01 - A ponta do Iceberg

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1978, reino do gelo, Glaciária Frígida, Glaciar.

O céu estava nublado e uma ventania extremamente fria pairava pelos ares, arrepiando os poros de habitantes que não eram daquele local, em especial Akira. O jovem se encontra de joelhos e com sua cabeça e punhos sobre um molde mais conhecido como corta cabeças, em cima dele se situava uma lâmina fina e extremamente cortante, tão cortante que consegue corroer os ossos de quem toca com apenas um corte. Do outro lado, mais especificamente atrás do Jovem "culpado" estava Helda Glacian, rainha do reino do gelo, e sua filha Olivia Glacian, princesa e sucessora de gelo, do reino do gelo, um dos reinos mais importantes dos 4 reinos elementares intitulados como : Reino do gelo, Reino do fogo, Reino do ar e Reino da terra.

Olivia permanece inquieta como se não achasse tal atitude certa, uma vez que sua mãe não tem certeza de que Akira estava seriamente o culpado. Desassossegada, a garota negra de olhos azuis marcantes se levanta de um de seus bancos feito sobre medida especialmente para ela, e se aproxima de Akira, ficando a 1 metro de distância do mesmo e dando um suspiro que faz uma pequena nevoa se formando sobre seu rosto por conta da baixa temperatura.

— Tvastvik onimniest onvien — A garota pediu misericórdia em sua mãe por Akira, ela falava em um idioma tradicional do Reino do gelo, especificamente de glaciária, para que Akira não bancasse o avançado e negasse seu pedido.

— Niek! — A rainha nega o pedido de sua filha na hora e em um passo de mágica, a mesma estética sua mão criando um piso escorregadio de gelo sobre os pés de sua filha que faz a mesma deslizar para trás e sentar sobre sua cadeira.

não levox daniek! — A rainha grita como forma de alerta para que sua filha não levante novamente. A rainha que vestia um vestido logo completamente revestido de cristais glaciais dava passos tranquilos e firmes, deixando apenas o som de seus sapatos tomarem conta do local tranquilo. Ela então faz um sinal com sua mão assim afastando os guardas em sua volta e logo fica na frente de Akira, que permanece com a cabeça baixa respirando ofegante e tremendo de frio. A resistência de Akira é bem elevada no que diz respeito a altas temperaturas, podendo aguentar até 70°C ainda pelado, mas no que diz respeito a baixas temperaturas ele é totalmente vulnerável, uma vez que suas habilidades funcionam sobre o solo, e na cidade em específico só existia gelo em seu piso, uma camada resistente e fina de gelo.

— Confesse de uma vez por todos Akira, fale somente a verdade — Diz a rainha estressada com espírito de vingança pela morte de Gládios, o ser superior que comandava os 4 reinos elementares e consequentemente os seus sub-reinos. — Seu poder não funciona aqui, nem adianta tentar usar, confesse apenas seu crime que pouparei você de todo o sofrimento.

De tanto frio, Akira soluçava sangue — Mas que porra, o que você quer que eu diga? — Grita Akira, nervosa sem ter liberdade de expressão.

— Só quero que você diga a verdade, confesse seu crime, Akira, ou seja obrigada a fazer você ser escravo da dor.

— Eu já disse a verdade, não fui eu! — ele tossia enquanto caia sangue sobre o chão fino de gelo.

— O problema é exatamente não o que você diz, você é conhecido por manipular facilmente as pessoas, como quer que acredite sem alguma prova? Apenas ouvindo suas fúteis palavras? — Ela ri fraca — Já ouviu a história do menino e das ovelhas? — Ela rodeava Akira ainda dando passos firmes e calmos, causando um forte desconforto no mesmo. — Era uma vez um menino, ele vivia em uma aldeia cheia de ovelhas, ele vivia a vida lembrando que as ovelhas estavam em apuros, pois um lobo se aproximava delas, sempre que ele mentia, os audiões escondiam rápidas suas ovelhas, e a garotaria logo em seguida, de tanto ele fazer isso suas palavras ficaram insignificantes. — Enquanto ela rodava, ela faz movimentos com as mãos fazendo o clima ficar mais frio a cada passo que ela dava, fazendo Akira tremer mais e mais. — Certo dia, a cidade foi invadida por lobos, e quando ele tentou alertar a aldeia ninguém acreditou, e como consequência ovelhas foram todas as comidas e ele foi expulso da aldeia dias depois. Sabe qual é a moral da história? Mentir torna as pessoas brigas e sem poder algum — Ela aperta as mãos fazendo o clima ficar tão frio que Akira se contorce de dor — qual a sua garantia de que você não está mencionando? — Akira não responde... — Como pensei, ou morre falando a verdade com você diz, ou vive mentindo, como você também diz, e vamos ser sinceros, não é um Grande desafio para você né? — Ela ficou tão gelada que a pele de Akira coberta de neve e seus músculos nem sequer mexiam. Ele ficou tão claro que não conseguia nem falar e o sangue em sua boca congelada.

— Mãe para! — Grita Liv, a princesa do reino do gelo — Você não pode simplesmente matá-lo assim, sem nem ter certeza de que ele é prejudicado.

— NÃO SE INTROMETA! — Grita a rainha com raiva e com os olhos arregalados, ela loga respira fundo e estala os dedos, ordenando assim aos guardas glaciais que pegassem Akira e o levassem para uma das melhores celas do reino.

— O que eu disse sobre se intrometer em meus planos? — Disse a Rainha enquanto subia as escadas estressadas.

— Eu sei, mas é — diz Liv antes de ser interrompida por sua própria mãe.

— O que eu disse? — Diz a rainha com um tom autoritário interrompendo sua filha.

— Para não atrapalhar e apenas observar como se lidera o trono de gelo... — Diz Liv triste e pensativa. — Mas o que vai acontecer com ele? — Diz Liv seguindo sua mãe — Ele vai ficar aí para sempre?

— Se for preciso, sim. Não faça mais perguntas, pegue suas coisas e vá-se preparar para o treino de espadas, Iceglate leva você, nada de atrasos! — Diz a rainha mudando de direção.

Claro — Meio triste, a princesa apenas revira os olhos e vira para a esquerda meio trêmula por conta da baixa temperatura. Além dos habitantes do reino do gelo gostarem desse tipo de temperaturas, eles usam na maioria das vezes como mecanismo de defesa, dessa forma, os habitantes que não estão habituados de outros reinos que não estão habituados a tal clima, morreriam logo na entrada. Ela anda observando a cidade cheia de gelo e luzes, como um verdadeiro reino invernal, ela apreciava cada segundo do lugar enquanto se aproximava do posto Triviek.

Triviek na linguagem do Reino do gelo é como se fosse um trem, eles construíram "carruagens" de gelo, ferro e madeira, e com ajuda de sua magia fizeram um monte de pistas de gelo sobre a cidade, dessa forma, dependendo do local, eles chegariam no seu destino em segundos.

Ela continuou com seus passos cautelosos, até que finalmente chegou ao posto de triviek, onde encontra Icegland, que aguardava ansiosamente por sua chegada.

— Minha princesa —Icegland dizia antes de se curvar.

— Por favor, me chame apenas de Liv. — Diz a princesa se aproximando do triviek de Icegland.

— Como desejar, senhorita, digo, Liv — os dois riem fraco — Pronta para o trinamento? — Pergunta o careca de 1,75, que usava um casaco leve e um cachecol esquisito.

— Sim... — Eles entram no Triviek que começa a deslizar sobre a pista de gelo. — Icegland... Além de Akira ser um grande mentiroso, por qual motivo ele está aqui? Afinal, existem vários mentirosos excelentes pelos 4 reinos.

— Icegland respira a seco — Depois da morte de Levix os guerreiros foram para a vila elemental, e segundo a rainha, eles encontraram Akira pelas redondezas, e por ser um bom assassino, a rainha o trouxe. — Disse Icegland conduzindo o treno com sua magia.

— Isso definitivamente não faz sentido, ninguém dos 4 reinos tem magia suficiente para matar Levix, e você sabe disso... por que mente? — Perguntou a princesa desconfiada.

— Mas a gente nunca sabe a força inimiga — disse ele gaguejando.

— Na verdade, a gente sabe muito bem a força de Akira, e nem de perto ele derrota Levix, Levix controla toda magia elemental do mundo, não é à toa que ele era líder dos 4 reinos.

— Por conta de toda magia que possui, Levix não deveria morrer, então por que ele morreu? — Pergunta Icegland abrindo a velocidade do Triviek.

— Talvez tenha sido derrotado por um tipo de magia que ele não domina — Pensou Liv — Não sei...

— Algum precisa ter... — Diz Icegland.

— ... Têm razão — Ela desce do triviek ainda pensativa.

— Bom, chegamos, trouxe sua espada? — Pergunta Icegland.

— Sim — Responde Liv em um tom fraco.

— Vai à frente eu já te apanho...

Liv passa pelas construções medievais de gelo, desce algumas escadas, e depois de alguns minutos ela já se encontrava em sua sala de trinamento, que se encontrava parcialmente vazia.

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⏰ Última atualização: Dec 11, 2023 ⏰

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