-Onde ele está? Por favor cadê ele?Max invadiu o pronto-socorro perguntando para a primeira enfermeira que viu.
Ele nunca esteve tão desesperado em sua vida, era como está a metros de cruzar a linha de chegada mas ser ultrapassado no último minuto. Mas o que tinha acabado de ultrapassar Max era o seu próprio egoísmo, e orgulho.
Nat estava doente e sofrendo porque o Alfa quis assim, ele não fez nada quando era o único que podia. Max estava em paz e feliz pela recente vitória até James aparecer em seu quarto e lhe dá a notícia que o deixou fraco e desorientado.
Nat poderia morrer.
Era nisso que Max pensava enquanto estava a caminho do hospital. No seu odiado e desbocado Nat padecendo por sua negligência. Ele simplesmente estava vivendo um inferno com isso. Max queria arrancar os seus próprios cabelos e se estapear até todos os seus instintos Alfas voltarem.
Quando na história um Alfa poderia se negar a cuidar do seu próprio Ômega, concerteza algo dentro dele está quebrado.
-Calma senhor, me fale quem você está procurando?
Perguntou a enfermeira de olhos verdes segurando uma prancheta nas mãos, seu cheiro era calmante, o que fez Max automaticamente se sentir menos eufórico e angustiado. Ela definitivamente era uma Alfa.
-Nat... Uareksit. Onde ele está?
Max nem sabia se qualquer pessoa que trabalhava no hospital poderia da informaçães sobre Nat mas ele estava tão perdido, sua mente girando apenas ao redor de Nat. Seu pequeno sol que parecia estar ficando mais frio.
-O Ômega?
Ela perguntou com aquele tom profissional e contido, como se Max não estivesse vendo o chão sumir diante dos seus pés.
-Sim, Sim!
-Ele está com o médico no momento. Você não pode vê-lo agora.
Explicou ela, mas Max não quis esperar.
-Por favor senhora eu sou o companheiro dele (não que Nat tivesse concordado). Preciso vê-lo agora! Eu sou... eu sou a razão de ele estar aqui. Preciso vê-lo eu posso ajudá-lo se estiver por perto.
Lágrimas estavam se formando nos olhos de Max, as imagens de um Nat fraco e pálido na frente da sua porta impregnada em sua cabeça. Tudo isso enquanto Max dormia confortavelmente em sua cama. Ele merecia se todas as maldições do mundo recaisse em seus ombros.
-Tenho certeza que você quer ficar com ele agora, mas não podemos deixar isso acontecer!
A voz da Alfa era tão robótica que estava se tornando irritante aos ouvidos de Max. Será que todos aqueles malditos profissionais da saúde tinham perdido a sua humanidade e sensibilidade quando ganharam seus diplomas?
-Por que?
Max estreitou os olhos, a raiva já se sobressaindo sob o seu senso comum. A Alfa sentiu a mudança no ar por isso decidiu tomar outra direção.
-Ele chegou aqui extremamente fraco e não vamos correr o risco de sobrecarregá-lo. Mudanças bruscas de sentimentos podem piorar o seu estado. E recomendado que somente a família o visite por enquanto. Sinto muito senhor.
Explicou a enfermeira e gentilmente apontou uma direção com a cabeça enquanto guiava Max para um corredor largo contendo um sofá encostado na parede de cores mortas.
-Se desejar ficar você pode esperar aqui. Eu venho buscá-lo assim que você tiver permissão para vê-lo.
Ela sorriu educadamente para Max enquanto ele se sentava no sofá. Ok era isso. Ele deu o braço a torcer e assentiu lentamente não havia mas nada que ele pudesse fazer.
Ele sentiu como se estivesse fora de seu corpo. Incapaz.
Max não sabia que o estado de Nat era tão ruim ele ainda tinha algum tipo de esperança escassa que o Ômega estivesse bem. Ele queria ver Nat. Ele precisava.
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Ansioso Max levantou-se rapidamente assim que a enfermeira que o atendeu saiu de dentro do quarto onde estava Nat acompanhada de um médico.
-Doutor este é o senhor...
-Max Saran.
Max completou se dando conta no momento que ele não tinha se apresentado à enfermeira e automaticamente lendo o seu nome no crachá, Suya.
-Sim. O Senhor Saran e parceiro do Senhor Uareksit, ele gostaria de saber o seu estado de saúde.
Max não pôde evitar de sentir um pouco mas de simpatia pela enfermeira, talvez ela não fosse um robô sem sentimentos, como ele pensava.
-Prazer Senhor Saran, sou o Doutor Tar...
O homem entendeu a mão para cumprimentar Max.
-O estado do Senhor Uareksit não é bom, basicamente o que está acontecendo é o seu corpo combatendo todas as suas células autoimune, ele está suscetível a qualquer tipo de doença, e isto está acometendo todo os seus órgãos, no momento ele está com falta de ar intensa e insuficiência cardíaca. Por razões do seu estado delicado não vamos permitir visitas até que a sua condição se estabilize. Sinto muito senhor.
{•••}
Max nunca teve medo de muitas coisas, principalmente a morte. Fala sério ele pilotava um carro que passava do 300 km/h a última coisa que ele temeria era a morte, mas tudo isso era sobre Max sobre ele e sua própria vida, ele nunca experimentou esse outro pensamento como um expectador. E quando o fez ele ficou apavorado a simples ideia de Nat ser arrancado da sua própria vida o deixou sem sentindo, Max simplesmente não imaginou uma existência sem o seu teimoso e irritante Nat, ele se sentiu doente só pela possibilidade. E foi por isso que ele não saiu do lado do quarto de Nat, os dias que se passaram ele ia em seu próprio apartamento apenas para tomar banho e fazer refeições rápidas, quando Tutor ou James não trazia, ele não queria ficar muito tempo longe do Ômega, temendo o que poderia acontecer enquanto ele estava fora. Foi por isso que ele ficou por cinco dias no hospital.
{•••}
Nat estava bem depois de tempos difíceis ele desejava voltar para o sua própria vida mas o médico não o liberou ele tinha chegado quase morto no hospital todo cuidado ainda era pouco.
-Sr. Uareksit... o senhor Max Saran está aqui para vê-lo. Posso deixá-lo entrar?
Perguntou uma enfermeira e Nat imediatamente balançou a cabeça. O quê Max estava fazendo lá? Nat imaginava que o bastardo estava soltando foguetes ou coisas do tipo com o seu quase falecimento.
-Não. Eu não quero vê-lo
Nat falou magoado. Max o feriu muito.
-Mas ele disse que você era companheiro dele...
-Você consegue ver uma marca de mordida?
Nat perguntou irritado mostrando a garganta, ele não queria ser um filho da puta com a enfermeira mas qualquer coisa relacionada a Max o deixava possesso.
-E se ele fosse meu companheiro, ele não me trataria como lixo...
Uma lágrima rolou pela bochecha de Nat e a enfermeira assentiu lentamente.
-Eu entendo. Vou avisá-lo. Há algo que eu possa fazer por você?
A enfermeira sentiu uma enorme empatia por Nat ela desejou abraçá-lo mas isso seria pouco profissional, o garoto era tão pequeno e magro qualquer Alfa se sentiria tentado a protegê-lo.
-Não, obrigado
-Ok. Basta apertar o botão vermelho, se precisar de alguma coisa
A enfermeira sorriu e saiu da sala. Nat estava exausto. Como Max ousava aparecer aqui depois de tratá-lo como um pedaço de lixo naquela noite?
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Fast
Fanfiction{•••} Ele não soube como lidar, ele não estava pronto para isso tudo o que ele tinha aprendido era odiar Nat qualquer coisa diferente disso o deixava confuso e irritado. {•••}