Lee tomou um caminho que não levava a qualquer um dos lugares que estavam acostumados, como o restaurante de aniversário de namoro, o parque ou até mesmo a clínica de fisioterapia. Cada vez que o loiro virava uma rua, a interrogação no olhar de Jisung aumentava, elevando a sua expectativa. Podia estar ficando pra lá de maluco, mas jurava que, de alguma forma, estavam rumando para a saída da cidade.
— Você está muito misterioso, bunny — Han mirou-o de esguelha.
Minho não era exatamente o tipo de pessoa que planejava grandes surpresas com frequência e era isso que estava deixando o mais novo intrigado.
— Está com medo? — o policial deu um meio sorriso.
— De você? Não, na verdade. Que mal poderia me fazer?
— Ora, quanto desdém — reclamou cômico. — Não pareço respeitável o suficiente? Algumas pessoas me acham perigoso, se quer saber.
Han riu e estalou a língua, mirando-o de forma descrente. Lee Minho, perigoso? Seu bunny, seu bebê, seu amor? Nah. Impossível.
— Respeitável, sim. Perigoso, não — respondeu. — Essas pessoas provavelmente não sabem que você me chama de quokka, gosta de carinho na barriga e desenha uma carinha feliz na espuma do meu capuccino todas as manhãs. Desculpa te decepcionar, oficial, mas eu não acho que esse seja o comportamento de alguém prestes a fazer algo ameaçador.
— Eu ando armado também — lembrou-o.
— Não quando está comigo — rebateu com sagacidade, apontando para a cintura livre do coldre.
Lee nunca saía armado com Han e muito menos deixava a arma largada quando chegava em casa. Na verdade, buscava mantê-la sempre muito distante do outro por uma questão de segurança redobrada. Além disso, se falasse que tinha sacado o revólver cinco vezes durante toda a sua carreira policial, estaria cometendo um exagero. Gwacheon era uma cidade pacífica na maior parte do tempo, assim como os seus habitantes. No máximo, Minho enfrentava um ou outro chamado por furto ou desordem, mas nunca havia participado de uma perseguição radical e nem enfrentado bandidos de alta periculosidade.
— Ok, ok. Eu já entendi, sou uma farsa.
— Eu não falei isso, Lee Minho — deu um tapinha em sua perna. — Você é muito amável e não faria mal a ninguém, é só o que eu estou tentando dizer.
— Bom, se eu sou tão amável e você se sente seguro ao meu lado... — fez uma pequena pausa enigmática. — Não vai se importar se eu te vendar, não é mesmo?
— Me vendar? — ergueu as sobrancelhas. — A última vez que você me vendou foi quando tentou me fazer um jantar a luz de velas e quase colocou fogo na casa, amorzinho. Já faz uns anos, mas foi uma surpresa quente, tenho que admitir — gracejou.
— Não vou incendiar nada dessa vez, Hannie. Primeiro porque vamos ficar ao ar livre e segundo porque logo terá neve o suficiente por todos os lados pra barrar qualquer combustão. Confie em mim, estamos seguros.
— Se você diz, eu acredito. — Na verdade, estava mesmo era implicando com o outro, só pelo prazer de vê-lo retrucar. Minho era o seu resmungão favorito. — Pode fazer o que quiser comigo, capitão — bateu uma continência pequenina.
Diante da permissão, Lee encostou o carro perto de um posto de gasolina fechado e desligou o motor. Logo depois, puxou o cachecol azulado do pescoço, formando um nó com as suas pontas. Tinha feito um teste em si mesmo e aquela parecia a peça perfeita para tampar os olhos do namorado. Não tinha chance de machucá-lo de nenhuma forma e ainda garantia que tudo ao seu redor ficasse escondido o suficiente.
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Christmas and love - ShortFic | MinSung
FanfictionUm fatídico acidente roubou do jovem Jisung sua paixão pelo Natal, mas seu namorado estava empenhado em lembrá-lo que enquanto existisse amor, haveria motivos para celebrar. [Han Jisung x Lee Minho] 2 Capítulos. História totalmente fictícia.