A guerra, eu e ela
A guerra machuca o homem, machuca as crianças, machuca as mulheres, machuca os idosos, machuca o país...
A guerra é criada com um único objetivo: dominação
Seja dominação de um território ou povo, a dominação ergue o ego de uma p...
"Eu sei que é daquele sorriso que minha alma precisava."
"Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem."
"A guerra, a princípio, é a esperança de que a gente vai se dar bem; em seguida, é a expectativa de que o outro vai se ferrar; depois, a satisfação de ver que o outro não se deu bem; e finalmente, a surpresa de ver que todo mundo se ferrou."
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De uma guerra se gera milhares, uma vingança de uma guerra perdida acarreta outra.
No início da guerra , eu experimentei um único sentimento... Medo! Senti medo quando acordava com o som das bombas explodindo, senti medo quando via diante de meus olhos meu companheiros, amigos, sendo mortos, senti medo quando pude ver casas e cidades destruídas, senti medo quando olhei para os corpos no chão, a maioria crianças e mulheres, já que elas são a fraqueza de um país, eu senti medo quando soube que minha cidade havia sido invadida e que minha esposa e minha família corria risco de vida, eu senti medo quando olhei ao redor e percebi que está guerra duraria por muitos anos se fosse depender do governo, eu senti medo quando fui capturado pelo território inimigo, eu senti medo quando lutava para sobreviver, eu senti muito medo quando uma carta da minha família foi entregue em minhas mãos, esperava pelo pior, eu senti medo quando ouvia gritos de crianças, mulheres, idosos implorando por ajuda, eu senti medo em diversas situações, mas com o passar do tempo o medo tomou um lugar pequeno, e raiva sucumbiu.
"Eu acho que realmente tenho medo de ser feliz, porque toda vez que me sinto feliz, alguma coisa ruim acontece."
Durante a guerra, mergulhei em um abismo de horrores que jamais pensei enfrentar. Aprendi lições cruéis e brutais, que preferiria nunca ter conhecido. Tudo isso motivado por um único instinto: sobreviver. Essa palavra se tornou um mantra incessante, martelando em minha mente a cada amanhecer, enquanto aguardava ansiosamente o sinal para o próximo ataque. Mas as noites... Ah, as noites eram tortura pura. O sono fugia de mim, escapava pelas frestas da minha mente atormentada. O medo se infiltrava em cada fibra do meu ser, como um veneno corrosivo. Eu me via imerso em pesadelos profundos, onde corpos tombavam, gritos ecoavam e o cheiro metálico da morte impregnava o ar. Sentia a bala atravessar meu corpo, um arrepio lancinante percorrendo minha espinha, apenas para acordar e perceber que tudo não passava de uma cruel ilusão. Mas a guerra não é apenas um pesadelo noturno, é uma realidade escaldante, uma ferida aberta que nunca cicatriza. Ela nos transforma em monstros, em seres desprovidos de humanidade. A cada dia, eu me via mergulhando mais fundo nesse abismo, minha sanidade escorrendo pelos meus dedos, desaparecendo como um sopro de fumaça. Meus gritos de desespero ecoavam pelos corredores do quartel, implorando por uma trégua, por um alívio que nunca vinha. Eu me flagelava durante o sono, marcando meu corpo com as cicatrizes da minha própria loucura. Era um prisioneiro da minha mente, aprisionado em um ciclo interminável de desespero e agonia. A guerra nos transforma em assassinos involuntários, em marionetes nas mãos da violência desenfreada. O peso dessa responsabilidade é esmagador, uma carga que carregamos pelo resto de nossas vidas. O sangue derramado, as almas ceifadas, tudo isso se acumula dentro de nós, corroendo nossa alma e nos transformando em seres irreconhecíveis. A guerra é um abismo profundo, um vórtice de tristeza e angústia que consome tudo o que é bom e nobre em nós. E, mesmo sobrevivendo, carregamos o fardo de nossos atos, a culpa que nos assombra até o último suspiro.
