Quando mais dói, é quando vejo tudo vazio, e percebo que não tenho mesmo ninguém.
Quando cada osso do meu corpo dói e cada batida do meu coração grita e clama, ninguém escuta, ninguém vê, e não adianta gritar por socorro.
E doi e doi...E eu queria tanto... alguma coisa que fizesse passar, além das minhas lágrimas pelo rosto escorrendo sangue e pus.
Porque não é bonito, nem poético, é horrível.O clamor mudo de cada lágrima que cai é um corte profundo nos frangalhos que uso de coração. E fico me perguntando até quando ele aguenta bater e me manter viva. Qual seria seu limite? Será que tem alguém testando? Pra ver ate onde vai, e ate quanto alguém como eu aguenta. Será que tem alguém que pode me defender disso?
Ou talvez ninguém venha me salvar, como eu esperei por tantos anos.
Eu tenho que me salvar. Mas eu não sou forte, não sou guerreira, não tenho forças nem pra me ver no espelho.Que tipo de criatura eu sou? Consegui me transformar em algo, ou simplesmente murchei como uma flor que morre e nunca volta a nascer.
Por que eu ainda fico procurando mensagens na caixa vazia?
Quando vejo o céu da noite, e imagino ele me devorando, meu corpo se arrepia e eu desejo aquilo com todo meu ser.
Por que eu nasci pra ter essa vida? Por que eu ainda insisto em amar tanto assim as pessoas?Por que me despedaçaram?
E ninguém fez nada
E eu não sei como fazer, porque não tenho mais força alguma.Talvez meu erro seja pedir tanto por alguém, que nunca vai chegar.