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A grande casa onde a festa estava sendo dada estava cheia. Então sai pela porta de trás, entrando em uma especie de jardim. Me sentei na grama olhando em volta.
Depois de umas meia-hora mexendo no celular eu ouvi a porta se abri atrás de mim. Me levanto rapidamente.
Matthew...
— Você me assustou. — Digo me apoiando na parede, ajeitando meu cabelo.
Ele não falou nada apenas me olhou e se apoiou na parede ao meu lado.
— Eai? Como você tá? A gente não tem se falado direito. — Falei, brincando com meus anéis.
— To bem. — Ele me olhou. — Olha, sobre a nossa conversa naquele dia...
— Eu não devia ter falado com você sobre aquilo, não sem ter certeza antes. Desculpa.
Olho pra ele.
— Você sempre foi meu melhor amigo e você sabe que meu último relacionamento não foi muito bom... — Suspiro. — Acho que aprendi a lidar com isso, aprendi a ignorar meus sentimentos. Por medo, eu acho. Mas eu conversei com a minha mãe.
Ele me olhou e então eu prossegui.
—E desde então eu tenho pensado bastense sobre isso. Dizem que se apaixonar pelo melhor amigo é como um campo minado. Mas eu cansei de fugir disso.
— Isso quer dizer que... — O interrompi.
— Você é o melhor amigo.
Ele não disse mais nada, apenas se virou de frente pra mim e me beijou. Meus lábios nos dele, minha mão em seu pescoço e a dele na minha cintura... Nesse momento, se é que é possível, eu tive mais certeza.
Porem o beijo foi interrompido por um clique de câmera. Óbvio que a casa estaria cercada de paparazzis.
Ele segurou minha mão e abriu a porta me levando pra dentro da casa de novo. E antes de entrarmos consegui ouvir outro clique.
Minha mãe veio até mim.
— Eu estava te procurando. Você não pode fugir da sua própria festa. — Ela olhou pra nossas mãos que ainda estavam juntas. — Mas eu vou deixar passar essa vez. Mas agora vem comigo, você precisa tirar fotos nesse vestido incrível.
— Eu já vou! — Disse e ela saiu.
— Eu vou atrás dos meus irmãos. — Matt falou e então soltou nossas mãos.
— E eu atrás da minha mãe, ou não, odeio tirar foto. — Ele sorriu e então nós nos separamos.
Segui minha mãe para o jardim da frente. Minha fotógrafa já estava lá e então as fotos começaram. Eu não curtia muito tirar fotos, mas eu estava de bom humor. Muito bom humor.
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Depois da festa, quando estava no carro, com minha mãe. Ela me olhou e deu um sorrisinho.
— Eai? Ele beija bem?
— Mãe! — Soltei um risinho.
— Eu sou velha, não idiota. Rolou alguma coisa lá. Você seguiu meu conselho. Gostei de ver.
— Eu contei pra ele sobre o que sentia e a gente se beijou, mas tinha um paparazzi lá e a gente voltou pra festa.
— Paparazzi filho da puta. —
Abri um sorriso e passei o resto do caminho olhando pra fora da janela.
Quando eu cheguei em casa subi para o meu quarto e peguei meu celular. Me joguei na cama.
