único: quando você sabe

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REMUS LUPIN era muito caloroso.

Regulus Black poderia dizer assim, ele não entendia se aquela era forma de ser caloroso mas achava que era por causa da forma que o Lupin era.

Veja bem, Black nunca tinha sido tratado assim.

Estava um mês na casa do seu irmão Sirius Black e conscientemente, na casa de Remus Lupin. Seus pais – Walburga e Órion – haviam morrido e ele não sabia quem ocorrer por sua confusão psicológica (choro, trêmulo e perdido) e em sua cabeça, seu irmão que não falava há séculos, era uma ótima escolha. (Ou a última).

E foi.

Sirius o recebeu mesmo com Regulus ter ignorado-o durante anos em Hogwarts; ele se sentia um tolo, mas o irmão mais velho tinha os abraços mais bons do mundo e ele mal pensou duas vezes antes de deixar-ló ficar em sua casa. Então sim, tinha sido uma completa loucura.

Sua cabeça ainda rodava, sentado com as mãos apoiadas na mesinha que ficava na cozinha. Sirius estava sentado no outro lado com Remus Lupin ao lado, os dois estavam conversando: o loiro bebia chá calmamente e Sirius reclamava sobre alguma coisa relacionado ao James Potter.

Era muito estranho.

A relação de Remus e Sirius.

Ele tentava não reparar e não formular nada em sua mente, mas era quase impossível. Como assim Remus Lupin havia escolhido Sirius Black para passar seus dias finais? Sirius era irritante, babaca, chato, irresponsável e só gostava de si mesmo.

Regulus queria saber. Queria perguntar para Remus, sacudir seus ombros e perguntar que raios ele via em seu irmão.

Remus Lupin era engraçado, tranquilo e tinha uma áurea que fazia Regulus se sentir em casa (na casa, qual ele nunca pertenceu) e sua cabeça não entendia como funcionava. Ele sabia que o loiro era um lobisomem – as cicatrizes e saídas durante as aulas o entregava – e que era um mestiço. Não que isso importava: suas raízes de puro-sangue estavam sendo cortadas aos poucos.

No entanto, ainda era engraçado em pensar que ele namorava com seu irmão irresponsável.

Eles eram o completo opostos um do outro.

Ele tinha percebido isso pelo o canto do olho durante aquele mês: Remus fazia questão de deixar seus livros organizados e Sirius não se importava muito em deixar sua capa de Auror no chão junto com seus sapatos sujos. Ele tinha a mania de deixar as revistas de Quadribol em cima dos livros de Lupin, mas por alguma razão, o mesmo deixava do mesmo jeito. Regulus não entendia, mas ele achava que não tinha nada para entender.

Era como ele se sentia como si próprio e toda aquela bagunça que estava passando.

Seus pais tinha morrido e pronto, ele se foram e deixaram tudo para o herdeiro mais novo. Mas não essa parte e sim, quando era uma criança e Sirius renunciou a família Black – ele entendeu essa parte agora, quando cresceu – mas quando criança não. Ele não entendia, mas entendeu. Tinha algo para entender.

Sua cabeça deu uma volta de 360° grau e seu olhar parou em Lupin.

Ele sacudiu seus ombros como se caçoasse de alguma coisa dita por Sirius, ele bebeu o chá e pegou o livro sobre a mesa.

Remus era bem caloroso.

Tinha sido a segunda pessoa ao acolher naquela casa: sempre perguntava se estava bem e se tinha cobertores suficiente para dormir todas as noites. Oferecia chá e sempre fazia companhia para ele enquanto Sirius não estava em casa.

Ele tinha uma áurea gentil.

Sirius era o completo contrário: barulhento, sempre estava falando alguma coisa e rindo de algo. Todas as noites ele abraçava Regulus e dizia que sentia muito por tudo, também bagunçava seu cabelo e chamava de bobo antes de dormir. Quando acordava, ele bagunçava seu cabelo e apertava sua bochecha porque ele era simplesmente Sirius Black.

"Sabe o que eu acho?" Remus perguntou, baixinho e olhando para o livro como se estivesse lendo. O que certamente, não estava. "Que deveria pedir desculpas."

"Oh, eu devo pedir desculpas? Remus!" Sirius praguejou baixo, sua voz falhou e o jornal que segurava e fingia ler, tremeu em sua mão. "Ele me chamou de babaca."

"Você sabe ser babaca quando quer..." Remus continuou e Regulus teve que concordar.

"Meu ex-melhor amigo me chamar de babaca, ok, agora meu noivo e meu futuro marido me chamar de babaca é outra coisa." Ele bufou, fingindo está bravo. Remus sorriu e fez uma careta na direção de Regulus.

"Você é tão dramático." o Black mais novo riu suavemente e o outro cruzou as sombrancelhas em sua direção.

"Até você, irmão!" praguejou. "Certo – estou sendo apredejando na minha própria casa."

Remus suspirou.

"Querido, você já reconsiderou pensar um pouco? Pedir desculpas nunca é demais," disse e piscou. "Ou o fim do mundo."

"Acredite, para mim é sim o fim do mundo. Imagine só! Eu, Sirius Black, pedir desculpas para o James Potter." Ele murmurou. "Remus..."

"Sirius Black, reconsidere pedir desculpas para seu melhor amigo ou você não entrará aqui depois de ter se resolvido com James." Lupin disse no final. Seus olhos castanhos claros se encontraram com os de Sirius Black. "Um bom dia."

Ele se levantou e caminhou na direção da sala. Uma distância não muito significativa, mas Regulus imaginou que Remus não tinha muita escolha.

Sirius rolou os olhos.

"Eu vou indo para o Ministério e encontrar com o babaca do Potter." Ele falou alto suficiente para que Remus escutasse, depois olhou para o irmão. "Vejo você depois, Reg. Podermos sair para beber a noite, o que acha?"

"Uma ótima ideia, irmão."

O outro deu um sorriso e olhou uma última vez antes de Aparatar. O olhar dele foi significativo: ele não estava bravo com Remus, apenas estava com um olhar calmo e com diversão.

Então, as engrenagens na cabeça de Regulus começaram a funcionar e ele finalmente entendeu.

Ah, então era isso.

Bem, quando você sabe, você sabe.

  . . .

eu amo esses três e ninguém não pode fazer nada contra isso, beijos

, você sabe | wolfstar & regulus Onde histórias criam vida. Descubra agora