DXD: Herdeiro Da Fênix

Capítulo 72 - Beatrice

(Dante POV)

Olhei para ela com interesse, afinal era a primeira vez que via um espírito.

Para ser sincero, eu não sabia muito sobre eles, o básico que eu sabia era que os espíritos são seres sobrenaturais que se materializam no mundo através da mana e a manipulam como bem entendem.

Meu conhecimento terminou aí.

"Quanto tempo você vai continuar olhando para Betty?" Beatrice perguntou, levantando uma das sobrancelhas com desconfiança.

"Você é bastante fofa." Eu disse me levantando, ignorando a pergunta dela.

"Hmm! É claro que Betty é fofa, pelo menos você ainda tem o dom da visão, eu suponho." Ela não parecia nem um pouco envergonhada ou ofendida com o que eu disse.

"Você é uma criança muito segura de si." Murmurei, olhando em volta vendo os incontáveis livros

"Eu não sou uma criança. Betty é muito mais velha que você, eu suponho." Sua voz era lindamente estóica.

"Sério, quantos anos você tem?" Olhei em volta com curiosidade.

"Tenho mais de 400 anos, eu suponho." Seus pequenos braços estavam cruzados sobre os seios inexistentes.

Esta menina parece ter talento e termina a frase com "suponho".

"Bem, isso faz de você um pouco mais velho do que eu, com mais 385 anos de diferença." Eu disse, com um sorriso virando-se para ela.

Beatrice soltou um suspiro, ignorando completamente a minha piada.

"Então, por que você ainda está aqui?" Ela perguntou com sua voz sem muita emoção.

"Vejo que não sou bem-vindo."

Sentei no chão cruzando as pernas olhando para a garotinha.

"Pelo menos você não é cego, eu suponho."

Hahaha! Ela é muito fofa e me lembra um pouco a minha irmã, não na personalidade, mas na aparência.

"Bem, mudando de assunto, onde eu estou?" Coloquei as mãos nas pernas..

"Vejo que você não vai embora. Bem, aqui é a biblioteca perdida, e eu sou o guardião dela."

"Oh! Então aqui, você deve ter algum conhecimento bem complicado, certo?"

"Com certeza, mas você não tem permissão para tocar em nenhum livro."

Agora seu rosto sem emoção possui uma expressão severa.

"Não se preocupe, não quero ler mais nenhuma linha de palavras hoje."

"Isso é bom." Ela disse abrindo o livro que estava em seu colo, seu rosto já havia voltado para sua expressão normal.

O silêncio é o que domina esta biblioteca, nem ela nem eu abrimos a boca.

Mas o silêncio não era nem um pouco desconfortável. Sem muita cerimônia, me joguei para trás, me deitando no chão.

1 ano!

Ainda falta um ano para esse treinamento terminar.

Faz apenas alguns dias, e já estou com saudades da minha ruiva, Sona, das minhas companheiras de hospício. Droga, eu até sinto falta daquele maldito Cupido.

O pior de tudo é que nunca fiquei tanto tempo longe deles. Para alguém carinhoso (possessivo) como eu, isso é quase uma tortura, e nem mesmo do tipo legal.

Quase naturalmente, soltei um suspiro enquanto olhava para o teto.

Não sei quanto tempo passamos no silício, mas Beatrice quebra o silêncio.