Capítulo 1 | lá vem problema

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⚠️ATENÇÃO, PARA OS GATILHOS DO CAPÍTULO

• PROBLEMAS COM A IMAGEM CORPORAL;
•BULIMIA NERVOSA;
•PROBLEMAS FAMILIARES E DISTANCIAMENTO EMOCIONAL;
•ANSIEDADE E PRESSÃO DE DESEMPENHO⚠️

• PROBLEMAS COM A IMAGEM CORPORAL;•BULIMIA NERVOSA;•PROBLEMAS FAMILIARES E DISTANCIAMENTO EMOCIONAL; •ANSIEDADE E PRESSÃO DE DESEMPENHO⚠️

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ME VIRO NA CAMA depois de escutar diversas vezes o despertador. Resolvo finalmente acordar, mas, ao me virar, me deparo com a paisagem em minha janela: um céu de tirar o fôlego. Apesar de anos morando em Toronto, nunca vou me acostumar com a visão pela manhã do céu parecendo uma aquarela de cores. Entre o vermelho e o alaranjado, ele se estendia pela manhã, onde não mais se podia ver as estrelas brilhando sutilmente na abóbada celeste noturna.
A cidade, em meados de setembro, estava mais fria do que o normal, mas, para minha felicidade, o aparecimento do sol trouxe consigo um clima ameno, deixando-me mais confortável e disposta para ir ao meu treino matinal de patinação no gelo.

Saindo do meu confortável espaço pessoal, também chamado de quarto, desci as escadas de madeira e vi meu pai na cozinha com um avental rosa, que o deixava incrivelmente fofo, tentando cozinhar o meu café da manhã favorito.

Encosto-me na bancada preta, sentindo o gelado do local e fazendo meus pelos se arrepiarem um pouco pelo contato repentino com algo mais frio. No entanto, algo à minha frente me deixava ainda mais surpresa, fazendo-me nem me importar com esse detalhe. Meus olhos azul-marinho se direcionam ao meu pai, intrigados com esse acontecimento histórico, observando aquela cena que raramente acontecia. Logo fico curiosa para saber por que o senhor Kuznetsov estava tão centrado em fazer aquele Lenívie varêniki, que era apenas um bolinho de batata com recheio de queijo. Era um prato que me lembrava a infância, quando eu ia para a Rússia e ficava na casa da minha avó, que sempre fazia para mim e para o meu irmão no café da manhã.

- Доброе утро, моя принцесса. Que pena que acordou cedo, estava preparando seu café da manhã como uma surpresa. (Bom dia, minha princesa) - disse meu pai de uma maneira estranhamente animada para uma manhã, mas imaginei que era apenas algo relacionado ao trabalho, como sempre.

Meu pai era chefe de uma empresa de advocacia, então, a cada semana, havia uma novidade mais picante que a outra. Mas, estranhamente, nunca o vi tão animado. Seja o que for, fico feliz que tenha acontecido. Prefiro vê-lo assim a lidar com sua personalidade emburrada e brava do dia a dia.

- O que houve para estar tão animado, папочка? (Papai)
Meu pai me olhou incrédulo, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Принцесса, lembra daquele caso que eu te disse que estávamos há muito tempo tentando solucionar? Depois de meses, conseguimos ganhar a causa, ainda vitoriosos. (Princesa)

Um sorriso surgiu em meus lábios ao ouvir isso, pois me recordo de meu pai ficar dias fora de casa por causa desse caso. Passar esse período sozinha, sem ele por perto, havia se tornado rotina para mim. Mas agora - mesmo que às vezes sua companhia fosse pior do que passar anos sozinha - poderíamos passar mais tempo juntos. Mesmo que ele me machuque psicologicamente algumas vezes, ele não é um pai totalmente ruim. Por isso, prefiro me agarrar aos bons momentos que tivemos e vamos ter agora que ele não vai mais trabalhar tanto.

𝐋𝐈𝐍𝐇𝐀 𝐃𝐄 𝐅𝐎𝐆𝐎 Onde histórias criam vida. Descubra agora