𝑨𝑳𝑬𝑿 𝑻𝑯𝑬 𝑪𝑳𝑶𝑾𝑵; 𝑪𝑹𝑬𝑬𝑷𝒀𝑷𝑨𝑺𝑻𝑨

Cap. 7 "𝐁𝐞𝐡𝐢𝐧𝐝 𝐁𝐥𝐮𝐞 𝐄𝐲𝐞𝐬"

Alex, Shiro, May e Sayuri caninhavam pela neve densa a caminho da cabana, todos estavam em silêncio já que a missão quase deu errado devido algumas pessoas que andavam pelo local, Sayuri podia ouvir o som de estática em sua cabeça enquanto se mantinha firme, May que caminhava ao seu lado notou sua tentativa frustrada de esconder algo.

— consegue ouvi-lo, não é? — ela questionou

— todos nós conseguimos, May — Sayuri respondeu vendo a garota dar de ombros

— mas eu nao tô ouvindo ele agora — May sorriu para Sayuri

Sayuri apenas voltou a prestar atenção no caminho, sentindo sua cabeça doer e o som de estática aumentar, a garota colocou a mão na cabeça discretamente apenas para sentir a dor aumentar cada vez mais, Alex apenas a encarou por um momento antes de dizer algo

— Say... precisa de ajuda? — Alex perguntou

— não... eu tô bem... é só enxaqueca — a mesma respondeu

— não minta para você mesma, Sayuri — Shiro disse

Antes que a mesma pudesse responder, Sayuri caiu na neve, outro dos apagões recorrentes que ela tinha, o sangue das roupas da mesma tingiam aquele espesso véu branco com a cor vermelha, Alex e May sentiram uma onda de desespero correr por seu corpo, até Shiro pegar a garota nos braços e continuar o caminho, era um caminho um pouco longo até a cabana, então eles cortaram caminho por outra parte da floresta, eles voltaram ao silêncio até Alex questionar:

— Por que isso acontece? — Alex encarou Shiro

— Não sabemos, o Operador deve tentar algum tipo de contato mas o corpo dela parece não aguentar ainda... — Shiro respondeu

— Então ela vai continuar tendo esses apagões até ela ser mais forte? — Maya perguntou

— O futuro é incerto, eu diria. — Shiro novamente respondeu

Eles continuaram andando em silêncio até chegar na cabana, Shiro levou a garota para o quarto sendo seguido por Alex e Dimitri enquanto May fazia alguns relatórios. Shiro deixou a garota na cama e se retirou do quarto.

— Eu tentei... — Alex sussurrou

— Sei disso, não precisa se explicar. Já aconteceu antes — Dimitri disse se sentando ao lado da cama

Alex apenas ficou observando aquela situação sem dizer nada

— Gosta dela né? você só se faz de durão — Alex disse debochando

— Talvez eu goste... Só cuida dela — Dimitri se levantou e saiu do local

Alex se viu sozinho no quarto então ele apenas esperou a garota acordar. Assim que ela acordou ela se manteve em silêncio encarando o garoto ao seu lado. Alex se viu de frente para o rosto pálido da garota, era a primeira vez que ele via o rosto de Sayuri, ele sabia que por trás daquele sorriso vazio havia alguém que se esforçava para agradar aos outros, mas por trás daqueles olhos azuis... havia uma pessoa que havia sofrido por muito tempo, além de ter um olhar frio e vazio.

— Seus olhos são lindos — Alex sorriu

— Obrigada... eu acho... — Sayuri suspirou — Aconteceu denovo não foi?

— Aconteceu, mas não se preocupe, vai passar logo! — Alex disse confiante

— queria que fosse verdade... — a maior passou a mão pelos cabelos

O silêncio prevaleceu no local por um tempo, Alex apenas observava a garota sentada na cama encarando o chão enquanto o mais novo pensava em como poderia dizer aquilo.

— Sabe Say... — Alex começou

— hm? — a garota o encarou

— por trás desses olhos azuis vazios... existe uma pessoa incrível... e gentil... — Alex sorriu

— queria que fosse verdade garoto — Sayuri pegou sua máscara, a colocou e se levantou

— pra mim é verdade! você é incrível pra mim! — Alex disse enquanto Sayuri acariciava seu cabelo e saia do quarto rindo

— Vem Alex... vamos ver o que a Maya tá preparando lá embaixo — Sayuri disse enquanto andava mas logo o garoto a alcançou

Eles desceram as escadas e foram até a cozinha ver o que May estava preparando, eles tentaram pegar algumas batatas fritas junto de Toby, mas foram impedidos por Shiro que estava ajudando a garota. Naquele dia, Alex notou que por trás daquele vazio imensurável que refletiam nos olhos dela, havia uma pessoa incrível mas que havia sofrido muito no passado e isso o deixava irritado, já que, para ele era tão preciosa que merecia ser protegida a todo custo, mesmo que ela fosse mais velha e ele não pudesse protegê-la, ele implorava para que alguém a protegesse