Linhas Invisíveis - Theo's Version

dezenove | after

"Eu gosto da forma que você soa de manhã

Quando nós estamos no telefone e sem um aviso

Eu percebo que sua risada é o melhor som que já escutei"

Jump then Fall | Taylor Swift

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Suspirei em alívio quando ela adormeceu em meus braços, não sabia por mais quanto tempo eu conseguiria resistir, e é errado pra caralho pensar em fazer algo com ela nesse estado.

A deitei com cuidado no sofá e me sentei no chão em frente a ela e fiquei um tempo de olhos fechados e respirando fundo para conseguir me livrar da minha ereção.

Quando abri os olhos e olhei novamente para ela, vi que ela dormia serena no sofá. Retirei as sandálias que ela usava e puxei uma manta que estava no sofá para cobri-la. Me sentei novamente no chão ao lado dela e estiquei minha mão para tirar uma mecha de cabelo que tampava seu rosto, fiquei ali um tempo olhando para ela e fazendo carinho em seus cabelos enquanto ela dormia.

Nem sei por quanto tempo eu fiquei ali perdido em pensamentos enquanto velava seu sono, até que ouvi um barulho na porta atrás de mim e me virei bem a tempo de ver a Malu entrar em casa, ela pareceu surpresa num primeiro momento, mas logo abriu um sorriso acolhedor.

— Como foi a festa?

— Foi ótima, mas Didi exagerou um pouco nos drinks. — confessei e Malu deu uma risadinha — Eu sei que eu deveria ter ido embora, mas não tinha ninguém em casa e fiquei com medo dela precisar de alguma coisa.

— Não se preocupe, Apolo. — ela disse dando de ombros e eu sorri de leve ao ouvir o apelido que a Didi me deu — Obrigada por ter cuidado da minha priminha cachaceira. E se não for incomodar, vou precisar da sua ajuda para dar banho nela. — ela disse e eu arregalei os olhos, já pensando em como eu iria negar esse pedido — Calma, Apolo, EU vou dar banho nela, só preciso que me ajude a levar ela para o chuveiro.

— Ah, sem problemas.

Me levantei do chão, retirei a manta de cima dela, que resmungou algo que não consegui entender direito. Me inclinei e passei meus braços por debaixo do seu corpo, antes de carregá-la. Mesmo com o movimento Didi não acordou, continuou resmungando alguma coisa e por um momento eu pensei ter escutado meu nome.

— Traz ela aqui.

Malu disse e eu a segui pelo corredor, até chegar no quarto da Didi, depois entramos juntos na suíte dela.

—  Ah, esqueci de pegar o pijama dela. —  ela disse dando um tapa na própria testa e saiu correndo de volta ao quarto, enquanto gritava um "já volto".

— Apolo, adianta esse discurso ai pelas caridade, tá falando mais que o homem da cobra. —  ela resmungou no meu colo e eu olhei para ela com as sobrancelhas franzidas — Tá na hora de mexer o doce, trenzinho. Larga de ser custoso e me fuck logo.

— Doce? Que doce? — perguntei confuso, mas a luazinha voltou a dormir e me ignorou completamente.

Malu voltou para o banheiro com o pijama da Diana e me pediu para colocá-la sentada na tampa do vaso sanitário, que agora ela achava que daria conta e que qualquer coisa me chamava, e eu torci mentalmente pra ela não precisar de mim, apesar que senti um tom de deboche vindo da Malu, e eu cismei que ela estava zoando com a minha cara.

Fechei a porta do banheiro atrás de mim e só agora parei para reparar no quarto da Didi. As paredes eram claras e de cores neutras, em uma das paredes havia uma daquelas penteadeiras estilo camarim com um espelho enorme, toda organizadinha e com alguns pincéis em porta-pincéis e também um porta batom, porta-jóias e alguns enfeites e flores.