𝑂𝑛𝑒

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𝐿𝑖𝑙𝑎 𝐾ℎ𝑎𝑛 𝑍𝑎ℎ𝑖𝑟 𝑃𝑜𝑣'𝑠

As algemas apertavam meus pulsos e meu pescoço escorria pelo suor de nervosismo, me traíram e fui entregue de bandeja para a polícia, filhos da puta.

Um dia antes

Tenho 17 anos, e amanhã vou fazer 18 então vai ser o dia perfeito pra eu ir direito pro xadrez. Assim que der 07:00 a polícia já vai estar na porta da minha casa, e assim eles fizeram, fui acordada com batidas fortes na porta, por um momento achei que eles iriam arromba lá mas não deu tempo, eu abri antes.

Depois de algumas papeladas, e alguns minutos para eu arrumar minhas coisas, eu esperei um pouco dentro de uma viatura, pego meu celular dentro do bolso e vejo algumas mensagens, algumas da minha avó falando o quanto eu sou inútil e que eu deixei ela com dividas enormes que levaria a falência. Eu não tinha nenhum contato com o resto da minha família, apenas com a minha avó, que pra mim nem existia. Minha mãe? Não sei nem o nome dela, a velha disse que falar o nome dela era como invocar o próprio diabo, graças a ela, eu não sei quem é a mulher que me colocou nesse mundo lixo.
Meu pai? A mesma coisa. Uhum! Eu amo a minha vida.

Atualmente

Me sento no banco do ônibus que ficava isolado das outras detentas que estavam ali, a bagunça e a barulheira era difícil de não perceber, eu só queria um pouco de silêncio pra poder raciocinar, até algumas delas começarem a brigar, tava bom demais pra ser verdade.

Reviro os olhos e encosto minha cabeça no vidro olhando apenas o borrão que passava pela minha visão estavamos indo para o meio do nada, a prisão que iríamos era a tão falado Cruz do norte, já ouvi muita coisa vindo dessa prisão, muita coisa mesmo.

Chegamos na prisão e as detentas são separadas e encaminhadas para uma sala.

- Vamos, você! Sem enrolação - Uma mulher diz me olhando e apontando para um lugar e eu vou até ele

Ela ordena que tirassemos as roupas, nos virarmos e abrir as pernas e colocar as mãos na parede, e como um exército treinado todos fazem isso e eu o mesmo, por pouco eu não fico da cor de um tomate.

Olho para o lado e vejo a mulher enfiando a mão na xota de uma das detentas, puta mierda. Não acredito que vou perder o cabaço desse jeito.

Ela tira a mão a descartando a luva colocando o outra e fazendo o mesmo com outra e com outra, quando chegou na minha vez eu olho pra frente colocando a testa na parede gelada e sinto a mão da velha me penetrar, tudo ardia, foi alguns segundos de constrangimento e também no inferno.

- Desse jeito eu vou ficar toda alargada. - Reclamo assim que ela tira a mão e todas viram de costas pra parede.

- Menos reclamações e mais ação, vistam essas roupas agora. - Ela ordena e assim elas fazem, colocando a roupa amarela e um tênis branco simples.

Coloco a roupa e deixo a frente aberta, sendo sincera, eu ficava uma puta gostosa de regata.

Entregam uma bandeja para mim junto com algumas roupas reservas e um kit de cosméticos pessoais.

- Vocês três venham comigo, e o resto vão com palácios. - Um homem meio careca diz e eu o sigo, entramos em um bloco e a gritaria se fez presente, meu semblante de nojo era imperceptível quando algumas detentas falavam coisas sexuais.

- Que presentão foi esse que trouxeram para mim! - Uma velha fala lambendo os dedos e levanto uma das sombrancelhas, essas ai não vêem um pau a anos.

- Ah eu vou pensar nela a noite toda haha! - Outra grita fazendo gestos de masturbação com os dedos, fazendo eu soltar uma risada nasal, sapatonas esquisitas do caralho.

𝙱𝚊𝚋𝚢 𝚜𝚌𝚘𝚛𝚙𝚒𝚗 - 𝚅𝚒𝚜 𝙰 𝚅𝚒𝚜Onde histórias criam vida. Descubra agora