O que você faria se sua vida fosse virada de ponta cabeça de um dia para o outro?
Como reagiria se tudo aquilo que você jamais acreditou fosse real?
Como ficaria se perdesse uma das pessoas mais importantes da sua vida?
Como reagiria ao descobri se...
Maya: Com quem você esta falando?- pergunto ao flagrar Gabe atendendo o celular da minha mãe.
Mãe, Sally Jackson se tornou minha mãe doze anos atrás quando ainda estava grávida de Percy logo após minha progenitora me atacar durante um surto e fugir sem deixar rastros e desde aquele dia tudo o que a Sally tem feito foi me amar e cuidar de mim como a mãe maravilhosa que ela é.
Gabe: É da escola do pirralho- diz ainda com o telefone pendurado no ouvido e eu me aproximo rapidamente pegando o aparelho do mesmo o levando em direção a mais velha- ei- o escuto indignado porém ignoro continuando a procura da mais velha
Maya: Mãe- chamo a atenção da mesma que estava cuidando de algumas plantas que tínhamos na saída de incêndio- telefone para você é da escola do Percy- a mesma respira fundo voltando para dentro do apartamento e sussurando um obrigada logo atendendo a ligação enquanto eu vou em direção as plantas continuando a podar no lugar da mesma.
Não precisava pensar muito para saber do que se tratava a ligação provavelmente meu irmão tinha sido expulso de mais uma escola. Por algum motivo Percy e eu somos diferentes das outras pessoas vemos coisas que parecem ser impossíveis de existir. Já tentamos explicar e entender várias e várias vezes porém tudo o que ganhamos foram olhares tortos e até mesmo de medo.
Diferente do Percy eu não estudo em uma escola e sim em casa. Eu já tentei várias vezes, porém simplesmente não me encaixava em lugar nenhum optando por ter um ensino a distância e sinceramente me sinto melhor assim, mais tranquila mais segura.
Sally: Aí parece que vou precisar procurar outra escola para o seu irmão- diz se sentando do meu lado no banquinho que tinha ali
Maya: Ou você pode fazer o mesmo que fez comigo- digo como quem não quer nada e a mesma me olhando sorrindo pequeno
Sally: Nós duas sabemos que sei irmão não iria conseguir se adaptar como você em casa por tanto tempo querida.
Maya: Eu sei, ele não é antissocial como eu- digo revirando os olhos afinal já tinha ouvido essa resposta várias vezes- mas eu sinto falta dele- resmundo enquanto tiro algumas folhas mortas da planta sem encarar a mais velha
Sally: Eu sei meu amor e você vai poder matar essa saudade afinal ele chega hoje ainda- diz e eu simplesmente não consigo conter minha animação diante da notícia- e nos três vamos para a cabana esse final de semana então trate de ir arrumar sua mala- solto um gritinho animado e me inclino para dar um beijo na mesma
Maya: Você é a melhor mãe- digo já me levantando e indo rapidamente para o meu quarto
Sally: Espera Maya eu quero te dar um coisa- diz derrepente me fazendo parar em frente a porta e me virar vendo a mesma chegar perto- para minha garotinha- diz abrindo a mão relando um colar simples porém sem deixar de ser belo
Maya: Mamãe ele é lindo- diz sem fôlego sentindo uma emoção dominar meu peito- me ajuda a colocar?- questiono e a mesma concorda me virando e tirando meu cabelo do pescoço e colocar o colar delicadamente
Sally: Ficou lindo em você do jeitinho que eu imaginei- diz quando me viro e faz um leve carinho no meu rosto- eu tenho muito orgulho em ser sua mãe sabia disso- diz me deixando emocionada
Maya: Não poderia ter uma mãe melhor do você para mim- digo segurando as lágrimas assim como a mesma- eu te amo mãe- digo me jogando em seus braços logo sendo apertada pela mesma
Sally: Eu também te amo- diz me segurando com força- minha garotinha milagrosa- diz separando o abraço e me dando um beijo demorado na testa- agora vai arrumar sua mala quero poder sair assim que seu irmão chegar
Maya: Pode deixar eu te amo mãe- digo e logo saio correndo para meu quarto ouvindo a mesma me reprender por correr.
Algumas horas depois
A chuva caia de forma branda lá fora trazendo uma sensação de calmaria que de certa forma era reconfortante para minha ansiedade que crescia no meu peito no decorrer do dia.
Derrepente ouço a porta da frente bater e a voz do meu irmãozinho conversando com nosso padrasto se faz presente e eu não espero nem um segundo para correr ansiosa para dar um abraço no pequeno
Maya: Percy- digo assim que chego na entrada e o mesmo se vira rapidamente para mim e eu corro mais um pouco me jogando em cima do mesmo que acaba não suportando o impacto e caindo no chão junto comigo
Percy: Meu Deus Maya assim você me esmaga- diz me deixando indignada e logo me levantando rapidamente de cima do mesmo
Maya: Está me chamando de gorda seu pirralho- digo colocando as mãos na cintura e batendo um dos pés no chão
Percy: Você sabe que não jamais seria capaz disso- diz se levantando e se aconchegando nos meus braços em busca de carinho do mesmo jeitinho que fazia quando era mais novo
Gabe: Se bem que você pode ter dado uma engordada pirralha- ouço a voz do mesmo me tirando do momento com meu irmãozinho
Maya: Ninguém te chamou na conversa seu velho- digo fuzilando o mesmo e quando ele faz menção de responder o que causaria mais uma discussão entre nós Percy resolveu intervir
Percy: Onde está a mãe Ma?- pergunta saindo o abraço de urso que lhe dava
Maya: Na saída de incêndio vem eu te levo temos uma surpresa- digo ignorando totalmente a presença indesejada do outro e puxando meu irmão até onde a mais velha estava- vou deixar vocês conversando, sinto muito pelo Grover- digo dando um beijo em seu rosto e caminhando em direção ao meu próprio quando com o objetivo de terminar minha mala
Assim que termino de chegar o zíper e tiro a mala pequena de cima da cama alguém bate na porta e entra logo em seguida
Sally:Vamos meu bem- diz ainda parada perto da porta segurando meu casaco e eu o pego vestindo rapidamente e saindo com a mais velha enquanto levava minha mala animadamente para o carro e já entrando no banco de trás onde meu irmão já se encontrava
Maya: Animado?- pergunto chegando perto do mesmo o puxando para meu peito enquanto nossa mãe assumia a direção- eu sinto que essa viagem vai mudar nossas vidas- digo aleatoriamente e o mais novo nega com a cabeça se acomodando no abraço que eu lhe dava e me ajeito melhor mandando um beijo para minha mãe e logo fechava os olhos tentando dormi um pouco.
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