/n S/s me inspira algo totalmente novo. Talvez seja por sua incrível beleza, que eu nunca havia notado, ou por sua oposição a mim. Ela havia invadido minha casa sem se importar com o que eu pensaria, e eu adorei.

— Arthur está preparando o contrato. — Digo, vendo Normani me olhar curiosa.

— Tem certeza, Mila?

— Absoluta.

— Mas...

— Ela vai ser prefeita, Normani. Você vai ver. Voy com Arthur na delegacia agora, vamos solta-lá. — Termino minha bebida, pegando as chaves do meu carro. Que comece os jogos.

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Ela era fascinante.

Seu modo de falar, seus olhos, seu corpo, seu cheiro, tudo. Seu beijo era inegavelmente bom, e seu corpo mais ainda. Ter transado com S/n foi uma das melhores experiências que tive, e saber que ela havia concordado com meus termos me deixava radiante. Poder mostrar a ela meu mundo seria incrível. Só duas pessoas sabiam sobre mim, Arthur meu advogado e Normani, minha melhor e única amiga. E agora S/n. Eu tenho certeza que ela vai se sair bem.

S/n me desperta um fascínio sem igual, e eu não  conseguia parar de pensar nela.

Como eu nunca havia notado ela? Ela estava ali, há poucos metros de mim.

Ao mesmo tempo que era gentil, tímida, era rebelde e me desafiava como ninguém. Sendo uma artista e famosa, eu sempre tinha pessoas ao meu redor fazendo tudo que eu queria. Se quisessem me agradar mesmo, teriam feito diferente, como ela... S/n se opunha a isso, me questionava sobre tudo e isso era excitante.

Eu só torcia para que ela não se apaixonasse. Porque ela iria se dececionar. Eu não sou o tipo romântico, eu sou a bad girl. Não me permito apaixonar por ninguém, e com ela não seria diferente. S/n tinha que ter consciência disso.

Eu sou diferente.

Tenho gostos diferentes.

E eu não vou mudar.

Assim espero.



Hands To Myself | Camila/You intersexualOnde histórias criam vida. Descubra agora