Tina sente algo macio em cima de si, e lentamente abre os olhos. Olhando em volta, percebe está em um lugar familiar. Sua casa. Ela está em sua cama.
Seu corpo, no entanto, não reage, como se estivesse anestesiada. Seus olhos piscam algumas vezes, tentando se acostumar à claridade que vinha de uma janela de sua casa hobbit.
Ela estava viva. E em casa.
Nada disso parecia real. Ela devia está morta, ou pelo menos ainda presa naquele inferno de ilha. Mas em vez disso, Tina está na sua cama, com sua coberta à cobrindo, parecendo mais macia que o comum. Talvez seja o efeito de passar duas semanas caçando seus amigos e dormindo sem nenhuma garantia de segurança. Alguns lapsos de memória surgem, mas Tina os bloquea.
Depois de alguns minutos nessa batalha mental contra si mesma, Tina resolve levantar. De forma lenta, mexendo devagar os membros, testando para ver se estava tudo em ordem. E estava tudo perfeito, até demais.
Mas tentando ver o lado positivo, Tina sorri quando vê em seu dispositivo o nome de sua amada. Ela estava acordada, e tinha outros nomes novos aparecendo. SunnySideUp, Pepito e Empanada. Tina não sabia quem eram, mas ficou feliz ao vê os nomes conhecidos dos ovos sumidos. A ilha parecia está toda desperta, e Tina pode vê vários nomes de outras pessoas que ela achou ter ficado para trás, como Mouse e Baghera. Sorrindo ao perceber que todos pareciam bem, Tina sente uma vibração e uma notificação de mensagem privada aparece. Seu coração começa a acelerar ao ver o nome. Bagi.
Bagi: Tina, que bom ver você acordada! Estava muito preocupada contigo.
Tina sente uma pontada ao ler. A última coisa que ela queria era preocupar sua Angel.
Tina: Oi Bagi, desculpa te preocupar! Eu estou bem, onde você está?
Bagi: Estou na minha casa. Venha, eu tenho que te apresentar a uma pessoa!
Tina lê as mensagens e as encara confusa. Seria essa pessoa uma dos nomes novos aparecendo no seu dispositivo? Não tinha motivos para se preocupar com isso, certamente. Bagi provavelmente deve ter investigado, se fosse necessário. E ela com certeza não estaria falando com outra mulher, se não fosse necessário ou confiável. Não que Tina se importasse, afinal as duas não eram namoradas, ou nada do tipo. Talvez ela se importasse, mas não estava no direito dela se senti possessiva. Ela não vai deixar seu lado demônio aparecer na frente de Bagi. Pelo menos não agora.
Tina olhar ao redor uma última vez, e pega sua pedra para se teleportar para a casa da Bagi. Entretanto, por alguns segundos a demônia se esqueceu dos teleportes e pensou que teria que ir a pé. O efeito do Purgatório demoraria a passar, certamente.
Chegando na casa roxa, Tina olha ao redor, sentindo a diferença do ar. Claro que ela sentia saudades, mas não tinha noção do tamanho da saudades que tinha dessa ilha. Pôde olhar para o céu e vê um lindo azul, ao em vez de um vermelho sangue. Seu corpo treme com o pensamento, se lembrando desse líquido que escorria ao seu redor o tempo todo.
No fim, ela sabia que Quesadilla era apenas outra prisão, mas pelo menos aqui os seus detentores não o obrigavam a matar um ao outro.
Tina não sabe quanto tempo ficou dissociando relembrando os acontecimentos das últimas duas semanas, mas uma mão à tocou nesse estado, e no impulso Tina se afastou, quase caindo no rio atrás de ti. Num movimento rápido, a pessoa pegou seu pulso e a puxou para perto, mas se afastando logo em seguida, com as duas mãos levantadas. Uma voz ecoava na cabeça de Tina, e depois de alguns segundos ela consegue reconhecer.
- Tina? Você está me escutando?
Num tom de voz calmo, a pessoa à sua frente diz num tom baixo, mas ainda escutável. A pessoa desfocada em sua frente toma forma, com seu cabelo branco macio e um rosto lindo com uma feição preocupada.
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Por que eu não beijei ela?
RomanceTina acorda após os acontecimentos do purgatório. Atormentada por lembranças das últimas duas semanas, a mulher demônia sorri ao vê a mensagem de sua amada. E estranha os novos nomes aparecendo no seu dispositivo. Mesma história foi postada no AO3.