A fic "Uma Nova Chance ─ PS. Eu ainda preciso" se passa dois anos após o fim da grande quarta guerra ninja, quando todos estão mais que dispostos a recomeçar, reerguer as forças e enfrentar o medo da rejeição.
Pelo menos em relação à algumas...
Eu gostaria de agradecer a cada leitor que se dispôs a comentar, ler e votar a fic. Estou verdadeiramente feliz e grata.
Não tenho tido tempo para responder devido a correria, mas leio CADA comentário e fico extrema e imensamente feliz. Vocês são incríveis. Uma leitora da plataforma vizinha teve um palpite certeiro, hein! (Mas só lendo para saber)
Aguardo para saber suas opiniões a respeito do desenrolar. Ademais, estou trabalhando com afinco no off. A atualização de madrugada quase não saiu.
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Mesmo que o coração esteja confuso
Mesmo que as palavras faltem
Mesmo que os dias passem
Os olhares jamais mentem e escondem sentimentos
HINATA
As palavras ditas por Sasuke são frias, tão frias que tenho que apertar os punhos para não revelar as mãos trêmulas e desviar o olhar para que minha decepção não seja óbvia. Eu não consigo encarar sua expressão indiferente e seus olhos nublados, firmes em minha direção, mas incapazes de ver a crueza em mim. Aperto os lábios. A xícara e o pires estão caídos a centímetros dos meus pés, despedaçados, exatamente como me sinto nesse momento.
Meu coração dói.
Meu peito aperta.
Minha respiração aumenta consideravelmente.
E, ainda assim, fico confusa, calada, assimilando.
Não é como antes, quando compartilhamos conversas e pensamentos, quase segredos. Não. Esse silêncio não é como os outros, como quando nos abraçamos e eu senti seu coração batendo, senti sua mão massageando minhas costas e encontrei conforto em sua presença. Esse silêncio, esse olhar, essa postura... Esse Sasuke é imparcial. Ele é frio. Ele levantou uma barreira e me expulsou para fora, esperando que eu estivesse satisfeita com seu feito. Ele está escondendo mais do que quer mostrar, seja por medo ou autodefesa, me privando da verdade, do companheirismo que construímos nos últimos meses.
De canto, encontro seu olhar e ele permanece o mesmo, gelado e... Inseguro.
Não havia isso antes. O pequeno traço, misturado a geada, é uma brasa lutando em meio ao frio. Não sei até quando vai durar.
Mas dói. Dói de um jeito que não sei se posso reconhece-lo ou posso separar a frieza superficial do calor por debaixo dela.
Seus olhos, antes cheios de uma intensidade atrativa e um peso que fazia meu estômago embrulhar e minha mente reviver os momentos, agora são estranhos. Ele é um estranho. A boca que beijei é mesma que me apunhá-la. O abraço que tanto me trouxe segurança é o que me é negado, assim como o segredo que nunca foi comentado, o que compartilhei uma noite atrás; nunca teve uma resposta. Ou não tinha tido... Soa mais límpido e reluzente quanto o reflexo dos seus olhos nos meus.
