Capítulo Bônus;

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Por horas a fio Rúben divagou em alto e bom som sobre um provável futuro que ele desejava ter ao lado de Renata e, embora, a mesma estivesse fingindo desinteresse, no fundo o seu coração estava agitado e feliz com a possibilidade de ter uma famíli...

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Por horas a fio Rúben divagou em alto e bom som sobre um provável futuro que ele desejava ter ao lado de Renata e, embora, a mesma estivesse fingindo desinteresse, no fundo o seu coração estava agitado e feliz com a possibilidade de ter uma família com ele. Por mais que o medo ante a maternidade e coisas semelhantes povoasse os seus pensamentos, ainda assim, submersa a eles, ela sabia que o português ao seu lado seria o companheiro ideal para partilhar consigo todas aquelas etapas árduas, mas não impossível de vencê-las.

O simples fato de tê-lo para si, tornava tudo leve em questão de segundos.

— Podemos falar sobre filhos agora? — sugeriu outra vez, enquanto ambos se preparavam para dormir. Renata o encarou com um meio sorriso engraçado, se perguntando quantas vezes ele tinha citado a palavra filhos antes de questioná-la a respeito daquilo, como se pedisse a sua permissão para tocar no assunto. Assunto esse que querendo ou não tinha de envolver os dois lados.

O sorriso em seu rosto era do tamanho do mundo e, curiosamente, esse mundo cabe inteirinho dentro do peito da mulher.

O homem costumava pensar antecipadamente no futuro dos dois outrora, no entanto, agora, diante do que aconteceu e de toda a confirmação necessária a qual ele precisava, sentia-se um tanto quanto livre para pensar com mais liberdade a respeito e proferir a ela.

— Rúben! — o repreendeu, risonha. — Já conversamos sobre isso. — o lembrou sobre conversas passadas.

— Sim! — afirmou com um menear de cabeça. — E o que é que tem demais nisso? Esteja ciente de que eu quero ter um time de futebol com você, baixinha! — ditou ele sonhador, apesar de ainda estar acordado.

Renata fez uma careta engraçada aos olhos dele ao encará-lo, embasbacada com sua última frase, fazendo-o segurar a risada.

— Sinto em informá-lo, mas... acho que terá que conhecer uma outra Renata... — disse preguiçosa e seus olhos curiosos e atentos recaíram com mais intensidade sobre ela, como quem inquiria "isso, é sério?". — Sim! É isso mesmo que você ouviu! Essa Renata aqui... — apontou para si mesma — Nem fodendo lhe dará um time de futebol, Rúben Dias! Nem fodendo!

— Mas... — fez uma pausa, aproximando-se da mesma. Um beijo casto foi abandonado por ele na pele quente do seu pescoço. — A gente precisa foder para ter filhos, amor! — sussurrou rente ao seu ouvido, arrepiando-a. A mulher perdeu o rumo e o pouco foco que tinha quando estava perto dele.

Ei! Ei! — grunhiu e estapeou o abdômen desnudo dele, ao recobrar a consciência e a voltar a si. — Cadê o seu limite, garoto?

— Vai dizer que é mentira? Você gosta, eu bem sei...

— Não! Eu vou meter a minha mão na sua cara daquele jeito. — vociferou. — Palhaçada, moleque! Vai dormir, peste!

— Vamos fundar um mini clube de futebol, amor! O que te custa? Não te custa nada! Você só receberá prazer em todas as nossas noites de amor... — piscou safado — Confia no pai, que é só sucesso, princesa! — proferiu sem medo aparente ou noção do perigo ao chamá-la de princesa, sabendo o quanto ela odiava ser chamada daquele jeito.

Sujeito corajoso, Renata pensou.

 — Vou te deitar no cacete já já, Rúben! Vai confiando! Princesa, é o murrão bonito que eu vou te dar no meio da cara. — ditou entre dentes, raivosa.

— O amor é realmente lindo, né?! Amor maior que o seu certamente não existe, meu amor! Fico besta com um negócio desses! — disse o jogador, zombeteiro. — Te chamo de princesa porque eu sou o seu príncipe de cavalo branco, e recebo ameaças, sério isso? — fez beicinho descontente. — Que mundo cruel é esse que a gente vive, meu Deus?!

— Se você fosse um príncipe mesmo, eu te derrubaria do cavalo branco e passaria com ele por cima de você.

— Assim você me ofende, Renata!

— Ficou com raivinha, neném? Morde a testa que passa! — provocou, divertida.

— Acho que tem razão! Você realmente não é a princesa, é o cavalo da princesa... — entrou na brincadeira. — Renata, a mulher com características equinas, ou seja, um tanto quanto cavala. — Rúben, parecia não ter medo da morte ao provocar a namorada. Ele estava sempre disposto a tirar uma com a cara dela e se divertir com suas reações carregadas de xingamentos raivosos do jeitinho mais brasileiro possível. Ela o estapeou mais uma vez naquela noite, fazendo-o desviar dos seus tapas, no entanto, sem muito sucesso. — Tu é baixinha, mas a mão é pesadona, hein?! — percorreu com sua mão pelo local atingindo, o seu braço forte.

— Quer senti-la em outro lugar? — o desafiou, entretanto, para ele a pergunta veio com um resquício de malícia. Resquício esse que ela sequer percebeu.

— Calro que quero! Em qual parte do meu corpo você quer percorrer essas suas mãozinhas atrevidas, vidinha?

— Dias! — o repreendeu, novamente. — Nós não estávamos falando sobre ter filhos? Como foi que chegamos a isso?

— Mas... — deitou-se delicadamente por cima do corpo dela, apoiando todo o seu peso em seus braços. Renata encarou o amontoado de músculos firmes do homem, umedecendo seus lábios ligeiramente. — Para ter filho é preciso ter safadeza e dialogar sobre, baby!

— Sendo assim, nós não vamos ter filhos! — fez menção de empurrá-lo para o lado, no entanto, a sua força para fazer isso nunca veio — Sou moça de família e da igreja.

— É sério isso daí ou é piada? Pergunto porque tenho medo de rir e apanhar. — brincou e ela revirou os olhos. 

— Vamos por partes, ok? Primeiro trocamos um eu te amo e, daqui a mil anos, a gente fala sobre ter filho, belezinha? — sugeriu deitando-se corretamente e ocupando o seu lado da cama de casal, cobrindo seu corpo com o cobertor felpudo, louca para dormir, todavia para o seu delírio, o jogador parecia não querer calar a boca por nada.

— Mil anos, sério? — perguntou com uma carinha de muxoxo.

— É! — fingiu fazer pouco caso. — Pode acontecer mil coisas em mil anos, amor! Confia, homem! Quem acredita, sempre alcança!

— Inclusive nós dois não estarmos mais aqui, né?

— Talvez! Quem sabe?! É um risco que a gente corre! — deu de ombros — Como diria Jorge e Mateus; "mesmo que o sol se apague vem a lua te trazer de volta aos sonhos meus, pode passar mil anos você vai me amar e eu vou ser pra ser sua" — cantarolou sonolenta, uma canção brasileira a qual ele conhecia por influência dela, fazendo uma pequena mudança na letra, tentando em vão soar fofa e entregar-se ao sono de uma vez.

— Estás tentando ser romântica ou é só impressão da minha parte? Gente, será que vai chover essa noite? Que milagre, cara! O dilúvio vem muito aí! — zombou.

— Vai se foder, Ruben! Não falo mais nada também. — fez birra, virando o seu corpo numa direção contrária ao corpo dele, ainda no seu lado da cama, afastando-se.

Ele riu do seu jeitinho meio infantil de agir, puxando-a de volta e de encontro a sua pele alva e quente, agarrando-a com firmeza, mantendo-a presa ali.

Distribui beijos desleixados por todo o seu rosto e pescoço, beijando seus lábios desengonçadamente e demoradamente logo em seguida.

Eu te amo, Renata! Eu amo muito você. E, quero que saiba que, não precisa ter medo do nosso futuro ou de algo semelhante a ele, pois… eu estarei sempre ao seu lado, por mais difíceis que sejam os dias! Eu sei que… a gente vai vencer toda e qualquer luta assim… juntos! — apertou-a ainda mais em seus braços acabando com qualquer lacuna de espaço aberta entre ambos, fazendo-a se sentir aconchegada e em casa. Seus lábios fizeram pausas lentas entre um selinho e outro, colados com os lábios ansiosos dela, antes de tomá-los para si num ósculo perfeito, banhado a volúpia.

Always | Rúben DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora