Capítulo Único

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Peter Parker

Estava jogado no sofá da sala, escolhendo o melhor vídeo do YouTube na TV de casa. Suspiro enquanto não encontro nada de bom para assistir, e ouço um barulho na porta de entrada, vejo May chegando com suas compras, ou seja, duas malas; levanto rapidamente para ajudá-la que me responde com um sorriso meigo, o quanto eu amo essa mulher não está escrito em lugar nenhum. Ela é a razão de me levantar todos os dias e ter forças. A mãe que me foi dada.

Bambino, já arrumou tuas coisas? — Minha tia me perguntou e eu a respondo com um suspiro.

— Tia, eu não vou com a senhora e a senhora sabe--

— Eu sei, mio figlio! Mesmo tentando te convencer sua cabeça dura não deixa, mas achei que tinha te avisado que ficaria na Torre Stark, ou achou mesmo que te deixaria aqui sozinho? — Perguntou ela, me interrompendo, com um olhar  atravessado após por as malas na sala.

— Mas tia... — Falei derrotado, sabia que nada do que eu dissesse convenceria a mesma do contrário.

No, no, no, no, no! Não quero nem saber! Vamos, arrume o que precisar, Stark do jeito que é exagerado deve ter comprado tanta roupa pra você que precisaríamos de três closets pra guardar todas!

— Nem me lembre! — Sussurrei, fazendo a mesma rir, enquanto ia até meu quarto fazer uma pequena mochila só com o necessário.

[...]

No dia seguinte Happy nos busca, para me deixar na Torre Stark e depois seguir pro aeroporto. Eu estava verdadeiramente feliz por May, mas não vou negar que me sinto muito invasivo indo a uma festa da qual era para a família; respirei fundo assim que sai do carro e acenei para eles, que após algumas pequenas despedidas saíram enquanto eu entrava na Torre.

Suspirei de novo, pegando o elevador, sendo guiado para o andar privado dos Vingadores, sem ao menos indicar para onde queria ir. Era dia 29 de dezembro, May e Happy ficariam na Itália até o dia 07 de janeiro, para conseguirem aproveitar ao máximo as férias de minha tia, já que a mesma tinha bem poucas.

— Olá, mini-chefe! Os senhores Stark-Rogers estão à sua espera na sala de estar com tv. Tenha um bom dia! — Falou Sexta-feira, fazendo engolir em seco. Minha autoestima estava mais baixa que o normal esses dias, pois meu terapeuta entrou de férias e eu percebi que não consigo viver sem ele. Sim, dependência emocional da terapia, a única que não é tão nociva assim.

— Pete, como está, me garoto? — Perguntou o Sr. Stark-Rogers assim que entrei no local indicado pela IA.

— Estou bem, Sr. Stark! E como o senhor está?

— O senhor, eu não sei, eu estou bem! Já falei para me chamar de Tony, garoto! — Respondeu o moreno, bagunçou meus cabelos, deu-me um abraço de lado e me puxou até o sofá. Onde seu marido estava, mexendo, ou tentando, no celular.

— Filho! Como está? Passou de ano?! — Perguntou o Capitão, como se eu não tivesse respondido essa pergunta semana passada.

— Sim, Capitão Rogers! O senhor está bem? — Devolvi a pergunta, fazendo o mesmo vir me abraçar.

— Estou bem, Pete! Já disse para me chamar de Steve, sem essa de senhor. Me sinto um idoso desse jeito!

— Não é como se não fosse! — Falou Tony, fazendo-me rir pequeno, Rogers o olhou de cara feia.

— Mas pelo que eu sei, o senhor nunca reclamou disso, na verdade é bem o contrário! — Me chocando, e surpreendendo também o Sr. Stark, respondeu o Capitão América.

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