1- A rachadura no espaço

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Um vento suave percorria o local, cercado por flores, destacando a solidão que ali habitava. Alguns visitantes choravam, enquanto outros apenas reprimiam seus sentimentos.

Não era a primeira vez que Wanda estava ali, e certamente não seria a última. Apesar de conhecer o motivo pelo qual seu irmão estava enterrado ali, ela não encontrava conforto no lugar. Havia um vazio que ameaçava consumi-la, e algumas lágrimas escorriam pelo seu rosto, reflexo das suas emoções ao relembrar dos bons e maus momentos com seu irmão.

-"Oi, me desculpe por invadir seu espaço pessoal. Você parece bastante abalada. Eu também perdi minha mãe e vim visitá-la... Eu te vi chorando e, se você permitir, posso te indicar um psicólogo que me ajudou muito a lidar com o luto."-

Um garoto de cabelos castanhos se aproximou de Wanda, notando o quanto ela estava abalada.

-"Ah, obrigada. Se você puder indicar alguém que realmente ajude, meu mundo parece desmoronar a cada dia. As pessoas me julgam por algo que fiz e raramente consideram meus sentimentos..."- A ruiva respondeu, com uma expressão mista de culpa e solidão.

"Eu também perdi muitas pessoas e fui julgado por minhas decisões. Mas aprendi que, em vez de tentar provar algo para os outros, devemos focar em nos provar que somos suficientes." - A voz dele soava esperançosa para Wanda, que sorriu.

E assim, Wanda e Barry continuaram conversando. Mesmo tendo se conhecido há apenas 30 minutos, pareciam amigos de longa data. Havia uma compreensão mútua entre eles, mas Wanda ainda carregava consigo o peso emocional daquele lugar...

No entanto, algo inusitado aconteceu. Uma névoa envolveu o cemitério, tornando o local ainda mais sinistro. De repente, trovões soaram no céu, acompanhados por estrondos. Wanda tentou usar sua mente para investigar o que estava acontecendo, mas uma intensa dor de cabeça a dominou. Barry a segurou no momento em que ela parecia prestes a cair, observando um fenômeno nunca antes visto: uma rachadura se abrindo no espaço visível, liberando um cosmos totalmente diferente.

Barry, diante daquela rachadura que parecia engolir estrelas ao redor, se concentrou em levar Wanda para casa. Em segundos, estavam na sala dele. Ele a colocou no sofá e ela logo despertou, confusa.

-"Onde estou?"- Perguntou Wanda ao acordar.

-"Você está bem? Depois daquela fumaça envolvendo o local, quase caiu de cara no chão."- Barry respondeu preocupado.

-"Como me trouxe aqui? E o que aconteceu enquanto eu estava desacordada?"- Wanda indagou, buscando respostas.

Barry explicou a situação, revelando que havia algo estranho no espaço e que isso afetava seus poderes. Pesquisaram sobre o fenômeno e se depararam com notícias que confirmavam a anomalia.

As pessoas estavam agindo de forma estranha, invadindo locais, e tudo parecia fora do comum. Então, decidiram procurar ajuda. Sabiam que algo precisava ser feito antes que tudo ficasse ainda pior.

Enquanto ponderavam sobre como lidar com a situação, Wanda teve uma ideia.

"Eu tenho um conhecido, um verdadeiro gênio. Ele pode saber de onde isso está vindo e por quê," Wanda disse, convencida da capacidade desse contato.

Os dois se apressaram em direção à famosa Torre Stark, situada nas proximidades do Columbus Circle em Manhattan. A situação caótica era evidente, até mesmo na torre que normalmente estaria ocupada e vigiada em todos os níveis.

Adentrando o elevador, Wanda e Barry trocavam olhares preocupados. Minutos depois, caminhavam em direção ao escritório de Stark.

"Tony, o que está acontecendo? Você deve ter alguma tecnologia para identificar de onde isso vem, certo?" Wanda questionou diretamente o homem à sua frente.

"Tem certeza de que seu novo amigo não é um terrorista do governo? Da última vez que contei meus planos na frente de desconhecidos, acabei com destroços no peito," Tony Stark respondeu, lançando um olhar irônico na direção de Barry.

"Não estamos aqui para piadas, Tony. Você não vê que há literalmente uma rachadura no espaço e que a população está enlouquecendo?" Wanda respondeu com seriedade.

Tony Stark compreendeu a gravidade da situação e concordou em ajudar. Ele propôs utilizar equipamentos de seu laboratório para identificar a fonte de energia daquela rachadura. Mas, para isso, precisariam de uma amostra da energia proveniente da anomalia.

"Eu posso conseguir uma amostra sem me ferir, mas preciso dos equipamentos. Não quero correr o risco de ser obliterado por aquilo," Barry se ofereceu para realizar a tarefa, demonstrando sua disposição em ajudar.

Tony Stark conduziu-os até o laboratório, alertando para não mexerem em nada. Com um dispositivo circular adornado por linhas prateadas em mãos, Stark ofereceu-o como uma das "suas preciosidades".

"Isso são os seus tais objetos tecnológicos? Uma bola?" Barry observou o objeto com curiosidade.

"Questionem os métodos, mas não os resultados," Stark respondeu, mostrando sua confiança nos artefatos que desenvolvera.

"Vamos nos concentrar no que é importante. Pessoas estão morrendo por causa dessa loucura provocada por aquela rachadura," Wanda disse, olhando com determinação para Barry.

Em um instante, Barry ativou seu traje e tudo ao seu redor começou a desacelerar. Ele se moveu em direção à atmosfera da rachadura, mas no exato momento em que tocou a anomalia, sua mente foi inundada por um clarão repentino...

Caos Multiversal: Entre dimensões e ConflitosOnde histórias criam vida. Descubra agora