Amor, ser único para alguém, Toji nunca entendeu o que isso poderia significar, como ele poderia? Quando era apenas uma criança, nunca recebeu amor dos seus pais, nunca foi reconhecido ou percebido, sempre foi visto como algo descartável, que poderia ser substituído a qualquer momento.
Toji muitas vezes ouviu as pessoas falarem sobre o amor, sobre como é a sensação. Sentir seu coração palpitar freneticamente quando está com quem ama, se sentir seguro, ser acolhido, ser único, Toji nunca acreditou que poderia conquistar o amor de alguém. Afinal, como ele poderia? Toji durante toda sua vida ouviu que não tinha valor, e que ninguém poderia amar alguém defeituoso, como o tempo ele passou a acreditar nas palavras do seu pai.
Ninguém nunca o olhou com carinho, " Então por que seus olhos brilhavam quando olhava para mim?" Toji se questionava, tendo sempre em mente a lembrança dos olhos de Satoru, a forma como seus olhos brilhavam, a forma como sorria, Toji não conseguia esquecer, seu corpo ainda conseguia sentir o calor de Satoru, o som dos seus batimentos cardíacos soavam como uma melodia que ele não poderia esquecer.
Toji não tinha apetite, mas se obrigava a comer, afinal Megumi dependia de si, a comida não tinha mais gosto, e o mundo parecia não ter mais cor.
"Foi melhor assim."
Toji sentia seu coração doer, e a sensação de ter perdido algo o perseguia, ele queria acreditar que essa sensação não significava nada, que logo passaria, mas não conseguia, ele sentia uma falta constante de Satoru.
Mesmo fugindo desse sentimento ele não conseguiu escapar.
"Eu estive fugindo durante toda minha vida."
Toji suspirou pesadamente, aconchegando-se no futon, buscando por uma posição confortável,fazia tempo que não conseguia dormir confortavelmente, Toji se remexia para um lado para o outro, até desistir, seu corpo sentia falta do calor de Satoru o abraçando durante a noite, sentia falta do seu aroma.
Toji olhou para o lado e viu Megumi dormir pesadamente. Toji desejou que ele acordasse, para que tivesse a desculpa de ficar acordado cuidado do seu bebê, mas já fazia algum tempo que Megumi não acordava durante a noite.
Toji acreditou que o que viveu com Satoru era passageiro, ele acreditou que assim que fosse embora tudo ficaria para trás.
— Por que eu sinto tanto a sua falta?
Toji se sentou sobre o futon, e logo em seguida abriu a gaveta da mesinha que ficava ao lado do futon, no fundo da gaveta havia uma pequena caixa de madeira, pegando-a Toji a encarou em silêncio, quando finalmente a abriu, logo um pensamento lhe abateu ao ver aquela bandana preta, "como sou miserável", Era de Satoru, Toji levantou a bandana na altura do seu nariz, e a cheirou, ainda existia um pequeno resquício do aroma daquele alfa naquele pequeno pedaço de tecido.
Toji se sentia envergonhado e humilhado, ele odiava o fato de sentir falta de Satoru, odiava o fato de só conseguir dormir se cheirasse um pedaço de pano com o aroma daquele garoto, odiava o fato de ter se afeiçoado tanto aquele alfa estupidamente idiota.
— Ele se quer deve pensar sobre mim, então por que eu contínuo pensando e sentindo a falta dele?
— Sou um tolo.
Toji riu de si mesmo, seu coração doía sempre que pensava na possibilidade de Satoru não se lembrar mais de si.
(...)
Quando era criança Satoru ouviu muitas histórias sobre alfas e ômegas, sua mãe lhe dizia que muitos acreditavam no mito de um vínculo ser criado apôs um alfa marcar um ômega, mas a verdade era que um vínculo é criado entre o corpo e alma de um alfa e um ômega quando se encontraram pela primeira vez, o vínculo era um encontro de almas.
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𝐁𝐄𝐈𝐑𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐀 𝐋𝐎𝐔𝐂𝐔𝐑𝐀.
Fanfiction𝐒𝐀𝐓𝐎𝐑𝐔 𝐆𝐎𝐉𝐎 nunca havia sentido antes a sensação de estar beirando a loucura, até o dia em que sentiu que poderia enlouquecer se não fizesse Toji Zenin se tornar seu. •Omegaverse