A fic "Uma Nova Chance ─ PS. Eu ainda preciso" se passa dois anos após o fim da grande quarta guerra ninja, quando todos estão mais que dispostos a recomeçar, reerguer as forças e enfrentar o medo da rejeição.
Pelo menos em relação à algumas...
Não sei se vocês ficarão satisfeitos ou querendo outra atualização.
Aproveitei que hoje não fui para a aula e fiz uma releitura. Trago muitas surpresas! Muhahaha
Agradeço a cada leitor que se disponibilizou a comentar. Isso me incentiva muito!
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Deixo o que amo livre...
SASUKE
Decisões precipitadas costumam ser as que mais nos fazem se arrepender após realizá-las. E mesmo que sejam compreensíveis diante do que fiz, ou melhor, do que deixei de fazer, como não ter retribuído olhando em seus olhos, não deixam de ser o que, de fato, são. Decisões precipitadas. A causa de arrependimentos.
Minhas armaduras foram destruídas quando a ouvi sussurrar, compartilhando mais que uma confissão, mas um sentimento.
Não percebi que tínhamos ido longe demais até ouvi-la. Quando meu coração, sempre tão silencioso, bateu com tanta força que ricocheteou meus ouvidos.
Não. Não tinha ouvido certo.
Não podíamos ter quebrado a indiferença e dado lugar para o conforto. A maciez do carinho e do cuidado. Eu não quis ver. Mas retribui mesmo assim, inconscientemente.
Nós, tão opostos, cruzamos caminhos e confidenciamos um segredo, depois uma amizade e, por fim, alguma coisa. Algo que me fez pensar no passado, em minha infância, com mais nostalgia do que raiva. Lembrei de casa. Do sorriso da minha mãe. Das palavras encorajadoras do meu pai, embora poucas. Do calor dos abraços do meu irmão mais velho. Há semanas temi pensar no que perdi, com medo de também ter (no futuro), e sofrer com as memórias que nunca iriam voltar. Memórias são só... memórias. Faz parte de um passado, do que já aconteceu, mas eu fiz delas o meu presente por anos, um objetivo.
O pior erro de uma pessoa é viver presa ao passado.
Seus dias são todos cinzas, a vida não existe. Nem a esperança.
Eu achei minhas respostas.
──A lua está linda hoje. ── Hinata não pergunta, mas afirma. Meus passos cessam. Não consigo olhá-la, minha respiração diminui, seu coração está tão ou mais acelerado que o meu. Estamos perto, perto demais. Eu a seguro nos braços.
"A lua está linda hoje".
"Eu te amo". Está explícito.
Nunca achei que fosse voltar a ser amado. Nunca achei que fosse estremecer ao som dessa possibilidade. Nunca achei que poderia estar a um passo de retribuir. A ideia é absurda, mas me agrada.
