𝐒𝐂𝐎𝐑𝐏𝐈𝐎 & 𝐒𝐏𝐈𝐃𝐄𝐑

Capítulo doze

Octavia

Estou na marcha quatro, minha ansiedade está atacada, mas, depois de transar melhora todo meu humor. Andrei deve ter me acertado tão fundo que agora bateu no meu cérebro. Eu devo estar louca mesmo, amanhã eu tenho um casamento e não posso desmarcar já que sou a noiva.

— Mas que caralhoooo!

Depois de quatro minutos chego na sua mansão. Os guardas me deixam entrar, estaciono o carro na entrada e bato na sua porta. As vezes eu sou influenciada pelas minhas loucuras, ah, a propósito, estou indo matar meu pai e assumir o comando criminoso da Ucrânia

— Você? O quê você quer nesse horário? — Demora três minutos para abrir.

Meu pai, gentil como sempre.

— É sobre Alexei...

Ele me puxa para dentro, fecha a porta e tranca. Caminha até a sala e se senta no sofá.
Seguro a faca, mas não tiro-a.

— Sabe pai, o senhor sabe muito bem o que eu estou fazendo aqui.

— Desembucha — ordena.

Fico próxima até ver suas rugas perfeitamente e ele me encara muito confuso. Puxo a faca e enfio no seu coração, de forma letal e rápida. Seus olhos se abrem em uma surpresa absoluta.

— Hoje não. — giro a faca — O senhor fez minha vida inteira um inferno, me fez mal. Eu te odeio. Espero que você morra de forma dolorosa e demorada. Eu lhe odeio desde que me deixou em situações precárias, colocou uma aranha no meu corpo, me cortou e depois colocou álcool na minha pele, me torturou. Estou fazendo nem um terço de dor que você fez para mim.

Tiro a faca e jorra sangue para os lados do corte. Ele caí no chão, leva a mão até o machucado e prensa tentando evitar que mais sangue saía.

— Eu salvei a sua vida! — Grita. — Se você me matar não terá mais nada!

— Ingênuo da sua parte, como sempre. Acabou. Você criou uma máquina, parabéns, agora ela se rebelou contra você.

Puxo a arma e desparo na sua testa. Agora a dor vem fim, ela acaba. O medo, a tristeza se desfaz de uma vez por todas. Choro de liberdade, não de felicidade. Quando dobrei os joelhos e caí no chão o mundo desabou.

Agora eu crio meus caminhos. Serei a dona da minha vida.
Ninguém passará por mim.

Meu corpo não aguentou muito as emoções e colocou para fora toda a comida de hoje, despejando no cadáver do meu pai. Me levanto,  enquanto limpo minha boca vou até a parede que tinha um quadro estranho e ao lado um botão vermelho, sem medo aperto. A sirene ecoa por todo lado da casa. Não demorou muito para os funcionários virem.

Onze pessoas no total estão na sala, seis homens e cinco mulheres. Guardadas e faxineiras.

— O QUE É ISSO? — Um homem alto loiro de olhos azuis questiona.

A sirene para de gritar.

— Eu o matei, e agora eu sou sua Pakhan.

Todos que estavam de olhos arregalados ficam em estado de choque.

— Mas... O quê houve?! Você não pode simplesmente matá-lo!

— Qual seu nome? — Questiono.

— Iuri Chivas

— Parabéns, você foi promovido para ser meu guarda-costa.

Me viro para as mulheres.

— Quero que vocês desocupam todas as coisas do Enzo e joguem no lixo para amanhã. Hoje eu mesma lidarei com seu corpo.
Podem ir dormir ou para seus aposentos, estão dispensados.