O Vampiro E A Rosa Sacrifício

Prologo

Era uma noite escura, sem o brilho das estrelas. A única fonte de luz no salão era um imenso candelabro suspenso no teto. Casais dançavam ao som de uma valsa, enquanto a música ecoava, cheia de uma melancolia sedutora.

No meio da multidão, uma pequena vampira de aparência delicada apertava nervosamente a barra de seu vestido, ansiosa e, ao mesmo tempo, animada. Aquela seria a apresentação mais importante de sua vida. A orquestra se organizava lentamente, reunindo-se com seus instrumentos belos e impecáveis. Os nobres vampiros, com seus olhos brilhantes e implacáveis, observavam com curiosidade a silhueta da jovem. Ela era bonita, mas o que uma nobre de linhagem menos prestigiosa poderia oferecer? Hum, vamos descobrir.

Quando a jovem subiu ao palco, a música começou a tomar forma, iniciando com um leve toque das cordas da harpa. Ela capturou a atenção de todos ao seu redor. Seus olhos se fecharam levemente, imersos na emoção de um mundo além daquele salão. Sua voz era quase divina, exalando sua juventude e beleza.

A melodia tinha um tom inocente e angelical, algo que certamente não era popular entre os vampiros. No entanto, ninguém ousava desviar o olhar dela. "Qual era mesmo o nome dela?" perguntou um dos vampiros do clã Heresias.

Até mesmo os membros do clã rival, incapazes de resistir à beleza e voz da jovem, foram hipnotizados por ela. Entre eles, estava Sebastián Hellston, um dos três irmãos Hellston, cujos olhos vermelhos brilhavam enquanto observava a apresentação de longe. Seu sorriso era cruel e diabólico, quanto mais Layanne entregava tudo o que tinha pelo seu sonho. "Um anjo miserável", murmurou ele, fixando o olhar intensamente no palco.

No clímax da apresentação, quando a orquestra e a harpa atingiram seu auge, e a senhorita soltou a nota mais alta que já havia entregado em uma apresentação, abrindo os braços como se estivesse abraçando a sinergia entre sua voz e os instrumentos, o impensável aconteceu. O sangue jorrou pelo chão.

Neste momento, todos começaram a gritar com um barulho rápido e ensurdecedor, quebrando completamente a apresentação. A pequena bala de prata atingiu o anjo, fazendo-o cair no chão sem sequer perceber que esta sería a última vez que iria voar. Que mostraria suas asas...

Miserável anjo cantante, como se sente ao abrir os braços para a própria morte?

Seu corpo já sem vida caía no chão, seus olhos sequer fecharam com o surpreso golpe. Era algo que poderia evitar? Nada sabiam os vampiros que viram sua apresentação, afinal ela não tinha inimigos.

Entre os gritos, choros e murmúrios, um homem de cabelos azuis se destacava pela serenidade em meio ao caos. Quase como se isso fosse esperado, digo quase, mas era claro como a cor azul cristalina de seus olhos, que era premeditado.

Ele mantinha seu sorriso de costume, o que era assustador, pois uma pessoa acabará de morrer diante de seus olhos. Não que seja alguma novidade para ele, no entanto, era diferente quando se tratava de alguém puro como Layanne, era sádico.

E este sádico, que observava calmamente a escuridão cubrir o futuro de Armênia, teve seu olhar direcionado a uma bela mulher que parecia flutuar com a elegância de seus passos. Um silêncio súbito preencheu o salão quando a família que liderava Armênia adentrou.

“o que está acontecendo aqui?!” perguntou o irmão mais velho da senhorita elegante. Ninguém soube responder, foi repentino demais para formularem uma resposta adequada. “nenhuma resposta?!” sim, não havia uma alma ali que sabia o que dizer.

Pelo menos, não alguém mentalmente estável.

Um riso baixo e suave, elegante e zombeteiro saiu dos lábios do belo homem. “não sabia que os olhos do herdeiro de Armênia, duque Dylan, eram tão pouco perspicazes.” os vampiros, empregadas e guardas se viram para apenas uma única direção. Alguns inclusive se afastam com o clima gélido do local.

“... senhor Nicholas.” respondeu Dylan. Nada mais veio em sua mente quando o notou. Ele não poderia desafiar um líder e ancião ainda por cima, ele era um herdeiro apenas e nem os vampiros de Armênia o levavam tão a sério assim.

No entanto, a senhorita ao seu lado não se contentava com educação básica em resposta aos insultos recebidos. Seus belos olhos âmbar encararam Nicholas com seriedade. “oh, perdão por meu irmão o decepcionar, meu duque, mas eu também esperava que alguém que jogasse areia na terra, fosse um pouco mais interessante. Acho que estamos em um agradável empate.” responde a ruiva com um sorriso travesso. Isso realmente não era esperado por ninguém de nenhum dos clãs.

"Oh.. que audacioso." Ele sorri diabolicamente enquanto se aproxima da senhorita que acabará de o acusar de assassinato. Nicholas a fita completamente divertido, não tinha nada mais que um tom zombeteiro em sua voz enquanto ria baixo. "Espero lhe encontrar de novo, senhorita Nicolette.”

Através da morte de um anjo inocente, um amor incontrolável e proibido nasce entre duas pessoas de clãs distintos.