A fic "Uma Nova Chance ─ PS. Eu ainda preciso" se passa dois anos após o fim da grande quarta guerra ninja, quando todos estão mais que dispostos a recomeçar, reerguer as forças e enfrentar o medo da rejeição.
Pelo menos em relação à algumas...
Olá, meus doces! Digam-me, o que é melhor que uma atualização de madrugada?
Retornei e trouxe muitos emoções comigo. Estamos nos encaminhando para o fim da fanfic. Estava na hora 😚😊 Depois de muitos contratempos, algumas reescritas e problemas com o perfil estamos chegando (finalmente) a reta de conclusão. Mas se acalmem! Restam uns bons capítulos antes do "gran finale"! Não pretendo deixar pontas soltas, e sim, o coração de vocês acelerado e a mente dando voltas.
Além de betar, sempre venho adicionando partes nos capítulos, o que gera a demora. A antiga escrita é completamente diferente da minha atual. Vocês ficariam surpresos.
Agradeço por cada comentário e lembrete para que eu retorne à estória. Tem sido difícil, porém tenho me esforçado para voltar a ativa.
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"Sua visão se torna clara só quando você olha para dentro do seu coração.
Quem olha para fora, sonha.
Quem olha para dentro, acorda".
SASUKE
Diante das tendas do festival, observo Naruto e Hinata de longe. Eles comem, riem, conversam e seguram as mãos um do outro.
Ela parece feliz, embora envergonhada. Não hesita quando põe a mão sobre a sua. Mas fica momentaneamente quieta. Eu a conheço para saber que está ponderando sobre o contato, satisfeita, mas incerta sobre o que significa. Não deixo de pensar que ela se sente confortável enquanto come com a presença dele, com as histórias, como parece contar, os olhos brilhantes e o sorriso estampado.
Formam um bonito casal, sou obrigado a admitir. Olham-se como velhos amigos, mas até eu que nunca tive contato com esse tipo de amor, esse tipo de sentimento, sei que podiam ser mais se um dos dois tomasse a iniciativa. Hinata está sentado próximo de Naruto. Exibi um sorriso contido muitas vezes, segurando o par de hashi e comendo, despreocupada. Antes de chegar, imaginei que estaria com a irmã; o choque de vê-los juntos me acertou em cheio.
Pela primeira vez, senti meu peito apertar. Minha mãe tremeu, e tive que fechá-la com força.
A sensação é esmagadora.
Arde por dentro, queima, machuca. Sinto raiva porque ela não me esperou, mesmo que eu tivesse dito que iria voltar a tempo do festival de inverno. Naruto não devia estar ali.
Ou devia. Não sei mais. Não tenho certeza. Sempre soube que a Hyuuga o queria, que tinha aceitado ficar do meu lado contato que tivesse uma pequena brecha, uma pequena oportunidade para se declarar para ele quando tomasse coragem. Mas porque o sentimento que sinto é de traição?
Não posso continuar olhando para eles, mas não consigo desviar o olhar. A sensação de impotência muda para raiva, que borbulha a caminho da superfície, procurando um caminho para escapulir e transbordar de uma vez. Não me aproximo. Não consigo mover os pés. Não tento chamá-la para que olhe para trás, olhe para mim. Nesse momento, ela está com quem sempre quis estar. Não há espaço para trás, só para frente, para o lado; para os lábios de Naruto curvados para cima.
