Prólogo

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Quando os deuses deram por terminada a assembleia, um casal com as suas quatro filhas desceram sobre um planeta sem vida. A segunda filha do casal, dotada de um enorme poder elemental, conjurou os 4 continentes, um para cada uma das suas irmãs.

No início os continentes estavam como folhas brancas, mas aos poucos e pela magia única de cada elemento, ganharam vida à luz do seu governante. Foi aí que decidiram nomea-los como se se tratassem de filhos.

A primeira filha do casal, Irene, que era tão serena como as ondas salgadas que lhe desciam dos ombros, nomeou as suas ilhas de "Elinor"

A segunda, Ilítia a quem toda a vida obdecia nomeou as suas planícies de "Echor"

Adrastéia, a terceira filha, ardente como o fogo que queimava o chão, onde pisava, chamou aos seus vulcões "Etenur"

Seguiu-se a filha mais nova, abençoada com a luz da estrela sol, o seu deserto ficaria para sempre conhecido como "Solasta"

Abaixo de Etenur e como prenda a seu pai e mãe Ilítia conjurou uma ilha. O seu pai não viu necessidade em nomea-lo, mas, para que as suas filhas não estivessem mais sozinhas pediu a sua esposa que assim como a sua filha, conjurasse e desse vida aos continentes.

Como mãe, mulher, e deusa da fertilidade um gesto da sua mão foi suficiente para os primeiros povos se reunirem a volta de uma pequena aldeia, uma por cada nação. Não cabia mais aos deuses cuidarem da terra abaixo dos seus pés, fora decidido na assembleia que lhes dariam livre árbitro, caso contrário, o castigo seria imenso.

Então as quatro deusas divertiram-se durante séculos, escondidas entre os seus povos testemunhas o nascimento e a morte de cada um dos seus filhos. Mas como tudo o que é bom, a qualquer momento o mal chegará.

Irene e Adastéia observavam as primeiras migrações entre as ilhas de Elinor e o continente de Itenur, nunca tinham imaginado que as diferenças físicas dos quatro povos causariam uma catástrofe tão grande.

Quando os filhos se Adastéia, com o temperamento da sua deusa viram a pele azulada e orelhas pontiagudas com guelras do povo de Elinor correram até eles com expressões e intenções muito claras, Itenur atacou o povo de Irene, e a sua deusa impotente derramou lágrimas que se tornaram chuva e lavaram o sangue dos seus filhos.

Vendo tal coisa, Serafim com medo de represálias entre as suas duas filhas, e mesmo que contra a vontade da assembleia, conjurou uma maldição. Um castigo a humanidade pelo mal causado. Mas a peste saiu do controlo e rapidamente todos os que exerciam qualquer violência e derramavam sangue tinham os seus corpos corrompidos e cada vez mais a violência se espalhava.

Não demorou muito até que os princípios celestiais entrassem no planeta procurando aquele que havia ignorado as suas juras. Não demorou muito para que três homens adentrassem a morada de Kaisen e da sua mulher, Safiya.

Levaram Kaisen para a ilha que antes fora presente da sua filha, prenderam-no e acorrentaram-no aquela ilha, castigaram-no com a imortalidade e proferiram que ficaria responsável pelas almas de todos os que perecessem a sua maldição.

Safiya destroçada por ver o seu amante condenado a uma imortalidade tão horrenda, desceu á terra, e quebrou outro dos princípios celestiais. Jurando que fora sua culpa e das sua criações possuiu um ser amaldiçoado, selando a maldição dentro do mesmo para que nem o seu marido exilado ou as suas filhas sofrecem o mal das suas criações, então ao se unificar com o homem contaminado um selo surgiu e a doença foi esquecida durante os séculos que se seguiram.

Mas os deuses superiores não esqueceram, voltaram para castigar aquela que quebrar a lei, mas não se podia achar alguem que havia desaparecido eternamente, então como forma se aviso pelas ofensas as leis que aquela família havia cometido, o poder das quatro deusas foi retirado pela metade, colocados dentro de esferas e as mesmas trancadas numa torre na ilha onde Serafim permanecia.

E assim, o mundo estava sozinho com a sua avareza e sem ninguém para os proteger de si mesmos.

Mas isto foi só o início da nossa história...

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