Capítulo 1: Início de tudo.

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Meus pais avisaram eu e meu irmão, Mark, de 8 anos que iremos nos mudar para os EUA por causa de minha vó, que contraiu câncer no pulmão. Eu fiquei feliz pois é um local que sempre quis ir e minha amiga, Marianne, se mudou pra lá, mas fiquei triste por minha avó.

  Enquanto arrumava as malas, eu ouvia as notícias. Não entendi muito bem, mas entendi que estavam estudando uma estranha doença nova que surgiu lá pro México e alguns sintomas que eu não entendi. Desliguei a TV, peguei minha mala e minha mochila com meus materiais de desenho e alguns cadernos e já entrei no carro.

Timeskip: No avião.

  Enquanto conversava com Mark sobre minhas espectativas de como seria nossa nova vida lá, eu apreciava a vista do Rio de Janeiro, que se afastava aos poucos. Me virei para minha mãe, que prestava atenção no celular.

-Mãe, qual escola eu estarei indo? E lá é legal? A vovó está bem?

Ela responde minhas perguntas num tom amargurado, que assumi que era por causa de todo esse estresse pela minha vó.

Quando chegamos á Nova York, meu irmão conta que meus olhos pareciam até brilhar! Mas era com razão, o local era MUITO bonito mesmo. Quando chegamos no condomínio, meu pai disse que era o mesmo da vovó, e que ficaríamos lá para cuidar dela.

Na manhã seguinte.

Meu irmão me acorda, mandando eu me arrumar pra escola. Ao terminar de tomar café da manhã, minha mãe me passa um papel, com algumas instruções do caminho e da minha sala, também avisando pra eu levar meu irmão junto comigo e não tirar o olho dele enquanto estarmos na rua.

  Guardei o papel após ler, peguei minha bolsa e meu irmão, assim, caminhando pelas ruas. Havia um pequeno sorriso no meu rosto ao lembrar de que faltava 1 mês pro aniversário de Mark, ele se vira pra mim, seu rosto mostrava que estava nervoso.

-Mana... E se não gostarem de mim lá?

-Deixe disso, moleque! Concerteza irão gostar de você.

  Depois de deixar meu irmão na sala dele, sai correndo para a sala 8°B, no caso, a minha sala. Eu entrei na sala, minha expressão mostrava nervosismo mas felicidade, a professora me convidou pra entrar.

-Turma, está é Melissa Nevile, ela será sua nova colega de classe este ano.

  Entrei na sala, eu consegui entender o que a mesma dizia pois eu estudava inglês há muito tempo.

-Olá á todos, podem me chamar de Mey, se quiserem. Sou desenhista há 7 anos, e também estou aprendendo a tocar violino. Será um prazer estudar com vocês!

  Sai correndo pro meu assento ao terminar a minha apresentação, tirando rapidamente meu caderno e estojo para fazer a rotina.

Algumas horas depois.

  Eu ouço uma voz aguda saindo daqueles negócios que tocam o alarme do recreio, falando novamente da tal doença.

-Por favor, saiam da escola o mais rápido possível, as aulas estão dispensadas.

  Naquela hora só me passava uma coisa na cabeça: Mark. Peguei minhas coisas e sai correndo, a ansiedade gritando dentro de mim, entrei em pânico quando cheguei na sala dele e o filho de uma rapariga não tava. Peguei meu celular, minhas mãos tremiam violentamente enquanto eu digitava.

-Mark, seu abestado do caralho, cadê você?!

Alguns minutos depois, ele responde minha mensagem.

-Tô em casa, acertaram a bola de futebol em mim na educação física e meus pais me buscaram mais cedo.

  Por um minuto, soltei um suspiro de alívio e guardei meu celular no bolso, assim, indo pra saída. De repente, ouvi diversos gritos, e por todos os lados, alunos correndo de... O que posso chamar... Resto de pessoas? Pareciam humanos, com diferença de que tinham membros do corpo faltando e pareciam até mortos vivos.

  Saí correndo para o condomínio, meu coração palpitando desesperadamente, minha mente em pânico. Quando cheguei no apartamento, soltei mais um suspiro de alívio. Entrei para o meu quarto, me trancando lá dentro e escutando música no meu fone de ouvido, eu desenhava no meu caderno.

  Ouvi uns grunhidos e sai do meu quarto, com o fone no ouvido e o celular no bolso. Andei lentamente até o quarto dos meus pais, passando pelo o da minha vó e vendo que a velha não tava lá.

  Bati na porta antes de mover a porta, minhas mãos voltaram a tremer, e eu coloquei a mão na boca pra não gritar da cena na minha frente...

Luz em Meio ao CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora