IX - 𝐶𝑟𝑎𝑧𝑖𝑛𝑒𝑠𝑠

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𝓢𝓾𝓶𝓲𝓻𝓮 𝓚𝓪𝓴𝓮𝓲

Loucura.

Sim, isto é uma loucura. E eu obviamente estou louca.

Eu me pergunto por que isso só acontece comigo? Não havia sido planejado assim. Estou percebendo que quando as coisas estão acontecendo bem demais, quer dizer que algo não está certo, sempre há algo a mais.

E com certeza estou ficando paranóica agora. Eu deveria estar pensando nisso?

Acho que vou viver agora esperando que algo de errado. Pensando bem, isso soa tão pessimista.

Depois de horas pensando em como eu torturaria Sarada por ter feito isso sem me avisar com antecedência, assim eu poderia ter recusado a tempo, mas agora...

Droga.

Agora eu não posso recusar, se ela pelo menos atendesse, mas não. Eu me pergunto qual seria a reação dele se eu simplesmente saísse na porta e dissesse que não quero mais ir, que perdi a vontade e a minha suposta amiga não atendeu o celular para que eu avisasse. Ela sabe bem o que eu iria dizer.

Isso seria mais constrangedor, eu acho. Kawaki me acharia patética. Na verdade não, não acho que ele pensaria assim, ele parece não dar a mínima. Porém ele perderia tempo vindo até aqui apenas para eu dizer que não vou.

Não que eu me importasse muito com o que ele acha, já passei dessa fase para melhor. Mas acredito que eu mesma estaria sendo idiota se fizesse isso, agora seria enfrentar.

Não é como se houvesse outra opção. Na verdade, já pensei em todas as opções possíveis. Não existe outra menos pior. Termino de passar o gloss de cereja em um tom de vermelho suave.

Pois é.

Enquanto eu estava tendo todas essas paranóias, eu já havia vestido a roupa e arrumado o cabelo. Acabo de finalizar a maquiagem leve.

Um cropped preto, uma saia de couro que ia até a metade das coxas, uma jaqueta igualmente de couro e coturnos pretos.

E não, não era estilo ou eu estava toda arrumada só porque iria com Kawaki. Obviamente não.

O clima estava frio. E isso é normal porque as noites costumam ser assim, por isso eu optei pela jaqueta e os coturnos. Tudo bem, havia o cropped, eu o escolhi porque combinava com a saia e também porque não queria algo muito grande e largo, já que vestiria a jaqueta por cima. Agora a saia, ela era colada já que era couro, não era muito curta e nem muito longa, ficava bem em mim, e eu não queria usar calça, até porque eu usava calça na maioria das vezes. E vamos concordar que jaqueta e saia de couro é elite. Eu também não queria shorts jeans curtos demais ou desfiados, não era muito recomendado para usar em uma noite fria.

Meu cabelo sempre estava solto e liso, isso era muito comum, sem sal, sem açúcar. Apesar de eu sempre pintar ele de roxo, o que era considerado estranho e renovador para alguns, ainda assim eu o deixava com um corte em forma de V, e liso era natural, comum.

Por isso, eu levei um tempo fazendo Babyliss, o deixando com alguns cachos nas pontas e liso na raíz, mas especificamente o deixando ondulado. Além do Babyliss, eu amarrei metade dele em um rabo de cavalo alto e a outra metade caindo sobre a nuca e as costas, um estilo Ariana Grande.

Na maquiagem, eu optei por um delineado preto de traço fino nos olhos, nada muito exagerado, um rímel nos cílios e um brilho no final do olho. Antes eu havia passado o demapilante e a base, leve para não parecer muito pálida, minha pele já tinha um tom claro. Eu usei um blush bronze nas bochechas, apenas para criar um pouco de cor, nada exagerado ou rosa vibrante que parece que a pessoa está com mais de 40°c de febre. Nos lábios eu havia usado o gloss de cereja que tinha um tom de vermelho, é claro que eu iria levá-lo em uma bolsinha, porque gloss a gente costuma retocar o tempo todo, o sabor é surreal.

𝘽𝙧𝙞𝙣𝙜 𝙈𝙚 𝙏𝙤 𝙇𝙞𝙛𝙚 - 𝐾𝑎𝑤𝑎𝑠𝑢𝑚𝑖Onde histórias criam vida. Descubra agora