velho porão

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A tristeza é tão plena que lá estava eu,em um mês de agosto,trancada em um porão cheios de objetos velhos se minha avó tivesse ali,com certeza saberia toda a história daqueles objetos
Mas é triste saber que ela já se foi
E eu sabia que nada seria normal depois daquele dia, minha vó tinha todo o perfume que afastada toda entidade do mal,ainda lembro dela como se estivesse no porão limpando os seus velhos objetos

Ainda lembro de suas roupas,e quando penteava seu cabelo,seus lindos cabelos brancos e lembro de suas histórias emocionantes.
E quando ela morreu levou junto dela uma parte de mim,lembro dela naquele porão,porem teria que comer algo para não morrer como ela,
Até que seria uma boa ideia eu estaria mais com ela mas tenho pessoas que também se importa comigo,seria uma pena ter que deixa-los

Mas irei cumprir a promessa viver como ela queria que eu vivesse,lembro quando ela me levou a praia pela primeira vez eu tinha seis anos naquela época
Minha mãe falou que ela estava indisposta o sol causaria dor de cabeça e náuseas,ela também pensou na minha cara de decepcionado por que minha avó não poderia ir.
Minha vó pensou que não gostaria que eu me culpasse por sua morte
Porém ela não queria me ver triste
Então fez sua escolha.

Na hora que chegamos joguei minha mala no chão e fui em direção ao mar,foi uma das vezes que tinha me sentido livre. Era quase melhor do que as velhas histórias de minha avó,eu conseguia sentir o vento nos meus cabelos castanho r lisos,a medida que eu ia me aproximando da água meus olhos se abri de beleza,de longe escutei algum grito
Quando olhei para trás minha vó já estava caída no chão,me assustei na hora mas a levantaram ela e ela estava bem.
Como eu era pequena não sabia oque era aquela doença,nem minha mãe gostaria de me contar,já é horrível ter uma avó doente
Minha mãe falou:
"- isso te faria morrer de infarto"
Mas eu não MD importaria afinal queria sempre está com ela
Quando foi de noite eu tinha ouvido gritos no quarto da minha avó,achei que fosse um dos seus ataques que sempre aconteciam.
Que sempre voltava a consciência em dois segundos ou até um,também não gostaria de ter aquela doença,que sempre atacava ela cinco vezes por dia,mas depois que adormeci,no meu sonho apareceu uma ambulância e acordei,e sim era verdade a ambulância estava lá falando que alguém tinha matado minha avó afogada
Sempre achei que a morte era mentira a pessoa apenas dormia,minha mãe me contou
Mas depois daquele dia passei a acreditar que todos nos morremos no final,passei trancada no meu quarto,queria saber quem tinha matado ela mas minha mãe falou que ninguém sabia ainda,mas ela mentiu tantas vezes para mim que daquele dia em diante,não ia acreditar em mais nada dela
Nem mesmo quando ela dizer que me ama

"-Ela é falsa" sempre dirá minha consciência.

Me perguntaria se eu tinha algo haver com aquele afogamento mas não teria como eu estava dormindo,e eu não era "um zumbi"
Nunca esquecerei ela,nem mesmo por ela brigar por tirar toda a sujeira do porão sozinha
"-isso é sagrado" falava ela
Ela nunca tinha me batido ela me fazia feliz,ela limparia comigo aquele velho porão, onde não é limpado a seis anos.
Mas lá eu me sentia calmo,como em um dia de inverno e como café quente de minha avó e de seus presentes no natal,sua bolsa marrom que eu amava,seu batom que a deixava linda,ela para mim,era a melhor pessoa do mundo
E depois disso....

Monstros vinheram

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