Chegada em Gravesfield

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Avisos: ...

POV: Atsuko Kagari

Mudar é difícil, principalmente quando você faz isso sozinha.

Quando eu recebi a carta de Luna Nova, fiquei tão feliz que nem percebi os sacrifícios que teria que fazer - ter de deixar minha família, amigos, cidade para trás para viajar para o outro lado do mundo - Ao ver de muitos seria burrice ou idiota, mas para mim não, é o meu sonho desde pequena, se tornar bruxa. Implorei muito para minha mãe me inscrever em alguma EPM (Escola Primária de Magia) como a Glendus, mas ela rejeitou a idéia, a idéia de um humano sem genes de bruxas ou com histórico de bruxas na família entrar em uma escola de magia era totalmente banal, algo que eu achava estúpido e sem sentido, algum ser humano sem linhagem mágica deve ter a começado, então por que hoje em dia pessoas sem linhagem mágica não poderia ingressar no mundo da magia?

Óbvio, existem algumas exceções, como eu.

Admito, deixar Japão para trás não foi nada fácil, mas não existia nenhuma academia de magia no país, apenas escolas primárias. Como minha mãe tinha recusado a me por numa EPM, eu tive que começar a estudar sozinha, com alguns livros da biblioteca local e uns vídeos do youtube. Assim eu tive um conhecimento de magia um tanto avançado para uma pessoa sem nenhum contato com magia como eu, porém menos que básico para pessoas já experientes na área, de qualquer forma, com uma ajuda do divino eu consegui passar no exame para entrar em Luna Nova, e então aqui estamos - num avião rumo a Gravesfield, Connecticut - totalmente sozinha

É assustador e animador. A sensação de ir pra um lugar totalmente novo. Como que as pessoas de lá agem? Será que eu vou me dar bem? Vão me maltratar? E se acontecer algo comigo? Céus, eu estava perdida...

"Senhores passageiros, informamos que faltam apenas 5 horas para pousamos em Gravesfield, obrigado pela atenção" a voz da aeromoça ecoa pelo local, ótimo, eu tinha algumas horas para dormir antes de pousar.

[...]

O avião já tinha pousado, a única parte ruim foi na hora de pegar minha bagagem, estava muito lotado. Fora isso foi tranquilo, eu já havia me preparado, então eu já sabia onde iria ficar, numa host family.

Host family são famílias que oferecem moradia ao intercambistas ou imigrantes que vem a trabalho, turismo e escolarização. A minha host family era uma tal de família Noceda, eu ainda não as conhecia.

Eu pego um taxi na frente do aeroporto, era um senhor de mais ou menos 50 anos, rechonchudo, usando uma regata cinza e um shorts com aquelas estampas de praia:

- Aonde vai, jovem? - O homem diz com uma voz cansada

- Rua Evergreen Ave, N° 435, por favor!

- Tudo bem, coloque o cinto.

Eu me ajeito no banco, deixo minhas malas do meu lado e ponho o cinto. O carro liga e logo começa a andar em direção ao endereço.
Não demora muito para chegar, por volta de 30 minutos, pago o senhor que me agradece, eu saio e sinto o carro atrás de mim se afastar soltando uma terrível fumaça, eu olho para frente avistando a casa de cor azul clara que seria o meu lar por pelo menos os próximos meses.

NOVOS ARES - Lumity/DiakkoOnde histórias criam vida. Descubra agora