BEIJO | BKDK

BEIJO

     Izuku estava em seu primeiro encontro com Katsuki, ambos esperaram muito por isso, muito mesmo, o que fez Katsuki perder a paciência de esperar Izuku ter alguma iniciativa além de flertes bobos e ele mesmo tomar a frente.
     Estavam no shopping de mãos dadas enquanto andavam pelo lugar, Izuku falava animado sobre um dos feitos recentes de All Might, até parar por ver uma máquina de pegar brinquedos, mirando seus olhos em uma pelúcia do herói do qual falava a pouco.

— Olha, Kacchan, olha! — o menino arrastou Katsuki até a máquina, radiante.

— Vai pegar?

— Claro! — o menino afirmou, colocando o dinheiro na máquina.

     O semblante de Izuku mudou completamente ao ver que não havia conseguido o brinquedo, já o de Katsuki mudou completamente quando viu seu amado tristonho.

— Sai daí, Deku, eu pego — Katsuki tomou o lugar de Izuku, colocando o dinheiro na máquina e falhando também. Aí ele se irritou de verdade. Seu menino teria aquela pelúcia, nem que ele tivesse que quebrar o vidro daquela máquina e pegar ele mesmo.

     Assim, os dois passaram os próximos 17 minutos ali. Izuku tentou algumas vezes falar para Katsuki que não precisava disso, mas o loiro não cedeu, apenas ficou puto por achar que Izuku tinha pensado que ele não conseguia, o que resultou em Bagukou, não literalmente, esfregando sua vitória na cara de Izuku quando, depois de 55 reais, ele conseguiu o boneco:

— HAHA, EU FALEI! EU FALEI QUE IA PEGAR! VOCÊ NÃO ME OUVE, IDIOTA! — ele tirou o boneco do buraquinho da máquina e entregou ele para Izuku, todo sorridente. — Aqui, querido.

Izuku se derreteu com o apelido, pegando o boneco com um sorriso besta no rosto.

— Obrigado, Kacchan!

— Nada, nada. Agora a gente vai pra casa, não tenho mais dinheiro pra gastar — Katsuki segurou a mão de Izuku de novo e começou a andar.

— Uhum. Quer que eu te pague?

— Não, bocó, e presente. Mas quero que me faça companhia até minha casa.

     Izuku aceitou feliz, indo até Katsuki pra sua casa, no portão, se despediram com um abraço e Izuku começou a andar para sua casa. Katsuki o olhou e pensou: aquilo estava muito pouco para um primeiro encontro.

— Ei, Deku — ele chamou, todo pomposo, e Deku voltou ali.

— Sim?

     Katsuki segurou o pulso de Izuku e o puxou para um beijo. Midoriya faltou desmaiar de emoção, quase mordendo a língua de Katsuki. Mas nenhum deles poderia negar: tinha sido o melhor beijo que já tinham dado. Katsuki se afastou um tempo depois, disse:

— Deu, pode ir — e então Izuku foi para sua casa, saltitando sem perceber, enquanto Katsuki ficou olhando com um sorrisinho bobo até o menino sumir na esquina.