Capítulo 3: Altos e baixos

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  Cai no chão ao ver a sombra, soltando um xingamento.

-Merda!

  Num ato de impulso, me joguei pro lado e me escondi enquanto Mark estava parado, aterrorizado demais para se mover. Eu já ia pegando a faca no chão, quando um homem que presumi ser policial por seu uniforme, apareceu. Eu observava, aliviada por não ser um infectado mas com medo pelo meu irmão, era um homem de cerca de 1,90, negro e tinha olhos cor-de-mel, o seu cabelo era castanho escuro e ele tinha uma pequena cicatriz no rosto.

  O mesmo logo sacou uma arma e apontou a meu irmão, que levantou as mãos num ato de desespero, eu assisti a cena com medo do pior.

-Garoto, se apresenta.

-E-eu? Sou Mark... T-tenho 9 anos de i-idade... E não fui infectado, t-tenho uma irmã chamada-

  O oficial o interrompeu, o pegando pelo braço.

-Vem comigo, há uma base militar que está abrigando sobreviventes e provavelmente sua família e sua irmã tá lá.

-Senhor oficial, minha família morreu e minha irmã tá aqu-

  O cara não pareceu escutar Mark e só o arrastou pelo braço. Sai do meu esconderijo, me agachando e pegando a faca que estava no chão. Eu estava em choque depois de tudo isso que aconteceu, mas aliviada por Mark estar bem... Como eu tava coberta de sangue, provavelmente aquele cara iria me confundir com um daqueles bichos? Então desisti de os seguir.

Timeskip.

Eu estava explorando a cidade, em busca de abrigo, então cheguei na minha escola. Entro no local e avisto que está vazio, então caminho pelos corredores, a ansiedade palpitava por dentro de mim enquanto procurava uma alma viva no local, então, eu avisto um daqueles bichos novamente. De primeira me assusto, mas logo me preparo pra atacar, quer dizer... Foi o que eu pensei que iria fazer, mas eu tava só com uma faca de cozinha, então sai correndo e me tranquei no almoxarifado, me tremendo, pois não havia nada que eu pudesse me defender.

  Mas nem tudo é o inferno, avistei a minha esperança ali...

  Arrombei a porta, logo fincando a motosserra no bicho, que cai no chão. Continuo a destroçar ele com a motosserra, enquanto um sorriso do prazer de VINGANÇA pela morte dos meus pais se formava no rosto (eita como é pescotapa). Ao terminar o serviço, eu tava tingida de vermelho, então sai do corredor. Caminhando pelo local, me deparo com a cantina e paro pra comer alguma coisa.

  Depois de ter a fome saciada, sai da escola, andando por aí.

Timeskip.

  Já era de noite, não há nada nas ruas além de ruínas e cadáveres, eu decidi me esconder num local pra dormir, então, eu me enfio num dos destroços. Quando eu tava quase dormindo, uma silhueta de uma pessoa, dessa vez aparentava ter a mesma idade que eu (entre 13 e 14 anos), peguei minha motoserra, mas eu logo notei que não era infectado, eu me levantei, curiosa do que era, então, finalmente consegui ver quem era, e quando vi, um sorriso se formou em meu rosto...

Luz em Meio ao CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora