1 - Sonho de Natal

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o carro com a fic de Natal finalmente chegou na sua rua e está passando na sua porta. Traga a vasilha e pegue um pouco dessa história clichê e cheia de amor (e um pouco de drama, também!) para você.
Hoje começa a nossa saga. A ideia era postar antes e terminar no dia 25, mas, a inspiração e o tempo não ajudaram, então ela atrasou.
Por isso começamos hoje e vamos até o dia que tiver de ser...😅😅😅
Espero que se divirtam...
Será um capítulo (ou quem sabe dois...) por dia. Espero que se divirtam!! Feliz Natal!

#antologiamalec
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Eu definitivamente não sou o tipo de cara que se empolga com o Natal. Essa coisa de espírito natalino está totalmente Out para mim, sem chance, sem empolgação, sem a mínima vontade de confraternizar com as pessoas da firma, trocar presentes e usar chapéu de Papai Noel ou suéter com estampas natalinas, para o concurso do mais brega da noite. Não! Eu não sou esse tipo e todos sabem disso, inclusive ganhei um apelido, que eu poderia dizer que até combina um pouco comigo, embora não seja 'inimigo' das festas, só um... desinteressado.

Posso conviver com quem me chama de Grinch, aquele ser verde, caricato e mal-humorado, que tenta estragar, a todo custo, o Natal da Quemlândia.

Mas, não é como se eu realmente odiasse o Natal. Só não vejo motivo para essa explosão de animação que parece tomar as pessoas nessa época do ano.

São gastos exagerados, excesso de presentes bobos para as crianças, roupas novas, casas enfeitadas, e luzes coloridas. Para que tantas luzes coloridas? Isso pode até cegar um desavisado! Talvez eu seja meio Grinch mesmo...

Infelizmente, quando você comanda uma grande empresa, mesmo que todos já saibam que as festas de fim de ano não são o meu melhor momento, ainda sou obrigado a conviver com essa "coisa" natalina, nem que seja um pouquinho.

Penso nisso quando passo na catraca do prédio de vidros espelhados que abriga a Bane & Loss Wonderground, e vejo, por toda parte a decoração em verde e vermelho, com detalhes dourados, e aquele cheiro estranho de árvore recém-cortada, que vem de um gigantesco pinheiro, montado não muito distante, coberto de bolas enormes, fitas e luzes, muitas luzes. Céus, é dia, para que luzes?

Eu poderia ter entrado pela garagem, se soubesse que a decoração natalina estaria por toda parte a partir de hoje.

_ Bom dia, senhor Bane... _ a recepcionista sorri, com lábios apertados, ciente da minha surpresa com a nova decoração. Sim, ela, como todos ali sabem que sou avesso ao Natal, e se sente feliz por, apesar disso, não impedir que o tal "espírito natalino" esteja presente em nossa empresa, graças a minha sócia, Catarina Loss, é claro.

_ Ninguém me avisou que tudo estaria assim hoje... _ rumino, entredentes, olhando ao redor, enquanto cumprimento um ou outro funcionário, aqui e ali, com movimentos de cabeça.

_ A senhorita Loss disse que o senhor falaria isso... _ a jovem sorri maior, desta vez, e eu amaldiçoou Catt, em pensamento. É uma brincadeira? Ela queria só me provocar?

_ Fizeram tudo durante a madrugada para brincar com meu espírito de Grinch _ brinco de volta, com um sorriso leve. Eu não sou uma pessoa carrancuda, nem nada, e todos que trabalham comigo sabem disso. Só não curto o Natal e... não espero julgamentos por isso.

_ Na verdade... _ a voz de Cat me alcança, eu viro e sorrio para ela, embora revire os olhos junto, mostrando meu desagrado em tom de brincadeira. _ Eu contratei, há dois dias, um cerimonialista para os eventos de fim de ano e ele me garantiu que hoje o saguão estaria pronto. Até eu me assustei quando cheguei...

_ Eventos de fim de ano? Não era só a tal confraternização? _ franzo o cenho.

Cat enlaça o braço no meu e me acompanha ao elevador.

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