Capitulo 1 - Coragem Idiota

22 2 2
                                    


7 dias após o início das aulas nada parecia ter mudado.

Tae continuava oprimindo todos os que o incomodava na escola, sua margem de comodidade não é das mais altas, então todos sofriam algum tipo de opressão vinda dele.

Luci, irmão mais velho de Rafa e Neto, por sua vez aparecera pela primeira vez no ano na escola, com o braço esquerdo engessado. Muitos boatos diziam que havia apanhado de uma gangue, outros que havia espancado 10 caras e saiu machucado assim, mas ao certo ninguém sabia, o mesmo não fazia muita questão de expor.

Adentrando na escola, Viky e Rafa conversavam entre si sobre a escola, tendo como principal foco a gangue de Tae, e como controlavam a escola de maneira injusta, as vezes cogitavam lutar contra eles, mas logo caiam em si, que não teriam forças o suficiente. Até que um garoto alto, preto que de alguma forma lembrava Neto, porém com o rosto totalmente diferente, cabelos cacheados, corte low fade, e com o braço engessado olhava com um sorriso no rosto para Rafaela.


Rafa: — Maninho! – podia se ver a animação da mesma ao vê-lo, comendo para o abraçar, tão forte que o mesmo da até um gemido, enquanto retirava o braço machucado da frente para não piorar – Que saudade, achei que te veria antes dele... mas que bom que tá de volta

Luci: — Não é pra tanto, você tá bem demais sem mim, tô vendo que até fez uma amiga, quem é a princesa? – Estendia a mão em direção a Viky, com intenção de cumprimenta-la, e logo era retribuído o aperto de mão pela garota – Pode me chamar de Luci, qual seu nome?

Viky: — Vitória, mas pode me chamar de Viky – Respondia com uma saudável animação, estava difícil de encontrar alguém educado ou que pelo menos não tentasse te dar um soco

Luci: — Olha, é brasileira né que nome lindo, faz jus a sua be-

Antes mesmo de completar a frase era interrompido por um aperto forte em sua mão, e o olhar sorridente de Luci logo transformara em seriedade. Sabia que quem apertava sua mão havia sido sua irmã e instintivamente sabia o porquê, se virando e dando de cara com Tae e Neto apenas, não pareciam estar acompanhados dos outros, mas só os dois já era o suficiente para o clima pesar. Então Luci passa a frente de Rafa e Viky os encarando seriamente.

Luci: — O que querem? – Era direto e reto no que queria, em busca de ter a resposta a altura

Tae: — Eita eita, mal voltou e vem com essa marra toda? E pelo que vejo, não tá cem porcento ainda ein – dava uma olhada para o braço de Luci

Silêncio perpetuava no local
Início do dia, todos chegando, alguns diriam que é por conta do foco deles. Mas a verdade é que se acontecesse algo, ninguém gostaria de estar lá para ver.

Neto falava algo no ouvido de Tae — Tem razão. Olha, logo quando você volta, eu encontro dois dos meus lacaios desmaiados, e foram dois socos bem dados demais pra ser qualquer um, até porque eles não são fracos. Me diz de uma vez, foi você, né? – O ar ficava estranhamente rarefeito, Rafa e Viky lembrava dessa sensação do primeiro dia

Luci: — Não, não fui eu

Tae: — Então tá – Toda aquela pressão desaparecia e os dois viravam de costas – Vamo pra sala Luci, vai atrasar. Se souberem de quem fez isso, me avisem, eu vou quebrar esse cara na porrada

Viam ambos se distanciarem, e os três só soltaram o fôlego de alívio quando os perderam de vista na esquina logo a frente.

Rafa: — Meu Deus, ainda bem que ele é tapado, como ele acreditou em você, porque inventou de bater neles? é burro? - Dava um soco no braço direito dele, arrancando uma risada sincera de Vitória

Luci: — aiaiai, ele não é burro, se eu tivesse mentindo ele saberia. Não fui eu, vou pra sala, não posso me atrasar, nem vocês, tomem cuidado, se virem alguém suspeito me avisem – Dava um beijo na bochecha da irmã e um tchau tchauzinho com a mão para Viky – Prazer em te conhecer, e belo sorriso

O elogio pegava a pequena de surpresa que se corava lentamente mas ao ver o sorriso da amiga a pegava pelo braço envergonhada e a puxava para a sala

Viky: — Você para com isso dona Rafaela!


Chegaram na sala a tempo, tempo o suficiente para arrumar suas coisas na mesa, uma sentada do lado da outra no que seria o meio da sala. Até que finalmente a professora de Química, uma senhora de meia idade, se levanta e começa a falar

Professora: — Sei que faz apenas uma semana que começou as aulas, mas como é transferido terei que apresentar, esse aluno foi transferido para a nossa escola por conta de... comportamentos. Enfim, espero que tratem ele bem. Pode entrar Gab–

???: — Uou uou uou... perai minha senhora, deixa que eu me apresento, licença – Entrava na sala de modo desleixado um garoto, não tão alto mas com físico bem definido cabelo curto apenas com corte disfarçado e um olhar cheio de marra com um sorriso no rosto – Prazer conhecer a todos, meu nome é Gabriel, mas podem me chamar de Russo, na verdade DEVEM me chamar assim. Por favor...

Os olhares de Rafa e Russo se encontravam, o que a deixava sem postura, já o garoto sorria, pois achara graça da situação, talvez achara graça nela também

Russo: — ... enfim, espero que a gente possa se dar bem e o caralho a quatro, diferente daqueles dois Qualira que tentaram me roubar quando entrava na escola – Soltava um riso sincero enquanto contava – Se eu soubesse que eram tão fracos manerava na força

No mesmo instante ambas amigas olhavam uma para a outra, voltavam o olhar para o novato e se olhavam novamente, sabia que ele estava em apuros. Russo, porém, simplesmente andava pela sala até uma carteira que estava ao lado de Rafa, deixando sua mochila na mesa e olhando para a garota, que retribuía o olhar

Russo: — Eai princesa, tudo bom contigo?

Rafa se limitava a olhar e acenar com a cabeça, desviando o olhar depois, mas logo percebia que era bobeira, voltando olhar a ele — E-eu tô bem sim

O que logo arrancara uma leve risada do jovem, que logo voltava a atenção para a aula que haveria de começar

Porém em meio a tudo isso estava Viky, pensando na grandiosa merda que estava acontecendo e que iria acontecer, sua melhor amiga apaixonada por provavelmente um cadáver ambulante, ou um saco de pancadas. Não podia deixar acontecer, ou dela não se apaixonar, ou dele não apanhar. Sem nem pensar tanto sabia que teria que arrumar algum jeito de o fazer escapar da briga certa.


























 Sem nem pensar tanto sabia que teria que arrumar algum jeito de o fazer escapar da briga certa

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mais um cap ó, espero que gostem, e lembrem de dar feedback  ❤️🫶🏾

Escola Internacional YongsanOnde histórias criam vida. Descubra agora