Eu ganho.

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Hoje acordei com meu estômago embrulhado, as meninas me forçaram a levantar da cama, mesmo não sentindo fome. Me olhei no espelho e meus olhos estavam inchados, estava cansada, parecia que não havia dormido nada.

Coloquei o uniforme com desgosto, se pudesse ficaria o dia inteiro trancada nesse dormitório, posso estar parecendo dramática mas a atitude de Alvo realmente me machucaram.

Desço junto com as meninas até a comunal, quando vejo o menino que estava apanhando de Riddle ontem sentado no sofá, parecia estar melhor que ontem, decidi me dirigir até ele para ver como ele estava.

"Olá, você está bem?" - Paro em sua frente, analisando o nariz machucado que estava com um curativo. - "Ele fez um pequeno estrago no seu nariz" - Digo, enquanto as meninas ficam em silêncio apenas ouvindo.

"Ah, olá, é Amelie certo?" - Ele olha, parecia um pouco assustado.

"Isso mesmo, e o seu nome é?" - Digo sorrindo.

"Gilbert" - Percebi que ele exita em dizer. - "Olha, agradeço por ter me defendido, mas não deveria ter se metido" - Ele diz olhando para baixo.

"Por que diz isso?" - Olho para ele confusa.

"Me desculpe" - Ele diz me olhando, e eu continuo confusa.

"Pelo o que? Riddle que deveria estar te pedindo desculpa, não você pedindo desculpas para mim, na verdade, ele deveria pedir para nós dois" - Digo sorrindo, tentando fazer ele se sentir melhor.

"Não diga isso, eu fiz algo errado. Enfim, não deveria te dizer isso..." - Ele diz apreensivo.

Nesse momento apenas permaneço calada, do que ele está falando?

"Eu vou falar apenas uma vez... haviam espalhado sobre um boato de aposta idiota sobre você... Me desculpe, mas foi apenas um repasse, não fui eu que criei isso, ele apenas ouviu eu falando no corredor e eu fiquei assustado, não sabia o que fazer" - Ele diz gaguejando.

"Que tipo de boato?" - Pergunto, ainda racionando, começo a juntar as peças do quebra-cabeça.

"Alguém disse com as seguintes palavras que apostaria 20 galeões para primeira pessoa que conseguir levar a "trouxa novata da grifinória" para o dormitório depois da festa de Ano Novo" - Ele me olhou assustado, com medo da minha reação.

Eu fico completamente em choque, não consigo acreditar no que acabei de ouvir, mas naquele momento só queria saber uma coisa, ao mesmo tempo temia já saber a resposta.

"Quem fez isso?" - Pergunto séria.

"Amelie, eu não posso, se eu dizer será meu fim" - Ele diz assustado.

"Fale, agora!" - Eu aumento o tom de voz e agarro minha mão ao redor do braço dele, não vou deixar ele sair dessa sem falar quem criou essa aposta idiota.

"Ok, foi um dos sonserinos" - Ele diz tentando se soltar.

"Eu quero um nome"

"Foi Malfoy, ok?" - Ele respira fundo, lutando para sair daquela sala o mais rápido possível.

Eu não acredito nisso, aquele furão platinado.

Solto a minha mão do braço de Gilbert, e sem pensar duas vezes saio como um furacão daquela comunal, ando depressa em direção ao salão e consigo ouvir os passos das meninas atrás de mim tentando me alcançar, elas nem se quer tentaram me parar pois sabem que não conseguiriam.

Só consigo pensar o quanto queria quebrar Malfoy e enfeitiça-lo com os piores feitiços que sei. Até que quando estava virando uma curva, me deparei com ele mesmo, Draco Malfoy.

Destiny & Heritage | Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora