𝑆𝑖𝒏𝑜𝑝𝑠𝒆 ❝ toda noite, o coelhinho Jeon pula a cerca de sua casa para pegar algumas cenouras na horta de seu vizinho – até que um dia é flagrado pelo próprio homem, tendo que então lidar com a furiosa de uma mamba Negra. ❞
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— Junggoo, onde você vai? — Seu irmão perguntou ao ver o jovem tentar sair disfarçadamente pela porta.
— Oh! Eu.. eu vou ver as estrelas, hyung. Elas estão lindas mas não consigo ver direito do meu quarto. — Respondeu com as grandes mãos para trás.
— Você não vai paquerar aquele híbrido de coala da outra casa, não é? Como ele se chama mesmo.. Namjoon, isso. — Olhou desconfiado para o mais novo.
— Óbvio que não! Namjoo é apenas um amigo.
— Só não entra tarde, tá bom? — Assentiu, vendo em seguida o irmão subir para o próprio quarto.
Ao verificar que estava sozinho, correu para o quintal – mas não o de sua casa, e sim para o quintal de seu vizinho. Por estar em sua forma híbrida foi fácil passar pela pequena rachadura entre a cerca que divide os quintais.
Olhou um volta, vendo que como de costume o homem não estava ali – e bastou isso para que fosse de encontro ao que realmente lhe interessa: a horta do vizinho.
Seus olhinhos brilharam quando viram as cenouras recém plantadas. Deu curtos pulinhos até a plantação – verificando novamente se estava tudo seguro e começou primeiro arrancando uma cenourinha, sua boquinha salivou mas se controlou para não comê-la ainda.
Ao todo, pegou quatro cenouras – assim como toda noite desde que seu vizinho começou a plantar cenouras, parecia que ele fazia de propósito plantar algo tão saboroso sendo que na casa ao lado moram coelhos. Não demorou ali, iniciando rumo até a cerca novamente mas antes parando ao sentir o doce-herbáceo cheiro inebriante de patchouli, seu pompom de remexeu em resposta ao odor tão sensual mas ao mesmo tempo relaxante, tentou conter a própria vontade de ir dar uma espiadinha mas quando percebeu já estava se escondendo nos arbustos e então pode vê-lo.
Park Jimin, seu vizinho híbrido de cobra.
Park não era de conversar, não com aqueles que não tinha intimidade – mas era muito educado, e toda manhã cumprimentava seu pai e sua mãe enquanto ia trabalhar.
Jimin era alto, muito alto, Jungkook apostaria talvez um e oitenta e três, nada menos e nada mais. Ele vivia na maioria das vezes com as calças pretas tão justas em suas pernas que faziam o pobre Jeon babar quando o via, e as camisas às vezes largas que não marcavam tanto o peitoral forte.
Observou de longe Jimin mais uma vez chegar tarde da noite, ele como sempre deixou sua moto na garagem e iria entrar pela porta da frente mas algo estava diferente, Jimin vinha em direção a sua horta, vinha em sua direção!
Se sentiu nervoso mas tentou ao menos não deixar que o cheiro de avelã se espalhasse e denunciasse sua curta invasão. Prendeu a respiração ao ver Park tão perto de si, o forte odor de patchouli invadindo suas narinas, seus olhinhos nervosos vagaram pelos cantos a procura de uma saída – falhando miseravelmente.
