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𝐀𝐡 𝟒 𝐦𝐞𝐬𝐞𝐬 𝐚𝐭𝐫𝐚́𝐬

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𝐀𝐡 𝟒 𝐦𝐞𝐬𝐞𝐬 𝐚𝐭𝐫𝐚́𝐬...

𝐿𝑜𝑢𝑖𝑠𝑒 𝐿𝑒𝑏𝑙𝑎𝑛𝑐 𝑉𝑖𝑜𝑙𝑒tte

Observo a janela de forma destraida, pequenas gotas de chuva caindo nela, enquanto dou uma garfada na minha salada que mal gosto tem.

Chuva me trás uma calma que eu não sei explicar em palavras, é como se a chuva fizesse parte de uma memória enesquecível, o que eu considero estranho, até porquê eu nunca tive uma memória assim.

- Ei Louise, está escutando? - Ouço a voz de Yasmine que revira seus olhos castanhos já sabendo a resposta antes mesmo de eu dizer - Você tem que parar de pensar e começar a me escutar - Ela diz dando um leve tapinha na minha testa que me faz soltar uma risada baixa.

Graças a Deus hoje tá chovendo e serve de desculpa para todo mundo faltar, quase ninguém veio para as aulas, senão já estaria nossa mesa cheia de gente falando comigo e mal falaria com Yasmine por causa disso.

Não é que eu não goste das minhas outras amizades é só que sempre estar rodeada é meio sufocante, ainda mais que a maioria é tudo gente falsa.

- Desculpa Yas, o que você estava dizendo? - Pego levemente sua mão a tirando da minha testa enquanto a olho tentando não me destrair.

- Estava dizendo senhora destraida, que ouvi falar que tem uma Vidente na cidade, todos estão falando que ela realmente sabe dessa coisas de futuro e até mesmo de pessoas destinadas sabe? Vidas passadas, essa coisas, e principalmente sobre o amor - Não consigo não soltar uma gargalhada com que minha amiga diz com uma certa seriedade.

Vidente? Sério? Mas essa agora, tem que ser muito idiota para acreditar em algo assim ou no mínimo inocente.

Minha amiga as vezes é meio bobinha mesmo, mas se fosse ela também ia prefirir acreditar nisso do que achar que amor é só nossos hormônios fazendo nós sentirmos atração sexual, que nem eu acho.

- Yas, deixa de ser boba, você sabe que essas coisas não são reais né? - Digo dando mais uma garfada em minha salada.

E ela nem se quer me ouve enquanto continua a falar - Será que se eu for a vidente vai falar que eu e o Michel estamos destinados? - Consigo notar seu tom de voz ficando mais meloso quando ela diz "Michel" que me faz querer rir mais ainda - Michel, Michel, você que me espere, nosso lindo romance um dia vai ser descrito como os poemas dê Victor Hugo.

- Yas, não querendo ser chata, mas você sabe quê ele namora né? - Yasmine parece sair da fantasia dela e cruza os braços parecendo frustada pelo meu comentário.

- Ele não tem nada haver com ela, tenho certeza que eles vão terminar e quando isso acontecer eu vou correndo para vidente saber se vou ficar com o Michelzinho - Ela diz antes do sinal tocar e se levantar da mesa comigo, jogo a embalagem de plástico da salada fora e olho para Yasmine.

- Você que sabe, só depois não venha chorar para mim, querida - Falo sarcásticamente, seu rosto forma uma careta antes dela sair andando.

Vou para o banheiro arrumar minha maquiagem e após eu olhar para meu celular na mochila vejo que horas são e saio correndo para aula.

Enquanto estou correndo olho Michel encostado em um armário junto de uma loira, eles parecem íntimos enquanto conversam.

Não entendo o que Yasmine vê nesse garoto, tá, ele é bonitinho, concordo, mas tipo, ela mal o conhece, então ela se apaixonou pela sua aparência? Pelo geito que ela vê ele agindo com outras garotas fazendo ela querer que um dia ele a trate assim, estabelecendo um objetivo? Ou a projeção ilusória de uma personalidade ideal, que ela acha que ele tem?

Só sei que nada sei.

E melhor nem tentar entender, eu acho que nunca vou decifrar a complexidade do amo-

Sinto que trombei em algo com força, quase me fazendo cair de costas no chão se não fosse a mão na minha cintura me salvando da queda.

Olho para o que eu trombei ou melhor para quem eu trombei.

Um garoto alto em minha frente, chutaria 1.86, óculos de lente sobre seus olhos azuis meio cinzentos, maxilar definido, ombros largos, cabelos pretos levemente bagunçados de uma forma até charmosa, um moletom preto largo que me faz imaginar o que tem por baixo, fazendo me condenar mentalmente por isso.

E uau, Divin.

Fico o olhando sentindo uma sensação estranha, ele é tão familiar, mas tenho certeza que eu nunca o ví antes, eu concerteza me lembraria dele.

Ainda sinto seu toque na minha cintura, era firme, foi apenas alguns segundos, mais para mim até pareceu horas.

- Ei, por quanto tempo eu vou ter que ficar te segurando? - Ele inclina a cabeça levemente para o lado enquanto fala com um tom frio me fazendo rapidamente ageitar minha postura sentindo minhas bochechas esquetarem enquanto ele me solta.

-D-desculpa, eu não ví você - Digo coçando minha cabeça o olhando para o lado tentando não o olhar diretamente.

Ele se aproxima e se abaixa o suficiente para ficarmos cara a cara - Na próxima vez tente não sair correndo que nem uma desesperada, estranha - Um sorriso sarcástico se forma no canto dos lábios enquanto ele saí andando normalmente como se não tivesse falado nada.

E eu? fico parada que nem uma idiota no meio do corredor enquanto pisco tentando a similar o que aconteceu.

Quem é esse garoto?

Suspiro e pego meu celular que marca que a aula começou a uns 8 minutos, vejo os horários e a aula que está tendo é de Artes.

Quoi merde.

O problema nem é a matéria é a velha que dá ela, odeia atrasos, nem que seja um minuto sequer.

Em outras palavras tô ferrada.

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𝐍𝐨𝐭𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐁𝐞𝐥𝐥𝐚ッ:
𝐎𝐛𝐫𝐢𝐠𝐚𝐝𝐨 𝐩𝐨𝐫 𝐥𝐞𝐫, 𝐞𝐬𝐬𝐞 𝐞𝐩𝐢́𝐥𝐨𝐠𝐨 𝐞́ 𝐛𝐞𝐦 𝐜𝐮𝐫𝐭𝐢𝐧𝐡𝐨, 𝐦𝐚𝐬 𝐨𝐬 𝐜𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨𝐬 𝐧𝐨𝐫𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐬𝐞𝐫𝐚̃𝐨 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐥𝐨𝐧𝐠𝐨𝐬.
𝐃𝐞𝐬𝐜𝐮𝐥𝐩𝐞 𝐩𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐚𝐥𝐪𝐮𝐞𝐫 𝐞𝐫𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐨𝐫𝐭𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚, 𝐬𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞 𝐭𝐞𝐧𝐭𝐚𝐫𝐞𝐢 𝐜𝐨𝐫𝐫𝐢𝐠𝐢𝐫 𝐢𝐬𝐬𝐨.

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⏰ Última atualização: Jan 03 ⏰

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𝘼𝙩𝙚́ 𝙦𝙪𝙚 𝙚𝙪 𝙩𝙚 𝙚𝙣𝙘𝙤𝙣𝙩𝙧𝙚 𝙣𝙤𝙫𝙖𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora