Oii, nenéns!!! Espero que gostem!
❣️
O vento quente que entrava pela janela amenizava um pouco, bem pouco, aquele misto de coisas que eu estava sentido. Mas eu sabia exatamente onde eu estava. Último andar, janelas abertas e silêncio. Silêncio esse que era até esperado. Eu ainda não havia aberto os olhos. Eu tinha medo de que fosse apenas coisa da minha cabeça tudo o que havia acontecido. Tinha medo de que algo tivesse estragado tudo, ou era só minha insegurança dizendo isso pra mim.
Abri os olhos, olhei pra o teto e depois para o espaço ao meu lado, e o que eu temia aconteceu. Ele não estava mais ali. Eu já deveria ter adivinhado isso, afinal, turistas são só turistas. Mas, algo em mim estava diferente. Eu reconhecia aquele sorriso em qualquer lugar. Eu tinha certeza que era ele. Mas estava frustada demais pra ter qualquer pensamento coerente.
Ainda sem roupas, me levanto da cama e coloco meu vestido, arrumo a cama, pego meus sapatos na mão e não os coloco nos pés. Desço descalça até meu quarto onde decido tomar banho e matar o tempo lendo algo bobo na internet. Tudo pra não pensar nele. Pelo menos eu estava tentando fazer isso.
Eu já tinha imaginado por tantos meses como seria um beijo daquele menino que via todas as manhãs indo pra escola. Eu não posso voltar a me apaixonar por ele.
Eu nem ao menos perguntei quanto tempo ele vai ficar aqui, não sei até quando posso vê-lo. Permaneço em silêncio por um tempo até me lembrar da minha melhor amiga.Irene! - falo sozinha. - Como pude me esquecer dela? - Levanto num salto, calço minhas sandálias e saio indo em todos os cômodos da "casa" que vivo, encontro minha mãe dormindo toda jogada, descabelada, maquiagem borrada, batom até na testa. Minha mãe definitivamente não serve pra beber. Procuro pelo meu pai e nenhum sinal dele, mas ele esteve ali a pouco tempo, pois sua caneca de café ainda estava morna. Saio do prédio e vejo meu pai com seu velho charuto na boca no banco da praça jogando dominó. Ele nunca perde essa mania. Olho pra todos ao redor e vejo o pai de Irene. Acho que ela ainda está por aqui. Decido, então, me aproximar um pouco deles.
- Hola, tio. Donde está Irene?
- ¡Hola! Está en la playa con su viejo/nuevo novio.
- Ah. Gracias, tio. - Me retirou dali e vou em direção a praia. Após andar por alguns minutos avisto ela com Pablo e penso, " será que eles voltaram?"
Me aproximo e vejo Irene com uma super cara de ressaca e me pergunto se ela já sabe tudo o que aprontou na noite passada.- Joy! É ela, não é? - fala com os olhos semi cerrados e logo procura o óculos de sol o encontrando ao seu lado.
- Não, sou o Jô Soares. - Me sento ao lado dela. - Nossa, eu nem perguntei se podia.
- Pode sim, tranquila. - Responde Pablo.
Fico ali um tempo em silêncio admirando o mar e pensando na noite passada. Meu corpo doía um pouco por conta do ocorrido, isso fazia eu lembrar ainda mais dele...
- E aí, ficou com o bonitão? - Irene me pergunta após beber um gole de água de coco.
- Sim. - Falo murcha.
- E porque essa cara de velório?
- Eu não sei... Eu só acordei sozinha no apartamento que ele estava e... Sei lá, sensação de abandono que fala, né ?
- Joy, todos sabendo que turistas são só turistas. Você sabe disso. - Colocou a mão na cabeça. - Pablo, poderia ir buscar com meu pai um remédio pra dor de cabeça?
- Claro. - Selou os lábios dela e se foi.
- Você viu o Luiz? Ele está lindo.
- Vi sim, mas ontem não pude falar muito com ele. Você o viu?
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Don't Go Yet ( JoyKook)
Fanfiction" And I want you baby, gotta get you, baby" Essa história conta sobre uma coreana que se mudou para Cuba por conta de problemas familiares. Porém, em sua estadia ainda na Coreia, se apaixonou por um garotinho, todavia, não imaginaria o reencontrar...