O Feiticeiro Escarlate

5°

Chego na cela, e o 18 já não está por lá aliás ninguém está, me deito na cama em que acordei, minha mãe deve estar me procurando com certeza, mas é perigoso pra ela se meter com essas pessoas, sei que é impossível mais queria que ela me deixasse tentar resolver isso sozinho, sou forte, eu acho, de repente escuto uma espécie de sinal ou sirene, parace que está na hora dos outros donos dessas beliches voltar, a porta abre e alguns homens começam a entrar, com idades diferentes aparentemente, alguns me olham com um olhar curioso mas, sou ignorado pela maioria, vejo o 18 entrar, assim que ele me olha vem em minha direção com um olhar preocupado.
-Você está bem ? Assim que você apagou os guardas entraram e te levaram e também pegaram o 8 e o 10.
- Aparentemente foi um teste eles liberam essas coisas em nosso punho, pra poder ver o meu progresso.
- Imaginei por que fazia um tempo que não usava os meus poderes.
Ele diz isso com um olhar triste, realmente deve ser horrível e estou passando por isso já, é como se eles nos privassem de metade do que somos, a porta fechou porém nem todas as beliches estavam com alguém.
- Pensei que todas as beliches estariam com alguém. Falo pro 18, pra que ele me desse alguma explicação.
- Geralmente esse era o único bloco que ninguém era levado, alguns caras são levados pra fazer alguns exames, e nunca mais voltam, talvez eles sejam transferidos pra outro lugar.
Olho bem para o 18 sei que nem ele acredita nisso, e não preciso da telepatia pra perceber quando alguém está mentindo, sei que ele está fazendo isso pra mim não ficar assustado ou coisa do tipo.
- bom melhor eu ir pra minha cama antes que eles apaguem as luzes.
Ele da um sorrisinho calmo, ele parece ser um cara legal e provavelmente o único amigo que teria por aqui.
- okay, bom até amanhã então. O encaro por alguns segundos, ele devolve o olhar na mesma intensidade, então desvio o olhar, e ele vai em direção a sua beliche, que aliás não fica tão longe da minha, três beliches nos separam, vejo que alguns caras estão conversando, aliás só tem homens aqui, mais uma sirene toca dessa vez com o volume menor, vejo cada um ir pra sua cama, assim que o som para, as luzes se apagam, fecho os olhos e espero o sono vir.
Acordo de repente com um cheiro diferente, abro os olhos, eles começaram a se adaptar com o breu que está esse quarto, noto que algo estava saindo dos dutos de ventilação uma espécie de névoa ou fumaça sei lá, me viro de bruços com a cabeça nos lençóis pra inalar o mínimo possível, assim que a ventilação fica normal, me sinto um pouco sonolento, tenho certeza que foi essa névoa devia ter algum sonífero nela, me mexo o mínimo possível e mantenho os olhos quase fechados, algo me diz que isso não acabou, escuto a porta abrir, e alguns guardas entram com máscaras, que merda essa.
- Todos estão apagados, e só levar os que o chefe pediu e vazamos daqui.
Eles pegam 6 caras, e fecham a porta, não levaram o 18, o que será que eles vão fazer com eles, com certeza não é algo bom, os efeitos do sonífero tão me dando muito sono e acabo pegando no sono.

Acordo com a sirene, me sento na cama e percebo que o 18 já esta de pé conversando com dois garotos, me levanto e vou ate ele.

- Oi.

 É serio que só consegui formula um simples "oi", mas acho que falar bom dia estando em uma prisão praticamente, não seria o adequado, o 18 olha pra min, como pode alguém ser bonito assim que acorda, por que esse é o 18.

- Bom dia 01.

Okay retiro o que eu disse pode sim falar bom dia, os "amigos" dele também responderam e saíram.

- Melhor irmos também antes que passe do horário do café, vou te mostrar onde fica o refeitório.

 Agora que parei pra pensar faz um tempo que não como e estou morrendo de fome, sigo o 18 pelo corredor tem alguns guardas pelo caminho, observo tudo enquanto ando, sinceramente pensei que fosse maior, tem dutos de ventilação em todos os lugares praticamente, então quer dizer que estamos no subsolo, isso é ruim, mas faz sentido não vi nenhuma janela ate agora, assim que chegamos no refeitório, tem poucas pessoas aqui.