| Capitulo 1 |

9K 301 247
                                    

____________________________________________________________

GHOST
____________________________________________________________

nos conhecemos em uma missão em barcelona. eu estava com minha equipe e ela estava sentada no canto do quarto chorando implorando pra que eu não a matasse. pelo que eu vi ela havia sido abusada logo após de seus pais serem mortos.

não era da minha conta mas eu precisava ajuda-la, ela era só uma criança. não hesitei em pega-la no colo e leva-la comigo, já que a missão havia sido finalizada.

foi dificil, com tapas, arranhões e gritos, mas consegui convence-la de que eu não faria mal algum a ela. Quando chegamos no QG, Price não ficou nada contente mas teve um pouco de empatia e deixou ela ficar até acharmos algum parentesco que pudesse cuidar dela.

semanas se passaram e era dificil tira-la do dormitorio, só eu conseguia ja que fui eu quem resgatei ela, e ainda assim não era nada facil. ela saia pra comer e voltava novamente pra colorir seus livros e foi assim por 3 meses.

nunca achamos nenhum parente dela, ela dizia que não conhecia nenhum de seus tios ou avós. Soap hackeava facil as coisas, foi facil puxar os dados de seus pais com os nomes, mas não havia nenhum parente que estivesse vivo, uns morreram de overdose, outros suicídio. ninguem que pudesse cuidar de S/N...S/N era seu nome.

eu era quase pai dela. foi eu quem ajudou ela nas tarefas de casa, afinal eu sabia que ela precisava aprender mesmo que não fosse na escola. pedi ajuda de Alejandro pra isso ja que ele tem uma filha.

ele me ajudou e me chamou de "fofo" por isso. não sou nada fofo só acho que ela tem que aprender e ser inteligente. eu cuidei dela tão bem que me orgulho disso, e agora ela cresceu e esta tão linda. cabelos bem pretos com franjinha, olhos castanhos, nariz empinadinho, tudo nela é lindo.

e agora me pergunto onde foi que eu errei, porra não sou pai dessa garota mas descobrir que ela anda fumando é uma puta sacanagem, eu nem sei de onde ela tirou essa merda de cigarro. dei uma bronca nela por isso e perguntei quem foi o animal que deu isso a ela.

s/n - eu achei, ja disse. - ela diz encolhida.

ghost - mentira! como vc simplesmente acha um maço de cigarro inteiro com um isqueiro cheio de gas? vc roubou isso de alguem s/n? - falo enquanto cruzo meus braços na espera de respostas.

s/n - nao.. eu só..

ghost - vc só o que!?

s/n - eu peguei no refeitorio, tava em cima da mesa e eu queria muito saber como era, não briga comigo ja tem um tempo que eu faço isso.. - ela fala enquanto senta sobre a cama e coloca a cabeça e as maos em volta do joelho.

ghost - como assim um tempo? isso não é nada bom pra vc s/n, essa merda mata - falo enquanto me sento na cama ao seu lado.

s/n - faz alguns meses ta, e vc não tem o direito de ficar bravo comigo, eu ja tenho 18 anos. - ela fala ainda com a cabeça no joelho, percebo que ela está chorando.

ghost - ok. - suspiro - não vou ficar bravo com vc, fume mas com moderação, e quando quiser peça. devolva isso de quem vc pegou e não roube mais, eu pego um pra vc. - eu não sou o pai dela, e nem sou tão presente na vida dela pra ser considerado "pai". se ela quer fumar que fume. saio do dormitorio dela e encontro Soap no refeitorio.

soap - que cara é essa? parece ate que alguem morreu, credo. - ele fala enquanto faz uma careta.

ghost - s/n ta fumando e não tem nada que eu possa fazer, isso me deixa puto. - falo enquanto me sento na mesa do refeitorio.

soap - porra, tão novinha e ja ta fudendo a saude. mas por que não pode fazer nada em relação a isso? - ele fala enquanto se senta comigo.

ghost - eu não sou o pai dela, agradeço por nao ser mas mesmo assim, se com 18 ela ta fumando, com 20 ela ta se vendendo. - suspiro e ele fica meio inquieto, percebo e pergunto o que houve.

soap - a ghost ce sabe ne, ela ta tao linda, se vc quiser eu posso cuidar dela pra vc. - ele fala enquanto da um sorriso sarcastico.

ghost - eu o olho com desdem e levanto sem dizer uma palavra. sinto meu sangue ferver, meu coraçao apertar, meu peito doer. eu não sei o que é isso, não gosto de pensar em ninguem com a minha garota, não quero que ninguem toque nela. ja não basta o merda que abusou dela quando só tinha 13 anos. dou um soco na parede e volto pro dormitorio de s/n.

bato na porta e pergunto se posso entrar, ela diz que sim e eu faço.

ghost - s/n vc ja se envolveu com alguem daqui? - pergunto enquanto fecho a porta.

ela me olha com os olhos arregalados e boquiaberta

s/n - que merda de pergunta é essa? meu deus que horror, é claro que nao! - ela fala enquanto volta a atenção pro livro em seu colo.

ghost - apenas curiosidade. - falo me jogando na cama ao seu lado.

s/n - simon.. vc me acha bonita? - ela diz enquanto fecha o livro e o coloca na cabeçeira.

ghost - acho. - respondo seco.

s/n - vc.. vc me beijaria? - percebo ela me olhando de lado.

ghost - meu coração acelera, sei que é errado mas eu realmente adoraria beija-la e fazer tudo oq eu quiser com seu corpo pequeno e delicado. - que pergunta é essa em? - falo enquanto me viro de lado pra observa-la.

s/n - é que eu li em um livro e sei la.. eu nunca beijei ninguem.. - vejo suas bochechas ficando coradas, meu deus ela é um anjo.

ghost - vc quer saber como é beijar? eu posso detalhar e ai vc nao vai querer beijar ninguem. - levanto uma sobrancelha por debaixo da mascara junto com um olhar sarcastico.

s/n - nao precisa, ja li detalhadamente como é, só queria sentir. mas vc nao ta afim entao tudo bem.

ghost - eu rapidamente a puxo pra cima de mim e olho em seus olhos. - tem certeza que é isso que quer?

s/n - tenho - ela me diz sorrindo labialmente.




Daddy Ghost (Call Of Duty) +18Onde histórias criam vida. Descubra agora