02

38 2 0
                                    

Ayla:

Dia seguinte...

10h

Já na escola vejo o Cristopher sentado só em umas das mesas do refeitório comendo uma maçã, lembro de tudo que aconteceu ontem a noite e sinto minhas bochechas queimarem de vergonha, tento criar coragem para ir me desculpar e quando vou andando em sua direção o Robert aparece em minha frente com um buquê de flores

-oi amor, eu sei que errei, me perdoa? -falou entregando as flores para mim

Olho ao redor e todos que estavam no refeitório estavam aguardando uma resposta minha...

Não acredito que ele acha que pode me comprar com um buquê de flores, sinceramente, meu pai compraria a floricultura inteira para mim, não preciso disso, mas também não vou negar para não fazer vergonha para o coitado

-obrigada

Pego as flores e todos no refeitório aplaudem achando aquela cena linda, tristeza viu, mal sabem que de lindo o Robert só tem a cara....

-podemos conversar a só? -falou pegando em minha

-claro -respondo

Ele me leva para um lugar da escola meio isolado e começa a falar...

-ayla, sei que errei em querer forçar as coisas, eu errei, fui muleque, reconheço isso... A verdade é que parece que você não gosta de mim e...

Faço sinal com a mão para ele parar de falar e o mesmo me olha confuso

-olha só, é o seguinte, eu aceito suas desculpas, mas continuar em um relacionamento com você não quero, acha mesmo que eu não gosto de você só porque neguei fazer sexo com você? Sinceramente, eu mereço muito mais do que isso amor, agora abre espaço para eu passar que tenho aula, não vou perder tempo com você -falei e entreguei o buquê para ele

-calma Ayla, você tá estressada, pensa bem, tem certeza que quer acabar com tudo? -falou segurando meu braço

-poderia soltar meu braço? -falei soltando meu braço de sua mão

-quer saber porra, você não tem escolha entre querer terminar ou não sabia? Ou você esqueceu que seu papai apoia muito o nosso relacionamento, apoia tanto que virou sócio da empresa do meu pai querida, então acho que você não tem saída -falou apertando meu braço

-será mesmo que não tenho escolha, você falou certo meu amor, meu pai é sócio da empresa do seu pai, mas você esqueceu de um detalhe, a porra da empresa do seu pai não é nada sem o meu pai ser sócio, e não esquece que a herdeira disso tudo sou eu, posso acabar com seu ego em segundos, só basta eu fazer uma ligação -falei

-chega, vem comigo -falou me arrastando para fora da escola até o estacionamento

-que merda você tem na cabeça? Tá louco? -falei me soltando dele

-louca está você de negar continuar comigo! -gritou

-só me deixa em em paz e não dirija a palavra para mim mais! -falei saindo de perto dele

Antes de conseguir sair de perto dele até a entrada da escola o mesmo volta a puxar meu braço e me pressionar no carro, era sempre assim, a gente discutia e ele vinha se achando superior a mim, no final a gente ainda estava juntos, mas dessa vez não, dessa vez não mais, se depender de mim tudo acaba agora

Antes mesmo com as brigas e os comportamentos abusivos dele eu achava que ele mudaria

Antes eu chorava implorando para ele nunca terminar comigo, mas esse ano eu percebi que era tudo uma ilusão, um relacionamento abusivo que eu não enxergava, era só uma dependência emocional...

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Dec 21, 2023 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

O motoboy Onde histórias criam vida. Descubra agora