Bônus

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Isaac Newton estava errado ao dizer que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo, o ônibus das 19h é a prova viva disso. Vários e vários corpos estão ocupando o mesmo espaço ao mesmo tempo nesse momento, não há espaço nem para o oxigênio, então deve ser por isso que sinto que meus pulmões estão falecendo agora.

Pois é amigos, meu tão amado ônibus das 18h, o tão calmo e tranquilo em que eu poderia contar nos dedos a quantidade de pessoas existente, agora foi substituído pelo lotado de corpos grandes e suados do ônibus das 19h, um espaço minúsculo para tantas pessoas.

Estou tão apertado no meu cantinho que mal consigo me mover, entrei no ônibus já sendo empurrado para as paredes e aqui continuo estando, com a cara grudada na janela imunda e os braços rentes ao corpo sem conseguir me apoiar.

Já perdi as contas de quantas Ave Marias eu rezei para o ônibus não frear bruscamente porque seria uma queda feia e não estou pronto para virar purê no chão sujo desse veículo.

Não sei do que reclamar mais, o fato de entrar dez pessoas por ponto e sair uma, ou que o cara ao meu lado simplesmente cagou para a educação e ligou a caixa de som altíssima com alguma música genérica e ensurdecedora.

Se eu conseguisse me mexer agora com certeza cometeria um crime.

Meu estresse que já está alto, aumenta mais ainda quando sinto um corpo roçar em mim, ok que não tem espaço mas aí já é demais.

Tentando olhar por cima do meu ombro já pensando no escândalo que poderia fazer com quem quer que fosse que estivesse roubando meu espaço pessoal, travo levemente quando percebo a cabeleira loira e olhos castanhos olhando para mim tão afiadamente.

– Como vai, lindo? – O sorriso encantador que ele me lança perde o encanto quando sinto algo roçar em minhas pernas.

– Tá com o celular no bolso? – Pergunto sonso, virando meu rosto para frente novamente ao sentir suas mãos em minha cintura.

– Só fica paradinho. – Jimin sussurra em meu ouvido ao mesmo tempo que firma as mãos em meus quadris, me impossibilitando de me mover, e começa um leve roçar de vai e vem em minha bunda.

Mal consigo esconder meu sorriso e revirar de olhos, e nesse momento até fico grato pelo marginal que ligou o som nas alturas num ônibus lotado, talvez as coisas estejam ao meu favor afinal.

– Ei cara! Que isso? Deixa o cara! - Um homem próximo a nós enfrenta Jimin, desaprovando o que aos seus olhos parece um assédio.

– Cala a boca e fica na sua! - Eu sei que as intenções dele foram boas, mas não consigo me contar que Jimin quase cessou seus movimentos.

Todos próximos a nós parecem perceber o que estamos fazendo, mas era horário de pico, todos só queriam chegar em casa e descansar, então simplesmente continuamos sem protestos e interferências de mais ninguém.

A presença de roupas passa a me incomodar ao mesmo tempo que em Jimin, que começa a abrir o zíper de sua calça enquanto me viro para frente dele.

Nunca me senti tão feliz em estar usando uma saia.

Sem enrolação ele coloca seu pau para fora, e mal consigo respirar antes que ele cole mais ainda seu corpo contra o meu, suas mãos sobem das minhas coxas até meu quadril e com isso levanta minha saia, começando a estocar seu pau em minha boceta por cima da minha calcinha.

Não consigo pensar que provavelmente muitas pessoas estão nos vendo neste momento, não estamos tentando disfarçar de qualquer forma, mas não consigo me conter de ficar envergonhado ao deixar baixos gemidos saírem sem conseguir me conter. Ao pararmos em um sinal, sou rápido em puxar minha calcinha para o lado e ficar segurando-a na espera de Jimin se posicionar em minha entrada, o que não demora.

Jimin desliza devagar dentro de mim, e não me contenho em gemer alto em resposta a sensação que me preenche, ele ao menos entrou por completo e já sinto minhas pernas tremerem e os cantos dos meus olhos estarem escorrendo lágrimas.

O ônibus volta a se mover e com ele Jimin começa a estocar, acelerando na medida em que o veículo começa a se mexer mais.

Suas estocadas são rápidas e começo a massagear meu clitóris, meus olhos reviram e meu corpo está mole, o gelado em minha bunda da parede do ônibus é substituído pelas mãos quentes de Jimin que agarram minhas bandas sustentando meu corpo.

O ônibus se alavanca ao passarmos por um buraco, e grito quando isso joga nossos corpos para frente e para trás com grosseria, não caindo pois Park continua me segurando voltando a se movimentar de forma mais lenta e forte.

– Como se sente sendo uma vadia com meu pau atolado na sua boceta na na frente de todo mundo, hum? - Jimin sussurra em meu ouvido, tendo como resposta meus gemidos desconexos. - O vagabundo quer gozar? Quer sentir minha porra te enchendo até o talo?

– Quero! Por favor, eu q-quero! - Suplico em seu ouvido.

Seus movimentos voltam a ser frenéticos e meus olhos se reviram quando sinto meu orgasmo chegando, e quando chega, minha boca está em um perfeito O com um gemido sem fôlego que fica preso na minha garganta, meu corpo está mole e minha visão se escurece, e Jimin continua a estocar até gozar dentro de mim.

Quando ele sai me sinto sensível, sinto seu gozo escorrer entre minhas pernas e sou rápido em colocar minha calcinha no lugar para não sujar tanto minhas pernas.

Enquanto Jimin aperta o botão indicando nosso ponto eu tento regularizar minha respiração, sem sucesso.

– Tão de parabéns, viu. - Um estranho fala de um canto do ônibus antes que nós descemos, ignoramos mas não consigo conter um levantar de lábios. Me sinto triste ao perceber que teria que caminhar até em casa, mas antes que eu reclamasse Jimin já intervém.

– Sobe, vou te deixar em casa. - Ele se vira em minha frente e subo em suas costas, fico jogado, mal me segurando, sendo sustentado apenas por suas mãos em minhas pernas.

– Que namorado cavalheiro esse que eu tenho.

Ônibus 🚍 - JJK & PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora