❝Rúben Dias costuma carregar consigo certezas em relação a um bocado de coisas a respeito da sua vida e tudo aquilo que a engloba, uma em especial dentre todas elas, destacava-se sem alarde algum, tornando-a de maneira genuína a mais doce e bonita p...
(...) Eu acreditaria se você me contasse que é um anjo
Te amaria mesmo se você não fosse capaz
De me amar do mesmo jeito que eu te amo
Estou do seu lado se precisar de alguém
Sempre
James Arthur – Always
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Rúben Dias costuma carregar consigo certezas em relação a um bocado de coisas a respeito da sua vida e tudo aquilo que a engloba. Uma em especial dentre todas elas, destacava-se sem alarde algum, tornando-a de maneira genuína a mais doce e bonita perante as demais e, essa certeza, rodeava-se diante do seu amor singelo e puro por Renata Martinez. A jovem romancista brasileira que sem um sinal de fumaça roubou o seu coração, mantendo-o preso a ele para todo sempre.
Aquela com quem ele era capaz de imaginar com as mais belas e concretas riqueza de detalhes existentes, viver uma vida inteira — tendo-a inteiramente ao seu lado.
Sempre ao seu lado. Sempre. Nunca longe. Nunca. Nem mesmo se ela quisesse ou desejasse.
Era sempre e sempre. E seria sempre e sempre.
Aquela a qual tinha o abraço acolhedor e o cheiro familiar que invadia seus sentidos e preenchia suas lacunas — fazendo-o querer morar para sempre ali.
Aquela a qual ele desejava como um louco proferir rente ao seu ouvido, segredando assim baixinho e num sopro quente, o primeiro eu te amo — sincero e verdadeiro de sua vida —, o primeiro eu te amo do relacionamento que ambos começaram a construir e a partilhar juntos a exatos três meses.
Primeiro eu te amo esse que estava preso em seu coração que batia de maneira frenética dentro de sua caixa torácica, entalado em sua garganta a longos dias, chacoalhando-se em sua língua inquieta e nervosa, lutando para que de uma vez por todas — e desprovido de todo medo e timidez — ele fosse liberto, abandonado de sua boca beijável — para ela — confessando-se de uma vez por todas.
Ele soube que ela era a sua pessoa favorita no mundo inteiro, ao vê-la correndo desesperadamente — e um tanto quanto desengonçadamente também, diga-se de passagem — no meio da rua, atrás do seu cachorrinho arteiro e malcriado demais — para o seu pequeno porte — que parecia adorar ver a sua dona em apuros e passando vergonha por consequência de suas peraltices, trajando um pijama do Mickey Mouse e pantufas chamativas do Stitch — uma combinação de milhões, julgada por ele — com seus cabelos cacheados revoltosos contra a lufada de ar do vento fresco de uma manhã de domingo, com a cara amassada de sono e óculos de grau quase fora dos olhos — numa falho tentativa de enxergar com nitidez as coisas à sua frente — soltando palavrões carregados em português — no estilo 'made in Brazil'— e protestos raivosos por não conseguir alcançar o pequeno filhote de pelagem caramelo.
