capítulo dois;

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Querida Tailameu coração está apertado sem você, meu amor! Suas palavras me aquecem de uma maneira que nem imagina. Obrigada por continuar escrevendo e por não ter desistido de mim. Estou morrendo de saudades e mal posso esperar para te ter de novo. Não tenho tempo para escrever muitas palavras, e infelizmente não faço ideia de quando voltarei para você. Te amo com todo meu coração e alma, minha linda mulher! Te conhecer sempre será a melhor coisa que já aconteceu comigo, e é por ti que luto todos os dias, para voltar para você. Prometo-lhe que se receber a dádiva de ver-te novamente, te peço em casamento e começaremos a construir nossa família. Amo-te eternamente. Julian Zalewski. 


2 meses atrás

— Julian Zalewski? 

— Sim? – respondi ao homem do outro lado da linha.

— Lamento informar, mas você foi convocado para ajudar no batalhão de guerra. Sei que é cidadão russo, então é obrigado a comparecer. – Temo por isso desde o início da guerra. — Nem me apresentei, perdão, sou o Comandante Andows. O senhor tem dois dias para se apresentar à força, caso contrário, será julgado por traição. Passar bem. – ele desligou.

Isso não pode estar acontecendo. Olhei para Taila. Ela estava no sofá desenhando seu novo projeto. — Amor? – sussurrei. — Precisamos conversar. – ela se sentou, me olhando preocupada. Sentei ao seu lado, segurando suas mãos. 

— O que aconteceu? – perguntou assustada. 

— Era um tipo de comandante do exército. — fiz uma pausa. — Eu fui convocado para a guerra.

— Como assim? – perguntou alarmada. — Pode ter sido trote. 

— Taila, todos os cidadãos russos, que já serviram o exército, receberam um SMS com o número da segurança do país, o mesmo que está convocando as pessoas para a guerra. Não é um trote, é real. Eu tenho dois dias para me apresentar, ou serei acusado de traição. – falei calmamente, temendo sua reação.  

— Não, não. Não pode ser verdade. – segurou meu rosto, olhando no fundo dos meus olhos, buscando algum sinal de mentira. — Você está brincando comigo, não é? – uma lágrima solitária caiu de seu olho. Ela sabia que eu não estava mentindo.

— Amor, eu sei que não é o que esperávamos, mas eu não tenho escolha. – a abracei. Seus ombros tremiam pelo choro.

— Não. – fungou. — Eu não aceito isso! – passamos longos minutos apenas colados um ao outro, enquanto ela chorava em meu peito. 

Taila sempre foi muito durona, jamais havia chorado em minha frente, até hoje. Ela entende a gravidade da situação. Sabe que não tenho nenhuma garantia de volta. 

Servi o exército logo quando completei 18 anos, me preparando para todo tipo de situação, então, talvez, eu tenha uma chance lá fora. Mas isso não me deixava menos aflito.

A ideia de ter que deixar Taila, talvez para sempre, me assombrava. Havíamos tido pouco tempo juntos, mas meu coração e alma já lhe pertenciam. Ela é a mulher da minha vida e tenho certeza disso.

— Amor? — chamou baixinho.

— Oi, minha vida.

— Eu tô com medo. — suas lágrimas molharam meu ombro. — Eu não quero te perder. — segurei seu rosto, obrigando-a a me olhar.

— Você nunca vai me perder, ouviu? Nunca. Mesmo que o pior aconteça, nossas almas sempre estarão ligadas. Nunca iremos nos separar realmente. Tá bom? — passei o polegar por seu rosto, limpando os vestígios de lágrima. Ela confirmou com a cabeça. — Vou fazer de tudo para voltar pra você o mais rápido possível. Eu te prometo, Taila, não vou descansar até passar por aquela porta e te ter em meus braços novamente. — agarrei sua nuca, colando seus lábios aos meus e a empurrando de leve sob o sofá. 

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⏰ Última atualização: Dec 23, 2023 ⏰

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