CAP.2-A SEPTIMAFEIRA

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O primeiro dia de janeiro estava chuvoso,uma tempestade d'água cai na cidade maravilhosa,Rio de Janeiro.Miguel,Gabriel e Jorge continuavam a caminho da casa de dona Pandora,a mãe de Jorge,o caminho foi longo e cansativo,a chuva já estava passando quando os três chegaram na frente de um beco sem saída.
-ué,onde está a casa da vovó?-interrogou Miguel
-esta na nossa frente-respondeu Gabriel
Miguel ficou procurando a casa porém a única coisa que conseguia ver era um beco sujo e sem saída,porém foi quando Gabriel saiu do carro apontando sua varinha para um grande muro de pedra no fim do beco que Miguel entendeu o que estava acontecendo,Gabriel apontando sua varinha para o muro recitou algumas palavras que eram incompreensíveis por Miguel e Jorge,depois disso o grade muro começou a tremer e aquilo que era um muro foi se transformando num imenso portão de cor púrpura.

"BEM VINDOS A VILA DE COMADRE FULOZINHA".
Jorge era descendente de uma linhagem de bruxos Baianos,sua vó Filomena da Silva ou como e chamada popularmente "comadre fulozinha" foi uma bruxa bastante importante para o mundo mágico no Brasil,ela foi a primeira bruxa negra a ser ministra da magia no Brasil,ela também foi responsável por escrever o livro de proteção a criaturas flolcoricas brasileiras.A vila foi construída em sua homenagem a anos atrás após ela morrer por poderoso bruxo das trevas que aterrorizou o brasil.
Miguel ficou encantado ao entrar na vila,as ruas eram coloridas,haviam plantas mágicas nas calçadas das casas,as casas eram diferentes,cada uma tinha uma cor específica,as casas não tinham portas e nem janelas,tudo alí parecia ser livre,as mulheres vestiam uma espécie de balandrau e usavam um pano colorido amarrado na cabeça,quanto aos homens vestiam um tipo de jaleco,com cores diferentes e detalhes mínimos coloridos,eles também usavam um chapéu negro,todos alí eram da mesma família de Fulozinha,porém haviam pessoas de fora que apareciam alí de vez em quando pois todos os bruxos poderiam entrar alí quando quiserem.
-caracas que lindo-falou Miguel quando o carro entrava na vila
O carro estacionou na maior casa da vila,na casa haviam três passagens circulares onde não havia porta,ela era pintada de rosa e o telhado era branco,sons de tambores poderiam ser ouvidos de dentro da casa.
-vamos,temos que ser rápido-apressou Jorge
-FILHOO-falou uma voz aguda atrás de Jorge
-MAMAA-berrou Jorge
A voz aguda vinha de Flávia da Silva a mãe de Jorge e filha única de Fulozinha.
-meu amor, tá tão grande tão gordo-falou Flávia apertando a barriga do filho-vejo Talita está cuidando bem de você
-sim sim-respondeu Jorge-por que você não foi nós visitar no natal?
-você sabe meu filho,a maldição ainda não se desfez-afirmou Flávia-ai minha mãe dos céus,esses são meus netinhos-correu Flávia para abraça-los, Flávia era quase tão gorducha quanto seu filho e quase tão negra também.
-oi vovó
-oi vó Flávia,eu vou para CasteloBruxo-contou Miguel
-ai minha mãe,quanto tempo eu não vejo vocês,o meu pequenino já vai para a escola-Flávia parecia tão empolgada quanto Miguel- vocês vão para a Septimafeira creio eu
-sim mama,queremos passar pela rede flu-afirmou Jorge
-a,sigam-me
Flávia levou-os até a parte externa da casa,na vila parecia que ocorria uma festa frequente,todos dançavam,todos cantavam,tudo alí era feliz, não haviam animais na vila,os vegetais mágicos e não mágicos dominavam aquele lugar.Flávia então levava os três até um santuário,o santuário como o resto das casas era bastante colorido,haviam plantas naquele lugar,também havia um pequeno lago onde algumas pessoas estavam colocando uma espécie de oferenda,no meio do pátio do santuário havia quatro mulheres
,três dessa mulheres usavam um vestido preto com algumas listras vermelhas,elas dançavam e rodopiavam,já a quarta mulher que estás sentada na escada do portal do santuário também usava vestido,só que branco e vermelho,ela também usava um chapéu que cobria seu rosto.
-Maria Navalha-apresentou Flávia
-elas ainda vive aqui?-interrogou Jorge
-elas agora é a guardiã do santuário-explicou Flávia
Ao se aproximarem de Maria Navalha,ela se levanta do banco onde estava sentada.
-o que vocês querem?-perguntou a mulher
-meu filho que usar a rede flu para ir até a Septimafeira-respondeu Flávia
-engraçado-começou Maria-parece que alguns esquecem sua origem e só vem aqui na vila para buscarem bens pessoais-refletiu a mesma
Gabriel e Miguel se entre olharam,eles haviam entendido nada
-a quanto tempo Navalha-falou Jorge
-bastante tempo Jorge-respondeu Maria Navalha-podem entrar
O santuário era um ambiente repleto de lareiras de pedra que circulavam todo o local,nas paredes haviam quadros que se moviam,um deles era de Filomena que sorria e acenava.
-o quadro está se mexendo-sussurrou Miguel para seu irmão que respondeu com um sorriso
-então quem vai ser o primeiro?-interrompeu Jorge,que agora segurava uma sacola que tinha uma especie de pó prateado
-eu posso ir-falou Gabriel pegando pó,depois entrando na lareira e falando o nome do local onde iriam
Miguel viu Gabriel desaparecer após uma explosão de fogo verde,logo após ter jogado o pó na parte inferior da lareira.
-agora é você Miguel -chamou Jorge estendendo a mão cheia de pó para seu filho
-e se..-começou Miguel que logo foi interrompido por sua vó
-não se preocupe querido,não passa de uma sensação
Miguel então pegou o pó com as mãos trêmulas,entrou na lareira e falou em voz alta "SEPTIMAFEIRA",uma explosão de fogo verde o envolveu,foi uma sensação horrível,parecia que ele estava em uma montanha russa,quando chegou do outro lado Miguel tonto caiu de bruços no chão.
-bença mainha-falou Jorge também indo a lareira
-até logo filho-falou Flávia se despedindo-que mainha dos céus os protejam

MIGUELITO:E o CasteloBruxoOnde histórias criam vida. Descubra agora