Gustavo Pieroni Mioto:Convencido,festeiro e orgulhoso. Sem dúvidas,é um cafajeste de carteirinha...até conhecer Ana Flávia:Doce,mas vibrante. Tímida,mas determinada. A garota que em uma só noite conseguiu virar a vida de Gustavo de cabeça para baixo...
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Estou no meu quarto copo de corote quando bate uma vontade enorme de fazer xixi. Forço levemente a visão,sabendo que está sutilmente embaçada pelo álcool. Era de se esperar que eu não fosse muito forte quando se trata disso.
Subo as escadas para o andar de cima,tropeçando algumas vezes até chegar em um corredor repleto de portas e pessoas.
–Ah,ótimo—bufo
Me chamo de burra internamente por não ter pedido informação para a Eduarda ou Gabriel antes de subir para achar um banheiro,porque o lugar é literalmente um labirinto de portas e pessoas.
Me aperto entre as pessoas para passar.
Abro uma das portas que tinha ali,e me deparo com duas pessoas se pegando praticamente sem roupa no quarto. A garota levanta num susto e começa a se arrumar para sair dali.
Quero correr ou pedir desculpas,mas apenas fico paralisada diante a situação,até me dar conta do vexame que eu passei.
Bato a porta tão forte que ela se fecha,mas logo se abre novamente. A garota sai correndo,enquanto o garoto para na porta com um olhar assino na minha direção.
Tudo que eu consigo dizer é apenas:
-Desculpa...-estampo um sorriso nervoso no rosto.
O garoto está de bermuda e regata branca,ele tinha um cabelo castanho escuro e era um pouco maior que eu.
Ele vem em minha direção me encarando,fazendo eu ficar tensa.
—Caralho,você fudeu com o meu esquema hein!!—ele fala em voz alta.
Franzo a testa e me preparo para responde-lo.
—Você esperava o que,privacidade? Em uma República com centenas de pessoas?—Não bastava ser burro o suficiente para isso,você nem trancou a porta.—esbravejo com o álcool correndo em minhas veias.
O resultado não era para ter sido esse. Mas o álcool fez com que uma faísca de raiva se transformasse em um incêndio.
Faço menção de sair andando,satisfeita com a minha resposta,mas para o meu azar o cara não desiste fácil.
Sinto suas mãos em meu braço antes dele me preensar na parede.
—Ei,está estressadinha né? Tá na cara que não te peguei em um bom dia.—ele diz num misto de divertimento e irritação.
—Sai daqui,seu tarado.—Falo já irritada.
Minha cabeça já pensou em algo para atingi-lo,mas ele bloqueava minha passagem com seus braços musculosos.
—Tá só tentei fazer amizade.—Ele coloca as mãos para trás em forma de rendição.
—Não foi o que pareceu!—Cruzo os braços e saio andando,mas logo paro no meio do caminho.
Me viro e percebo que o garoto ainda estava me observando.
