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Não havia nada no mundo que Hyunjin gostasse mais do que o silêncio noturno. O vazio ecoando  e o barulho das cigarras anulando sua própria existência era um sentimento. Odiava quando interrompiam seu momento, eram naqueles minutos em que se sentia ele mesmo, era quando se sentia fora de seu próprio corpo, era quando se sentia mais do que um belo rosto, era quando saia se si mesmo e as vozes irritantes se calavam, e isso sempre foi sagrado. Mas Minho sempre atrapalhava, sabia que isso deixava o mais novo irritado e faria de tudo pra ver aquela faísca de raiva no mesmo. Lee minho, pensava Hyunjin, era o próprio anticristo. Ele era um pé no saco, assim que nasceu sua mãe havia o alimentado com o pão que o diabo amassou, o Hwang não tinha dúvidas. Mas na mesma medida em que era insuportável ele era gostoso. Seu olhar afiado e os dentinhos da frente maiores aparecendo quando ele sorria, seu corpo cuidadosamente trabalhado, e as coxas então? eram um pecado.

- Não vai ir se deitar? - Perguntou para Hyunjin, esse que estava sentado na borda da piscina enquanto a escuridão abocanhava o céu numa grande mordida, estava meio trêmulo e fora de si, não que isso fosse algo raro de acontecer. Ele assentiu e se levantou indo em direção ao maior, se não estivesse se sentindo tão pequeno e inútil, teria feito alguma expressão emburrada por ser interrompido

— Você está péssimo. Vai ficar resfriado se continuar assim, você sabe disso.  — e então após cobrir Hyunjin com uma toalha o guiou até o quarto. - Vá tomar um banho quente - mas o mais novo negava sem dizer uma palavra, ir direto pra cama era o caminho mais agradável. — Eu vou com você.

— Uhum — Hyunjin havia aberto um sorriso travesso e mordido os lábios enquanto encarava o mais velho.

Hyunjin sempre recuperava toda sua energia quando estava perto do mais velho, ele era como remédio, na verdade ele era mais como uma droga, ele viciava, te fazia se sentir num paraíso como se sua vida não tivesse como melhorar, mas na verdade era ilusão, era apenas temporário, aquele vício te destruía de pouco em pouco arrancando pedacinhos de você enquanto você acreditava que estava acrescentando, e quando acaba, quando ele vai embora, você sente falta, você necessita, você é dependente daquela droga para existir, longe dele você não é ninguém, e no fim você volta ao começo, foi tudo escolha sua, você escolheu usar mas foi usado, a droga do amor.

Hyunjin sempre recuperava toda sua energia quando estava perto do mais velho, ele era como remédio, na verdade ele era mais como uma droga, ele viciava, te fazia se sentir num paraíso como se sua vida não tivesse como melhorar, mas na verdade era ...

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Hyunjin estava bêbado, sentia o álcool pulsar em suas veias. Derrubou o copo de vinho que segurava assim que viu, do lado de fora da casa, duas mulheres agarradas a Minho. Aquilo foi o estopim. Hyunjin começou a se aproximar enquanto gritava:

— Diga Minho, diga pra eles. Fale pra todos que eu sou só um brinquedo, Minho! Diga que eu sou a porra de um brinquedo sexual. Fale pros seus amigos que eu sou a droga de um psicopata, que eu te manipulo, te vigio, te perturbo e no fim sou a porra de um lixo, Minho!

Hyunjin aumentava seu tom cada vez mais. — Psicopata? É isso que você pensa que eu sou? Eu te dei tudo o que eu tinha, me embebedei de você, me viciei em seus toques e me fiz seu. Você tem certeza de que sou uma piada? Pode rir — Hyunjin ria ironicamente como um maluco — ria a vontade! Seu maníaco do caralho. Que vocês e seus amigos riam muito de mim! Afinal, eu sou um nada pra você, nunca fui ninguém. Mas no fim, Minho, no fim, é você quem liga pra mim, no fundo é você quem me quer de volta, é você quem me destrói e depois volta pra colar os cacos. Vai se tratar, caralho! Eu não aguento mais isso, eu... — Hyunjin de risadas compulsivas foi a lágrimas que escorriam desparadamente.

— Você é a porra do anticristo, Lee minho. Você vai queimar no inferno e com essa mesma boca que você usou pra me beijar enquanto sussurava mentiras no meu ouvido, você vai me implorar por perdão!

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