Bodai: o Fingidor Contra os Loucos (Livro 1 Rascunho)

Zero

Prólogo

Ventos correm por um planalto arenoso com uma vegetação que estava morta já fazia muito tempo, porém na verdade não eram vegetais senão um mar de algas secas e mortas que davam à paisagem um aspecto bastante único. Uma corrente de vento ecoa a sua voz assoprada em uma pequena gruta que tinha uma fogueira recém apagada, e fora da casa rochosa havia um sujeito que nada mais fazia que olhar para frente parado. Podia-se observar suas costas extremamente pálidas e finas que não demonstravam ser afetadas pelo sol, vestia um turbante que só revelava os seus olhos; a parte anterior do seu corpo também estava à mostra revelando um peitoral delicado com um simples cordão com um crucifixo no meio de seu peito e uma barriga extremamente magra. Não parecia ter pelos no seu corpo e além do turbante apenas usava uma calça folgada como se fosse árabe. De repente o sentido dos ventos é alterado e aumentado com a presença de um pequeno helicóptero que aterrissa em cima da gruta.

Devido à enorme quantidade de detritos e matéria orgânica, o acesso às Terras Novas em maior parte se devia por helicópteros de pequeno porte que costumavam caber 2 passageiros. No caso deste, as esquis tocou o solo, e então as hélices em retardo revelavam o mar azul acima de todos pouco a pouco. E então sai da aeronave o piloto, que era um homem jovem de terno comum preto, luvas, óculos escuros devido à intensa luminosidade, era um um homem que não pertencia a uma etnia em específico, parecia a mistura de várias, mas provavelmente era latino, tinha um sorriso malicioso e notáveis costeletas, e na porta do passageiro sai uma criança com roupas tropicais, cabelo loiro usando uma jaqueta de zíper infantil comum azul com números no seu peito e nas costas, provavelmente era esportiva, os dois descem a gruta, pousam na areia e vão ao encontro da figura misteriosa.

- Você é um dos homens mais procurados no mundo, embora a humanidade não saiba disso. Foi difícil te encontrar, mas finalmente aqui estamos. Sim sabemos que você sabe demais, uma mina de ouro de informações para explicar as principais dúvidas da humanidade nas últimas décadas. E aí, o que tem a me dizer?

Estando de costas e sem se mover, o estranho responde educadamente:
- Primeiramente, tem certeza de que eu sou um homem e tem certeza de que pertenço a este mundo?

O homem de terno dá um sorriso entendendo como se fosse uma provocação, e responde em tom de malíciae esquecendo-se momentaneamente do seu foco ali:
- Uau, olhando melhor, embora seja incomum com meninas estar sem uma roupa de cima assim, você tem um corpo bem feminino mesmo...
A figura misteriosa se vira e o olhar do homem de terno passa pelas suas curvas finas e femininas até se encontrar em um peitoral igualmente delicado porém masculino.
- Vieste até aqui apenas para admirar o meu corpo, senhor? Responde o estranho ser sem parecer ofendido e sem demonstrar interesse na presença dos dois

-- Eh, não não...
- Com licença! - A criança interrompe e então prossegue:
- Pode-me chamar de NCS, ainda não estou pronto para revelar o meu nome, sinto muito, e desculpe a enrolação do Sandro...
- Ei, já falei pra não revelar o meu nome, moleque! Eu sou o investigador que trabalha na Terra Nova, agente H.
- Que seja! Pra ele ou ela não faz diferença, enfim! Não se preocupe, não viemos te fazer nenhum mal, só viemos conversar. O meu objetivo em si é simples, quero descobrir quem é meu pai e sei que você o conhece, já que minha mãe não quer revelar, disse que saberia se te encontrasse, daí quando soube que o S... Quer dizer, agente H...
- E também descobrimos que você é um dos principais motivos para o surgimento da Grande Calamidade, que esteve presente desde o início do projeto, sem você nada daquilo teria acontecido. - Interrompeu o homem de terno, e então ele continuou:
- Buscamos há anos resolver esse mistério, e até onde a gente saiba, você é o melhor que pode nos ajudar, estamos buscando outros envolvidos, mas até agora sem sucesso, então por favor colabore e diga-nos o que sabe. Quem é você, afinal, qual o teu nome?