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São Paulo, capital

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São Paulo, capital.
Qua, 03 de maio de 2023.

■ |No ponto de vista de Yuna Safra.

Eu estou brincando com o Jorge na sala enquanto a Kay toma banho, o Hariel foi fazer um show então estamos aqui apenas nós três.

São Paulo mudou bastante desde que fiquei fora, pessoas se foram e novas chegaram. Isso não era para ser algo ruim, não? Mas para mim é.

Principalmente a morte do Kevin, ele era um irmão mais velho para mim, sempre me levava nos roles dele com os amigos dele quando o Hari não queria ficar de olho em mim, me enchia de presente e doces.

Me mimava bastante, eu adorava claro.

Duas semanas antes do falecimento do Kevin ele me mandou um ursinho pelo correio, e não era qualquer ursinho, era o ursinho que eu mais queria quando eu era menor mas era muito caro e na época não tínhamos condições.

Quando aquele ursinho chegou pra mim eu chorei tanto, parecia uma criança.

Eu não consegui ir no enterro dele, não consegui me despedir e dizer o quanto eu era grata por tudo.

Eu não consegui.

Eu não consegui.

⎯ Titia! ⎯ Jorge me chamou.

⎯ Oi meu amor, o que foi? ⎯ o-olhei sorrindo.

Ele começou a apontar para o lado de fora e neguei.

⎯ Já está muito tarde, amanhã iremos sair ⎯ expliquei como se ele me entendesse.

Fiquei distraindo o Jorginho até a Kay terminar o banho dela e quando ela terminou subi para o meu quarto, estou morando com o Hari e a Kay eu sempre quis morar com meu irmão agora vou ficar intercalando entre a casa da minha mãe e a dele.

Já são onze da noite e tenho que dormir, infelizmente amanhã terei que ir para a fundação casa em outras palavras, escola.

Eu não quero voltar para a escola não, ainda mais minha escola antiga onde com certeza ainda estudam as pessoas que faziam bullying comigo quando eu era menor.

Eu sempre sofri bullying por ser "coreana" mas eu não sou coreana, nasci no Brasil mas como meu genitor é coreano e eu puxei totalmente os traço dele resultou na minha infância cheia de traumas.

E o bullying não era só por eu parecer coreana e também por causa da minha aparência na época. Confesso, eu era feinha que doía.

Eu não tenho inseguranças quanto minha aparência e não ligo para o que os outros falam como antes.

E não é por medo de sofrer bullying que eu não quero voltar para lá é só que não me sinto confortável sabendo que as pessoas que já me fizeram mal estão lá e vamos nos ver diariamente.

𝐃𝐚𝐦𝐚 𝐞 𝐨 𝐯𝐚𝐠𝐚𝐛𝐮𝐧𝐝𝐨 | 𝐃𝐣 𝐀𝐫𝐚𝐧𝐚 Onde histórias criam vida. Descubra agora