A Véspera

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O som do mar

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O som do mar. Ele me acalma de maneira inexplicável. Sentir a brisa, ouvir as ondas, a areia nos pés...
E quer saber a melhor parte? Nenhum ser humano.

. . . . .

— Amor, que horas vamos descer à praia? — Felipe me grita no andar de baixo.

— Já disse que ao meio dia. — respondo enquanto coloco algumas coisas na bolsa.

— Mas já são 11:54, bebê! — ele grita e eu reviro os olhos.

— Ainda não são meio dia. — Vou até a prateleira pegar a escova de cabelo e o óculos de sol.

— Mariana vai ir também? — ele de novo pergunta se minha melhor amiga vai.

— Eu já te disse que não sei. Mandei mensagem chamando e ela ainda não respondeu. — finalmente termino de arrumar as coisas e desço a escada.

— Quer que eu mande mensagem para ela, amor? — Felipe está com a caixa térmica na mão e com o celular na outra.

— Não precisa. Ela é sempre assim mesmo, também tem a vida com os 30 machos dela. — Felipe coloca o celular de novo no bolso.

— Mariana não tem cara de quem tem 30 machos. — ele diz coçando a nuca.

— E quem se importa? Já podemos ir. — vou em sua direção e dou um beijo na bochecha antes de sair pela porta.

Estamos no carro a caminho da praia quando Mariana finalmente me responde dizendo que está ocupada porém mais tarde ela iria. Nem me importo tanto. Já me acustumei com essa rotina dela, ela fala que mais tarde vem porém sempre fura os roles. Se eu ficasse brava com cada vez que ela fizesse isso eu ficaria louca.

— Mariana disse que vai mais tarde. — falo para Felipe.

— Mais tarde? Com quem? Ela precisa de carona? — ele diz parecendo preocupado e eu o encaro.

— Por que se importa tanto? — questiono curiosa por ele parecer tão ansioso.

— Não, que isso, gatinha. É que ela é sua amiga né, pensei que iria gostar caso eu buscasse ela. — ele solta uma risada nervosa que me faz virar para ele de braços cruzados.

— Se eu quisesse eu te pediria. — Respondo.

— Por que está sendo tão rude? Eu só queria ajudar. — respiro fundo tentanto não arranjar uma briga no meio do trânsito, então volto para posição normal.

— Você está estranho desde que chegamos. Não para de falar "Mariana, Mariana, Mariana." — faço aspas com os dedos. — Sério, eu amo a Mari, porém essa viagem era para ser entre nós dois.

— Me desculpe, meu bem. Eu nunca quis que tivesse a impressão errada, ok? — ele se aproxima e me beija na testa.

— Você nunca quer. Esse é o problema. — finalmente chegamos, então solto o cinto de segurança e pego a bolsa, me retirando do carro.

Vai ser eu ou Você.Onde histórias criam vida. Descubra agora